

Agência Onu News - 14/06/2025 09:07:03 | Foto: UNSPLASH/Nguyễn Hiệp
Este 14 de junho é o Dia Mundial do Doador de Sangue. A Organização Mundial da Saúde, OMS, homenageia milhões de doadores de sangue voluntários e não remunerados que oferecem a outros uma segunda chance de vida.
A generosidade e a solidariedade dos doadores são ressaltadas assim como a necessidade contínua e urgente de doações de sangue seguras e regulares.
Esperança em cada gota
A América Latina e Caribe têm alcançado progresso em bancos de sangue. Na região: Brasil, Argentina, Colômbia e México concentram 75% de todas as doações.
Este ano, a agência da ONU está investindo na campanha “Doe sangue, dê esperança: juntos salvamos vidas”. Milhões de pacientes em todo o mundo dependem de transfusões de sangue todos os anos.
A campanha quer convencer o público da necessidade crítica de doações de sangue e plasma e o impacto sobre a vida dos pacientes. A OMS também quer incentivar doadores novos e existentes a doar sangue regularmente, ajudando a garantir um suprimento de sangue estável e suficiente.
Impacto positivo sobre os outros
A iniciativa lembra que os doadores de sangue têm um impacto positivo na saúde e no bem-estar de outras pessoas.
A campanha da OMS também espera mobilizar o apoio de governos e parceiros de desenvolvimento para investir e sustentar programas nacionais de doação de sangue, a fim de alcançar o acesso universal à transfusão de sangue segura em todo o mundo.
O braço da OMS nas Américas, a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, divulgou novos dados sobre o progresso na doação voluntária na região.
O relatório preliminar, Acesso ao Sangue para Transfusão em Países da América Latina e Caribe 2023, mostra que 23 países, sendo 17 na América Latina e 6 nações caribenhas não hispânicas, tiveram um aumento de 15,5% em comparação às unidades coletadas em 2020.
Pandemia de Covid-19
Quase 80% dos países relataram aumentos significativos graças à recuperação pós-pandemia e às novas estratégias de conscientização.
A região tem uma média de 16 doações de sangue por 1 mil habitantes, mas as disparidades persistem: 13 países estão abaixo dessa média, enquanto 10 a superam.
O relatório também destaca melhorias em segurança e qualidade: 100% das unidades doadas foram rastreadas para infecções transmissíveis por transfusão e 90% foram fracionadas em componentes como hemácias, plasma e plaquetas, otimizando o uso clínico.
As transfusões de sangue são essenciais para o tratamento de hemorragia pós-parto, anemia infantil devido à desnutrição ou malária, lesões relacionadas a desastres e procedimentos cirúrgicos complexos.
A Opas insta os governos a investirem em sistemas nacionais de sangue eficientes, promoverem a doação voluntária e fortalecerem a supervisão para garantir acesso equitativo e seguro.