Governo federal segue ofensiva contra exploração mineral em terra indígena na Amazônia

TI Kayapó é a segunda mais afetada pela mineração ilegal no Brasil.

Governo federal segue ofensiva contra exploração mineral em terra indígena na Amazônia
Governo federal segue ofensiva contra exploração mineral em terra indígena na Amazônia

Agência Gov | Via Casa Civil - 21/05/2025 08:50:53 | Foto: Agência Gov Br

Com 18 mil hectares de floresta destruídos pelo garimpo ilegal, a Terra Indígena Kayapó é a segunda mais devastada pela atividade criminosa no Brasil, superando em mais de quatro vezes a área afetada na Terra Yanomami (aproximadamente 4 mil hectares).

Pela saída dos garimpeiros, o Governo Federal segue desde o início de maio com a operação de desintrusão no território indígena, localizado na Amazônia, no estado do Pará. Os mais de 3,2 milhões de hectares estão sob monitoramento aéreo e terrestre das equipes das forças de segurança do Governo Federal.

Na última semana, 58 incursões aconteceram dentro e ao redor da TI, tendo como desfecho a inutilização e a destruição dos materiais, maquinários e instalações utilizadas pelo garimpo, que causaram um prejuízo aproximado de R$ 17,4 milhões aos garimpeiros. A iniciativa ocorre por determinação da Justiça brasileira, tendo o Supremo Tribunal Federal determinado o processo de desintrusão ao governo. Mais de 20 órgãos fazem parte da força-tarefa do governo brasileiro, coordenada pela Casa Civil e o Ministério dos Povos Indígenas.

Drone Nauru 500-C orienta equipes terrestres
Entre os equipamentos de inteligência e combate utilizados pelas forças de segurança, destaca-se o uso do drone Nauru 500-C, um drone de alta tecnologia do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao Ministério da defesa (MD). O equipamento orienta equipes terrestres e substitui a necessidade de imagens de satélite, que têm custo elevado e requerem agendamento prévio.

De acordo com o Censipam, o Nauru 500-C é uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) de última geração, desenvolvida com tecnologia nacional.O equipamento tem capacidade de realizar voos em longas distâncias (até 60 km), operar em altitudes superiores a 1.000 pés (300 metros) e fornecer imagens de alta resolução em tempo real. Sua atuação na operação é considerada essencial para identificar áreas desmatada e movimentações suspeitas dentro da Terra Indígena.

Cesta de alimentos - Ao tempo que durar a operação, a Funai e o MPI vão distribuir às famílias Kayapó duas cestas de alimento por mês. As entregas nas comunidades estão sendo feitas desde a última segunda-feira (19). O objetivo da ação humanitária é garantir segurança alimentar aos povos Kayapó.

Operação - Este é o oitavo território indígena a passar pelo processo de desintrusão durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde 2023, já foram realizadas ações nas terras Alto Rio Guamá (PA), Apyterewa (PA), Trincheira Bacajá (PA), Karipuna (RO), Munduruku (PA) e Yanomami (RR – em execução), além da TI Araribóia (MA – em execução).

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