Sua recomendação sem o devido aval científico poderia trazer problemas e explodir no colo de seu “padrinho” brasileiro.
Estadão Conteúdo - 17/05/2020 12:42:54 | Foto: Reprodução
Já há parlamentares acreditando que uma das benesses da derrubada da MP do “E daí” (966) pode colocar um freio na desvairada defesa que Jair Bolsonaro faz do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina. Nenhum dos medicamentos teve eficácia comprovada diante do coronavírus, mas trazem uma série de efeitos colaterais aos usuários. Sua recomendação sem o devido aval científico poderia trazer problemas e explodir no colo de seu “padrinho” brasileiro.
“O principal objetivo do presidente com a MP 966 é ter um excludente de ilicitude para os crimes que ele e seus próximos cometerem, tenho confiança que o STF não permitirá que isso aconteça”, disse ao BRP o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Seu partido protocolou no Supremo uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a medida provisória.
“A MP é abusiva e desnecessária. Vamos buscar a sua devolução ou rejeição, ao mesmo tempo em que buscamos a Justiça”, afirmou o também senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que cujo partido também procurou o Judiciário contra a medida provisória. A MP tem por intenção livrar agentes públicos de punição cível ou criminal por erros cometidos durante a pandemia que não tenham sido cometidos por “dolo ou erro grosseiro”.
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