Os 12 melhores locais para visitar em Lamego e arredores

É uma das cidades mais antigas de Portugal e está intimamente ligada à história do nosso país. Estes são os melhores locais para visitar em Lamego

Os 12 melhores locais para visitar em Lamego e arredores
Os 12 melhores locais para visitar em Lamego e arredores

Por Vortexmag / Foto: Vortexmag - 30/11/-0001 00:00:00 | Foto:

Praticamente toda a gente em Portugal associa Lamego ao Santuário da Nossa Senhora dos Remédios. É a imagem de marca desta cidade, mas nem por isso é o único local digno de uma visita a Lamego. Situada a cerca de 12 km das margens do Douro, Lamego conheceu, no séc. XVIII, um tempo de grande prosperidade quando aqui se produzia um “vinho fino”, que esteve na origem do afamado vinho do Porto. Cidade muito antiga, já os Visigodos no séc. VII haviam elevado Lamecum a sede de bispado. Depois, teve sorte igual a tantas outras localidades que mais tarde viriam a ser portuguesas: foi tomada pelos Mouros, reconquistada para os Cristãos, voltou à posse dos Mouros, até que em 1057, Fernando Magno de Castela, bisavô de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, a reconquistou definitivamente. Dos tempos medievais dão testemunho o castelo, no alto da cidade, a Sé e a pequena igreja de Santa Maria de Almacave.

A predominância da influência da Igreja ao longo de muitos séculos, que a extinção das Ordens Religiosas em 1834 viria a restringir, dotou Lamego de numerosos templos que revelam a influência clássica do tempo da sua construção nos sécs. XVI e XVII. Histórias contadas nos azulejos que revestem as paredes, pintura sacra e belas decorações em talha de ouro acrescentadas na época barroca são motivos para entrar quando passar por elas. A localização de Lamego tão perto das margens do rio Douro proporciona passeios onde se podem admirar admiráveis panoramas dos extensos vales onde nasce o vinho do Porto. Estes são os melhores locais para visitar em Lamego e arredores.

1. Nossa Senhora dos Remédios

De uma avenida central de Lamego (Dr. Alfredo de Sousa) sobe até ao alto de um morro uma imponente escadaria barroca com 686 degraus que termina num santuário rocaille, erguido em meados do séc. XVIII à veneração de Nossa Senhora dos Remédios, que só em 1905 ficaria totalmente acabado. A íngreme geologia do terreno acentua a grandiosidade do conjunto, rodeado pela mística do denso arvoredo que forma o Parque de Santo Estevão, um local muito aprazível. Nicolau Nasoni, autor das pinturas que revestem as abóbadas da Sé de Lamego, desenhou algumas das obras barrocas que decoram o conjunto nomeadamente uma belíssima fonte em granito que se encontra ao lado do Santuário.

Diversos patamares enriquecem o monumental escadório com interessantes obras escultóricas que amenizam a longa subida, salientando-se a fonte do Pelicano e uma pequena capela octogonal erguida no s. XVI em honra da Virgem a mando do Bispo D. Manuel de Noronha. Num dos patamares, erguem-se dezoito estátuas representando Reis e patriarcas da Judeia, elevando-se no centro de uma monumental taça de água um obelisco com 22 m de altura, decorado e sustentado por míticos atlantes. Finalmente, alcança-se o santuário, epítome do conjunto, dedicado à padroeira. O túmulo do fundador, o cónego José Teixeira Pinto, falecido em 1784, encontra-se à entrada da nave do templo.

2. Sé de Lamego

A fachada e o interior da Catedral de Lamego integram estilos arquitectónicos de várias épocas, impondo simultaneamente uma sensação de beleza e de monumentalidade. A primeira referência ao bispado de Lamego data do ano 572, quando o bispo Sardinário esteve presente no II Concílio de Braga, mas a diocese só foi restaurada após a derrota dos invasores árabes, tendo ressurgido no século XII. O edifício que hoje existe começou a ser construído em 1159 sobre uma antiga capela dedicada a São Sebastião, erigida algumas décadas antes. Em 1175 foi consagrada e dedicada a Santa Maria e São Sebastião.

Da arquitectura românica original resta a torre monumental que flanqueia a fachada principal pelo lado sul. Durante a Baixa Idade Média a edificação foi enriquecida com numerosos elementos, entre os quais algumas capelas funerárias, sobretudo de membros do episcopado. Na capela de São Nicolau encontra-se o túmulo do bispo fundador. Entre as diversas dependências que se prolongam a norte da fachada principal, destaca-se o antigo Paço dos Bispos, uma construção do período barroco que, desde 1917, é ocupada pelo Museu de Lamego, onde se conservam algumas das melhores obras de arte religiosa da cidade e os painéis que o conhecido pintor português Grão Vasco (século XVI) pintou para a capela-mor da Sé de Lamego.

3. Castelo de Lamego

A ocupação humana de Lamego verifica-se desde a pré-história, com crescimento de importância durante o domínio romano da península, seguindo-se os visigodos e a partir do século VIII, foi dominada pelos muçulmanos. A primitiva fortificação de Lamego pode remontar à época romana, mas o castelo existente quando se iniciou a reconquista cristã da península, faz crer que os árabes, pelo menos, reforçaram as suas defesas. Em 910, as forças da Galiza conquistam o castelo, mas voltaria a cair na mão dos árabes, e só em 1057, Fernando Magno, o consegue conquistar definitivamente.

Incluído no Condado Portucalense, por doação a Teresa de Leão, quando casa com D. Henrique de Borgonha, vem ser melhorado no início da independência de Portugal, época em que terá sido construída a Torre de Menagem. Classificado como Monumento Nacional, o castelo teve diversas intervenções a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, procedendo-se à eliminação das habitações encostadas às muralhas. Construído sobre uma planta poligonal irregular, destacam-se a Torre de Menagem, a alcáçova e fora dos muros, a antiga cisterna, com tecto é abobada sustentada por quatro arcos, uma estrutura bem conservada.

4. Capela de São Pedro de Balsemão

Alguma vez visitou a igreja mais antiga de Portugal? Este simples mas belo edifício foi testemunha, durante largos séculos, da história de Portugal. Tem mais de 1000 anos e assistiu a todos os episódios mais importantes da nossa história. Em Lamego, região Norte de Portugal foi erguida nos séculos VII e VIII a capela de São Pedro Balsemão. Fica a 4 km para leste, nos vales do rio Balsemão. Considerada a mais antiga Igreja do País, apesar de muito modificada, conserva o santuário do século VII, com origens visigóticas. A sua origem na época da Reconquista é um dos raros exemplares que restam da arquitectura religiosa da Alta Idade Média, assim como a de S. Frutuoso, em Braga (século VII) e S. Pedro de Lourosa, em Oliveira do Hospital (século X).

A estrutura primitiva da igreja ficou preservada na entrada da capela-mor, onde se salienta o emprego de pedras de grande dimensão, colocadas no alto do remate dos pés direitos dos muros. O arco ultrapassado com moldura no intradorso referencia a arquitectura moçárabe. A decoração de base geométrica e abundante tem origens suevo-visigóticas. Outros temas helicoidais, rosetas, cruciformes, círculos, meandros, ornatos em dente de lobo e em corda completam a decoração, mas essa profusão de ornamentos tem inspiração asturiana. Sabe-se disso pelas afinidades com as existentes na igreja moçárabe de São Pedro de Lourosa, cuja construção data de 912.

5. Museu de Lamego

O belo edifício que foi paço episcopal alberga um dos mais cuidados museus do interior de Portugal. A sua visita constitui um duplo prazer, pelo riquíssimo espólio que expõe e pelo passeio no interior de um antigo palácio que não esconde a sua grandeza e austera beleza. Das colecções expostas merecem particular relevo, as pinturas de Vasco Fernandes, conhecido por Grão Vasco e a colecção de tapeçarias flamengas. No início do século de Quinhentos o bispo de Lamego, D. João Madureira encomendou ao grande Mestre português um grande retábulo destinado a ornamentar a capela-mor da Sé.

Dos 20 painéis pintados chegaram até nós as cinco tábuas expostas no museu: Criação dos Animais, Anunciação do Anjo a Maria, Visitação da Virgem Maria a sua prima Isabel, Apresentação do Menino no Templo e Circuncisão, exemplos do que melhor se criou na pintura quinhentista portuguesa. As tapeçarias do museu de Lamego são contemporâneas dos quadros de Grão Vasco e foram fabricadas em Bruxelas. Nobreza e príncipes da Igreja usavam os panos de tapeçaria para decorar o interior dos seus palácios e simultaneamente torná-los mais confortáveis. Da colecção exposta faz parte um pano alusivo ao Julgamento do Paraíso; uma belíssima composição intitulada o Templo de Latona, ilustrada com episódios mitológicos relativos à deusa Latona e quatro panos relativos à história de Édipo, o tema mais trágico da mitologia grega.

6. Miradouro de São Leonardo da Galafura

Próximo de Covelinhas e Gouvinhas, entre Vila Real e Peso da Régua, o Miradouro de São Leonardo da Galafura proporciona panoramas de grande beleza natural sobre o maravilhoso rio Douro, manifestando a excelência da região de Trás-os-Montes. Daqui as vistas surpreendem, pautadas com a beleza magnífica do rio Douro, recortado pelos socalcos de onde nasce o tão afamado vinho do Douro, que durante séculos tem caracterizado a vida da região. Situado a cerca de 640 metros de altitude, vale a pena contemplar a beleza da região, avistando-se daqui as regiões de Armamar, Sabrosa, Tabuaço, Fontelo ou Valença do Douro, entre tantos outros lugares que emolduram a paisagem.

O espaço possui ainda uma capela, onde anualmente no penúltimo fim-de-semana do mês de Agosto decorre a festividade local, que acolhe um largo número de visitantes, e também um marco geodésico, e um agradável parque de merendas, perfeito para momentos de lazer e comunhão com a natureza, que aqui é privilegiada. Sublinhando a beleza do panorama envolvente, encontra-se um painel de azulejos que parafraseia Miguel Torga: “O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à forma de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso de natureza”…

7. Peso da Régua

Peso da Régua, também conhecida apenas por “Régua”, é uma cidade do Norte de Portugal, sede de concelho, situada em Trás-os-Montes, junto ao Rio Douro, conhecida por ser a capital da região demarcada que produz o célebre vinho do Porto. Não existem certezas das origens da localidade, mas pensa-se aqui ter existido uma casa Romana denominada “Villa Reguela”. Era de Peso da Régua que partiam os típicos barcos rabelos, de madeira, que se aventuravam pelo rio Douro para transportar os barris de vinho até Vila Nova de Gaia, onde o vinho envelhecia nas caves.

As paisagens naturais da região são, pois, lindíssimas e especiais, estando o Alto Douro classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, provendo panoramas espectaculares tanto observados do próprio Rio Douro, ou no alto, nos muitos miradouros da zona, destacando-se o de São Leonardo e o de Santo António do Loureiro. Do cais fluvial de Peso da Régua partem e chegam muitos dos famosos Cruzeiros que cruzam este bonito Rio Douro, possuindo igualmente várias infra-estruturas de lazer como uma área pedonal, campos de ténis, piscinas e equipamentos para pesca, lojas de artesanato, restaurantes e bares. A não perder o Museu do Douro, instalado na Casa da Companhia, demonstra a importância deste património através das várias exposições que organiza.

8. Ucanha

Ucanha, detentora de uma localização privilegiada na margem direita do rio Varosa, será, de acordo com algumas tradições, a vila mais antiga das redondezas. O seu nome remete a um vocábulo que pode designar casebre ou lugar de diversão. Os primeiros povos que aqui se instalaram foram os romanos, que aproveitaram as terras férteis do vale do Varosa e criaram pequenas explorações agrícolas. Ainda hoje se pode ver uma das principais vias da romanização que conduzia a Braga.

Séculos mais tarde, foram os monges da Ordem de Cister que acompanharam o desenvolvimento da vila de Ucanha. Prova disso é a nova ponte fortificada e a respectiva torre de portagem dos séculos XII/XV que representam, actualmente, o ex-libris da freguesia. Naquela época, serviram para proteger a entrada nas terras do Mosteiro de Salzedas e deduz-se que a povoação se tenha desenvolvido devido à obrigatoriedade de passagem pela ponte. Para saborear a aldeia em pleno é fundamental caminhar nas suas ruas estreitas, deslumbrar-se com o conjunto colorido de casas, visitar a Igreja Matriz de São João Evangelista do século XVII com o altar-mor revestido de talha dourada barroca, bem como as ruínas da Abadia Velha e dar um salto às Caves da Murganheira para poder apreciar o seu famoso espumante.

9. Pinhão

Bonita vila da região Norte do País, o Pinhão situa-se na margem direita do Rio Douro, sendo considerada o coração do Alto Douro Vinhateiro, onde se localizam as muitas quintas que produzem o vinho do Porto, inserida numa das áreas classificadas pela UNESCO como património cultural da Humanidade. Pinhão deve o seu topónimo ao rio com o mesmo nome, afluente do rio Douro, cuja bonita foz se encontra nesta localidade. A paisagem envolvente é de uma beleza única, rodeada de uma natureza luxuriante com o Rio Douro como companheiro e casas senhoriais, quintas e solares que atestam a riqueza que o vinho do Porto tem concedido à região, estando a vila construída em desníveis que a parecem encaminhar para o encantador rio.

Um dos principais conjuntos patrimoniais da vila é a bonita Estação de Caminhos de Ferro, construída no século XIX, com painéis de azulejos de grande beleza retratando cenas quotidianas de Pinhão, bem como a produção do Vinho do Porto, desde a vindima, passando pelo pisar das uvas até ao transporte de rabelo até aos armazéns do Porto. O caminho de ferro foi um dos motores de desenvolvimento de Pinhão, que vê facilitada a comunicação às cidades onde se comercializavam os produtos da região. A faceta turística da vila tem crescido muito ao longo dos anos, sendo local de paragem obrigatória dos famosos cruzeiros do Douro, oferecendo uma boa oferta de restauração e alojamento, bem como bares e cafés onde se pode degustar o bom vinho do Porto, ou lojas de artesanato local.

10. Estrada Nacional 222

Quem percorre os caminhos de Portugal depara-se frequentemente com cenário idílicos, como se fossem saídos de um conto de fadas ou de um reino encantado. Mas será que conhece a estrada mais romântica de Portugal e considerada como uma das mais belas do mundo? Além disso, a paisagem varia imenso num país tão pequeno como o nosso. Mas se procura uma estrada para passear com a sua cara metade, nada melhor do que a ligação entre Gaia e Almendra, em Foz Côa. Trata-se da Estrada Nacional 222.

Nem todo o seu trajecto se pode considerar romântico, mas a partir do momento em que chega à Régua e caminha em direcção a Armamar, todo o cenário muda e irá fazê-lo mudar de opinião, com toda a certeza. Totalmente ladeada de árvores, sempre ao longo do majestoso Rio Douro e com os vinhedos como paisagem, a estrada nacional 222 é um autêntico colírio para os olhos e preencher completo da alma e do coração. Aqui pode contemplar, junto de quem mais gosto, todo o esplendor do Douro Vinhateiro. Por isso, pegue no seu carro e aventure-se. Não se irá arrepender, de certeza.

11. Mosteiro de São João de Tarouca

O Mosteiro de São João de Tarouca, localizado na encosta da Serra de Leomil, no distrito de Viseu, ergue-se num grande vale, ao fundo do qual corre o rio Varosa. A sua construção iniciou-se em 1154, impondo-se como a primeira edificação cisterciense em território português. Com a sua fundação intimamente ligada à fundação da nacionalidade e à figura de D. Afonso Henriques, o complexo monástico foi largamente ampliado no século XVII e XVIII com a construção de novos edifícios, de entre os quais se destaca um novo e colossal dormitório.

Inicialmente foi um ermitério mas, em 1152, após a vitória de D. Afonso Henriques sobre os mouros em Trancoso, foi lançada a primeira pedra da igreja conventual cisterciense. O mosteiro foi o primeiro a ser construído no país pela Ordem de Cister. O dormitório novo e torre sineira foram construídos no século XVI. A última fase das obras de ampliação do mosteiro decorreu no século XIX. Em 1938 seriam restaurados os retábulos, nomeadamente o de São Pedro, atribuído a Grão Vasco. Nesta abadia repousa D. Pedro Afonso, um dos filhos bastardos do rei D. Dinis, num enorme sarcófago em pedra de granito encimada pela estátua adjacente e decorado com cenas de caça.

12. Miradouro de Casal de Loivos

Da aldeia de Casal de Loivos, onde se avista o vale do Douro e a vila de Pinhão, o visitante tem a oportunidade de defrontar-se com uma das mais belas e únicas paisagens do mundo. Os sentidos ficam inebriados com os aromas, os sons e a panorâmica que se depara com o nosso olhar. Caminhos serpenteados, aldeias semeadas pelas encostas. Quintas onde os vinhos envelhecem nos tonéis e lá em baixo, calmo, manso, o rio esse magnífico espelho que reflecte todo este mundo de encanto e de sonho.

Pode descobrir aqui um dos mais belos miradouros do Alto Douro Vinhateiro, eleito Património Mundial pela UNESCO, em 2001. Os vinhedos são uma constante na paisagem deste miradouro. Para além das vinhas destacam-se outros elementos como as serras, os campos e as povoações. A fauna e a flora são outros elementos de destaque, que podem ser observados a partir do miradouro ou no próprio local de observação.

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