Erika Kokay vira ré em investigação sobre desvio de salário de assessora

Denúncia aponta que R$ 14,9 mil da funcionária teriam sido repassados para contas bancárias da parlamentar. 'Justiça será feita', diz.

Erika Kokay vira ré em investigação sobre desvio de salário de assessora
Erika Kokay vira ré em investigação sobre desvio de salário de assessora

Por Marília Marques, G1 Df - 26/03/2019 20:15:08 | Foto: Will Shutter/Câmara dos Deputados

A Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia e tornou ré a Deputada Federal Erika Kokay (PT). Ela é acusada de desviar o salário de uma assessora que trabalhou no gabinete da parlamentar entre 2006 e 2007.

Ao G1, a deputada afirmou que "vai fazer a própria defesa" e disse ter "absoluta certeza que a justiça será feita". Kokay pontuou ter sido ela mesma quem levou o caso à Polícia Civil do DF, em 2010, e, por isso, "está muito tranquila".

"Não tenho nenhuma dúvida que serei justamente inocentada".

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) – apresentada em dezembro de 2017 – a deputada apropriou-se indevidamente de parte do salário da funcionária.

Decisão torna ré a deputada federal Erika Kokay — Foto: TJDFT/ReproduçãoDecisão torna ré a deputada federal Erika Kokay — Foto: TJDFT/Reprodução

Ao todo, R$ 14,9 mil teriam sido repassados para contas bancárias de Erika Kokay e do então chefe de gabinete dela, Alair José Martins Vargas. A reportagem tenta contato com a defesa do citado.

Por causa do foro privilegiado da deputada, o caso tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) mas, em maio do ano passado, uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello remeteu o processo à Justiça do DF.

Sobre o caso, Kokay afirma ainda que, à época, sofreu tentativa de extorsão, e que os valores retidos da assessora eram "recolhimento das contribuições partidárias".

Erika Kokay também é investigada por suposta apropriação de imposto sindical e recursos públicos do Sindicato dos Bancários. O processo foi aberto pela entidade e, segundo a deputada, cita cerca de R$ 48 mil. Kokay presidiu a entidade na década de 1990.

A acusação de desvios partiu de um ex-servidor da deputada. Segundo o gabinete da deputada, o denunciante foi exonerado por Kokay devido à "prática de violência doméstica" e mantinha relações próximas com um deputado distrital.

À época, o processo de cassação do político citado era analisado pela comissão presidida por Kokay na Câmara Legislativa do DF.

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