Expedição quer mapear impacto do lixo marinho no Oceano Índico Ocidental

Cerca de 30 mil chinelos também foram reutilizados para fazer painéis para o casco e o convés do veleiro Flipflopi.

Expedição quer mapear impacto do lixo marinho no Oceano Índico Ocidental
Expedição quer mapear impacto do lixo marinho no Oceano Índico Ocidental

Agência Onu News De Noticias - 23/02/2022 08:54:39 | Foto: Projeto Flipflopi

Apoiado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, veleiro Flipflopi navegará por duas semanas no arquipélago de Lamu, no Quênia; além de mapear o impacto dos resíduos plásticos, projeto busca interação com comunidades para criar soluções; agência da ONU avalia que 11 milhões de toneladas são jogadas nos ecossistemas aquáticos, anualmente.

De acordo com estudos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, 400 milhões de toneladas de plástico são geradas, todos os anos. Desse total, 11 milhões são descartadas nos ecossistemas aquáticos.

Para o Pnuma, sem providências, o volume deve quase triplicar até 2040, o que equivale a cerca de 50 quilos de plástico por metro de costa em todo o mundo.

Estudantes nas margens do oceano enquanto aguardam para receber o veleiro de plástico Flipfloppi que fez várias paradas na costa do Quênia

FlipFlopi/FinneganFlint

Estudantes nas margens do oceano enquanto aguardam para receber o veleiro de plástico Flipfloppi que fez várias paradas na costa do Quênia

Ação

Por isso, os criadores do primeiro veleiro do mundo feito de resíduos de plástico e chinelos coletados em praias e cidades da costa queniana, o Flipflopi, vão realizar uma expedição de duas semanas para mapear o impacto do lixo marinho no arquipélago de Lamu, no Quênia.

Ao avaliar o alcance dos resíduos na região, eles querem apoiar as comunidades com soluções e sistemas de reciclagem. A sugestão é criar uma indústria de construção de barcos de plástico.

A pesquisa também será usada para entender os tipos comuns de resíduos plásticos que se acumulam no litoral e mapear áreas de acúmulo do produto.

O objetivo é fornecer uma visão completa dos tipos mais comuns de resíduos plásticos, suas fontes e como eles impactam os ecossistemas marinhos do arquipélago localizado no Oceano Índico Ocidental.

Expedição

Durante a expedição, a equipe Flipflopi e seus parceiros vão conduzir pesquisas para mapear a extensão dos resíduos no oceano e nas costas de cerca de 300 km da costa queniana.

De acordo com o Pnuma, em muitas partes do mundo, particularmente em países de baixa e média rendas, ainda há dados limitados sobre o acúmulo de plástico.

A entidade afirma que a região do Oceano Índico Ocidental, apesar de abrigar alguns dos países com menor emissão de plástico, é um dos locais mais afetados pelos resíduos.

Apenas em 2018, os impactos da poluição plástica no turismo, pesca e aquicultura com outros custos, como os de limpeza, foram estimados entre US$ 6 bilhões e US$ 19 bilhões, em todo o mundo.

A primeira expedição do Flipflopi, em 2019, navegou 500 km de Lamu para Zanzibar, na Tanzânia, como parte da iniciativa Mares Limpos do Pnuma, criando conscientização internacional sobre o impacto da poluição plástica e atuando para mudar comportamentos sobre resíduos plásticos

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