'Teria feito antes', diz David Vélez,  CEO do Nubank sobre fim do home office
'Teria feito antes', diz David Vélez,  CEO do Nubank sobre fim do home office

Júlia Moura, São Paulo, Sp (folhapress) - 14/12/2025 18:14:18 | Foto: Divulgação

O CEO global do Nubank, David Vélez, diz que gostaria de ter mudado o regime de trabalho da fintech mais cedo. Em novembro, foi anunciado o fim do home office para os 9,5 mil funcionários do banco no Brasil, o que gerou protestos de alguns colaboradores, que foram demitidos.

"O modelo híbrido é ideal, pois se encontra equipes presencialmente com a liberdade para trabalhar em casa. O hibrido é o futuro do trabalho. Demos bastante tempo para as pessoas se adaptarem", afirmou Vélez a jornalistas nesta terça-feira (9).

Atualmente, os funcionários têm de ir à empresa uma semana por trimestre. A partir de 1º de julho de 2026 serão dois dias por semana presenciais, e em 2027, três dias no escritório.

"Vimos que construir cultura no 100% remoto é muito difícil. E invenção e criatividade não funciona por zoom. As pessoas precisam estar na mesma sala, como estivemos no começo do negócio. Por sete anos trabalhamos em uma casinha", afirmou o executivo.

Para acomodar todos os colaboradores no presencial, o Nubank está construindo escritórios em Campinas (SP), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

Na capital paulista, por enquanto, a sede segue na rua Capote Valente e há um segundo escritório na Vila Leopoldina segue, mas vamos expandir o espaço físico por uma questão de limitação. Estamos criando polos em Campinas, Rio e BH.

Outra mudança que o banco prepara para o seu futuro próximo é a obtenção da licença bancária junto ao Banco Central para continuar com o "bank" no nome.

Segundo o executivo, a instituição trabalha para obter a licença por conta própria ou para comprar um banco pequeno que já tenha a licença.

Ao comentar a trajetória do banco, o executivo disse que seu único arrependimento foi a compra da EasyInvest.

"Compramos em um momento de juros baixos e boom do mercado de capitais e subestimamos a complexidade da integração. Logo depois, o juro subiu. Se eu pudesse voltar, eu construiria do zero essa área de investimento", disse Vélez.