Em Brasília. Operação da Polícia Federal no MDB teve como base depoimento de cabo eleitoral

Além de Kadija, outra candidata do MDB é alvo do inquérito: a psicóloga Dolores Ferreira também disputou uma mandato no parlamento local. Recebeu, do partido, R$ 502,2 mil, mas só obteve 551 sufrágios.

Em Brasília. Operação da Polícia Federal no MDB teve como base depoimento de cabo eleitoral
Em Brasília. Operação da Polícia Federal no MDB teve como base depoimento de cabo eleitoral

Por Lilian Tahan E Gabriella Furquim-metrópoles - 23/05/2019 06:29:16 | Foto: Reprodução

A operação da Polícia Federal de busca e apreensão na sede do MDB no Distrito Federal, realizada na terça-feira (21/05/2019), teve como base o depoimento de uma mulher que foi cabo eleitoral contratada pela candidata à distrital Kadija de Almeida Guimarães.

A prestação de contas da empresária chamou a atenção dos investigadores. Kadija afirmou ter gasto R$ 573 mil — sendo R$ 423 mil do diretório regional do MDB, além de R$ 150 mil do comando nacional da sigla. Ela, no entanto, só recebeu 403 votos.

Em depoimento à PF, a testemunha teria afirmado que, apesar de ter recebido um cheque da empresária pelo trabalho realizado durante as eleições, nunca a conheceu. Assinalou, ainda ter pedido votos para outros candidatos: Ibaneis Rocha (MDB), eleito governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli (MDB), derrotado na disputa por uma vaga de deputado federal, e Cristiano Araújo (PSD), não reeleito para a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

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Além de Kadija, outra candidata do MDB é alvo do inquérito: a psicóloga Dolores Ferreira também disputou uma mandato no parlamento local. Recebeu, do partido, R$ 502,2 mil, mas só obteve 551 sufrágios.

Candidaturas laranjas
Como revelou a Grande Angular, na terça-feira (21/05/2019), policiais federais realizaram operação de busca e apreensão na sede do MDB-DF, que fica no Edifício Assis Chateaubriand, no Setor de Rádio e TV Sul.

A suspeita é de que o partido tenha lançado candidaturas laranjas apenas para cumprir a cota de 30% estipulada pela legislação eleitoral e desviar os recursos públicos destinados a mulheres para a campanha de outros candidatos da sigla.

Dois agentes e um delegado ficaram cerca de 20 minutos no local e levaram pastas com documentos. A PF também esteve em um endereço residencial ligado ao MDB.

O MDB-DF informou que só comentará o caso após ter acesso ao inquérito da PF. O advogado da legenda, Herman Barbosa, protocolou procuração solicitando informações sobre o fato. A Polícia Federal não deu detalhes sobre a operação.

Cristiano Araújo afirmou ter “ficado surpreso” e que desconhece a denúncia. A empresária Kadija de Almeida Guimarães não foi localizada.

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