Por Marcelo Moraes - 02/01/2021 - 21:49:23
No momento de maior cobrança pela compra de vacinas e pela imunização da população contra o coronavírus, Jair Bolsonaro tem usado e abusado de eventos para desviar o foco das atenções. Enquanto o número de mortes voltou a disparar no País, com mais de mil óbitos diários sendo registrados na terça, quarta e quinta, Bolsonaro batia uma bolinha em Santos.
Enquanto se arremessava no chão para conseguir marcar um gol dado a ele pela patota da pelada, Bolsonaro também não precisava falar, por exemplo, da licitação fracassada do Ministério da Saúde para comprar as seringas necessárias para a vacinação.
Ou seja: ninguém sabe quando a vacinação começa no Brasil e também não temos seringas para poder aplicá-las. Mas basta dar uma busca no Google para ver o gol presidencial com imagens transmitidas pela TV Brasil, que faz parte da EBC, a estatal que prometeu privatizar na campanha.
Ontem, no primeiro dia do ano, se atirou na água para nadar na direção de um grupo de banhistas, em Praia Grande. Com a mesma camisa da partida de futebol, fez seu oba-oba e produziu a imagem que interessava para sua propaganda. Foi devidamente espalhada pelas suas redes sociais.
Batendo uma bolinha ou dando uma nadada com a galera, Bolsonaro usa a estratégia de aparecer do jeito que melhor lhe convém e que pode beneficiar sua popularidade. Desvia o foco das críticas que tem recebido por não se saber, até agora, quando ou como será feita a vacinação no Brasil.
Evita ainda tratar do escândalo das rachadinhas, que segue sem respostas da parte do presidente e do senador Flávio Bolsonaro, seu filho. Um exemplo de uma dúvida recente: qual a explicação para a suspeita de que a Abin ajudou os advogados de Flávio Bolsonaro na montagem de sua estratégia de defesa?
A cada braçada no mar ontem, Bolsonaro também desviava um pouco a atenção das derrotas políticas recentes que sofreu. Nesta quinta, foi o dia da posse dos novos prefeitos, numa eleição municipal marcada pela vitória dos moderados sobre os radicais e pelo insucesso da maioria dos candidatos apoiados pelo presidente. A posse desses prefeitos poderia ser, portanto, um momento de reafirmação desse resultado, desconfortável para o Planalto. Mas nada disso aconteceu. Resta aguardar pela próxima cortina de fumaça de Bolsonaro.
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