Para os entregadores da categoria diamante, o componente é gratuito e será entregue a partir desta quinta.
Cristiane Gercina, São Paulo, Sp (folhapress) - 28/09/2025 09:22:38 | Foto: © PAULO PINTO/AGÊNCIA BRASIL
O iFood começa nesta quinta-feira (25) a oferecer um chip de celular para seus entregadores, ampliando os benefícios anunciados pela empresa nos últimos meses em meio à entrada de novos aplicativos no mercado de entrega, provocando a chamada "guerra dos apps".
Os motoboys terão acesso ao "iFood chip" por R$ 25 por mês. Para os entregadores da categoria diamante, o componente é gratuito e será entregue a partir desta quinta.
Johnny Borges, diretor de impacto social do iFood, afirma que o plano atende a solicitações da categoria como forma de reduzir os custos que os trabalhadores têm para trabalhar. Ele diz que o plano oferecido é ao menos 50% mais barato do que o valor médio pago hoje pelos trabalhadores do app para poder operar na plataforma.
O chip é compatível com todos os modelos de aparelhos. O plano inicial tem 20 GB (15 GB + 5 GB de bônus), com acesso a WhatsApp e Waze ilimitados.
A partir de outubro, a categoria ouro poderá aderir ao plano de 15 GB por R$ 25 mensais. Em novembro, será a vez do restante da base de entregadores ativos, que também poderão ter acesso ao chip por R$ 25. O link para aderir será enviado pelo app.
As empresas de delivery têm travado uma batalha depois que a 99Food decidiu voltar a atuar no país. A empresa anunciou investimentos bilionários. Em maio deste ano, o Rappi, colombiano que promete entregas turbo em até dez minutos, zerou as taxas para restaurantes.
Em agosto, a 99Food começou a operar em período de teste isentando restaurantes de taxas para que ofereçam pratos a preços de balcão aos clientes. Em 1º de setembro, o iFood anunciou parceria com a Motu para aluguel de motos a preços baixos e vantagens para os entregadores.
Outras medidas do iFood incluem a inauguração de sete novos pontos de apoio em 2025, em algumas cidades, incluindo São Paulo (SP) e Recife (PE), totalizando 30 unidades. Os locais oferecem água, banheiros, descanso, recarga de celular e, em algumas unidades, geladeira e micro-ondas.
Para Borges, a entrada de novos apps no mercado mostra que o Brasil está em expansão na área, mas há espaço para todos. "Quando a gente olha para a concorrência, a gente entende que o Brasil é um mercado em expansão. O iFood hoje faz 120 milhões de pedidos por mês, então a gente ainda tem muito espaço de crescimento e existe um mercado cada vez mais no qual a gente pode crescer", diz.
O iFood projeta investir R$ 17 bilhões nas operações em 2026 e ampliar o número de pedidos para 1 bilhão por ano dentro dos próximos três anos. Os investimentos foram anunciados no início de agosto por Diego Barreto, CEO do aplicativo, no evento iFood MOVE 2025.
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