Foi o somatório de duas ideias que desde cedo prenderam a atenção da jovem aveirense
Zulay Costa/jn.pt - 04/03/2019 16:28:31 | Foto: Zulay Costa/jn.pt
Tatiana Antunes aproveitou a tese de mestrado em Engenharia dos Materiais, na Universidade de Aveiro Portugal, para desenvolver um material à base de cortiça, 100% biodegradável, que permite fazer impressões a três dimensões (3D) ecológicas.
Foi o somatório de duas ideias que desde cedo prenderam a atenção da jovem aveirense: as potencialidades das inovadoras impressoras 3D e a preocupação com o ambiente.
Até agora, o mercado apenas apresentava, a quem queria usar aqueles equipamentos eletrónicos, filamentos sintéticos com ingredientes à base de plásticos. Mas com o trabalho de Tatiana Antunes, está dado o pontapé de saída para uma nova solução, uma que permite que os objetos impressos tenham um toque rugoso e quente, um odor e cor característicos da casca de sobreiro.
"Era necessário apresentar alternativas, porque as impressores 3D vão ser cada vez mais utilizadas", explica a jovem de 23 anos que, aproveitando os resíduos que sobram do fabrico de rolhas, criou um novo "filamento compósito". A matriz é de plástico biodegradável e incorpora depois partículas de cortiça.
Desde pequena que Tatiana Antunes se habituou a ver o avô Manuel a "desmontar e voltar a montar coisas", uma rotina que foi fazendo crescer o gosto pela mecânica e funcionamento dos materiais.
Por isso, quando concorreu ao ensino superior, as opções do boletim foram preenchidas com engenharia mecânica e dos materiais. Calhou a entrar na segunda opção e depressa se rendeu ao curso. "Cativou-me perceber como podemos trabalhar e manipular os materiais para melhorar as coisas e facilitar a vida", explica. São aprendizagens que vai agora colocar ao serviço na empresa de Albergaria onde, há semanas, começou a trabalhar.
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