Fórum examina criação de Acordo Azul para economia dos oceanos

Praia em Tonga, no sudoeste do Oceano Pacífico

Fórum examina criação de Acordo Azul para economia dos oceanos
Fórum examina criação de Acordo Azul para economia dos oceanos

Agência Onu News De Noticias - 06/04/2022 07:54:36 | Foto: ADB/Eric Sales

Evento, de 6 a 8 de abril, ocorre na sede da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad; especialistas apostam nos mares para criar sustentabilidade e resiliência no pós-pandemia; valor dessa economia deve dobrar até 2030.

A proteção dos oceanos e os benefícios de uma economia voltada para os mares precisam de um comércio global, investimentos e inovação para o chamado “Acordo Azul”.

A meta é criar uma economia do oceano que seja resiliente, sustentável, beneficie todos, promova segurança alimentar e ajude a combater a poluição dos mares e a crise climática.

Em 2022, Portugal recebe a Conferência sobre o Oceano

Foto ONU Meio Ambiente

Em 2022, Portugal recebe a Conferência sobre o Oceano

Lisboa em junho

Este é o foco do Fórum dos Oceanos, de 6 a 8 de abril, em Genebra, sede da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad.

Nesta 4a. edição do evento, que ocorre apenas a dois meses da Conferência Internacional dos Oceanos, marcada para o fim de junho, em Lisboa, a Unctad quer fixar uma nova direção para a economia azul.

A secretária-geral da agência Rebeca Grynspan, afirma que este é o tempo perfeito para fortalecer essa economia que pode ajudar o mundo a se recuperar melhor da pandemia.

Crises futuras

Segundo ela, o valor econômico, social e ambiental dos mares é uma segurança contra crises futuras. Até 2030, a economia baseada nos oceanos deve dobrar.

Ao mesmo tempo, o mercado precisa compreender o equilíbrio correto entre benefício e proteção dos recursos naturais.

O povo de Galoa Village e seus ancestrais dependem do sistema de recifes há centenas de anos para sustento e renda

© Coral Reef Image Bank/Tom Vierus

O povo de Galoa Village e seus ancestrais dependem do sistema de recifes há centenas de anos para sustento e renda

Sustento

Quase 3 bilhões de pessoas no mundo, a maioria em países em desenvolvimento, tiram seu sustento dos oceanos.

O valor de exportação de produtos e serviços baseados nos mares é de US$ 2,5 trilhões.

Mais de 80% do volume comercial mundial é transportado por vias marítimas, o que ressalta a importância das redes de fornecimento que foram interrompidas com a pandemia e com a guerra na Ucrânia.

Um oceano saudável é crucial para a sobrevivência do planeta.

Foto: NOAA

Um oceano saudável é crucial para a sobrevivência do planeta.

Peixes

O evento na Unctad deve tratar ainda da piora da condição dos oceanos sob ameaça de erosão dos ecossistemas marinhos. Em todo o mundo, 34% dos estoques de peixes baixaram a níveis que são biologicamente insustentáveis afetando economias e a segurança alimentar.

A Unctad acredita que o evento deve ajudar a aumentar os investimentos na economia com base nos oceanos. De 2013 a 2018, apenas 1,6% do total da Assistência Oficial ao Desenvolvimento, ou US$ 2,9 bilhões, foi direcionada à economia dos mares. A agência da ONU afirma que 2% de cultivo do oceano poderia fornecer proteína suficiente para alimentar uma população de 12 bilhões de pessoas.

Um recife de coral em Papua Nova Guiné. Cerca de 7,7%, de águas costeiras e do oceano estão dentro de áreas protegidas

Ocean Image Bank/Amanda Cotton

Um recife de coral em Papua Nova Guiné. Cerca de 7,7%, de águas costeiras e do oceano estão dentro de áreas protegidas

Sustentabilidade

Ao todo serão 300 participantes e especialistas de 50 países e 60 organizações que deverão examinar pesca sustentável, a economia dos oceanos e a proteção de mares e subsistências.

Além da Unctad participam da organização do evento agências da ONU como FAO e Pnuma, a Commonwealth, a Organização dos Estados Caribenhos, Africanos e Asiáticos, o Banco de Desenvolvimento para América Latina e o Instituto Internacional do Oceano.

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