Resultado foi puxado pelos reajustes dos alimentos (0,39%), do gás (0,5%) e dos aluguéis (0,4%), que minimizaram o alívio inflacionário para os mais pobres.
Da Assessoria De Imprensa E Comunicação / Do Ipea / Foto: Pública - Pixabay - 12/12/2018 09:39:28 | Foto:
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda referente a novembro, publicado nesta terça-feira, 11, revela deflação para todos os segmentos pesquisados. No entanto, esse alívio inflacionário foi menos intenso entre as famílias de menor poder aquisitivo (-0,17%), quando comparadas às de renda mais alta (-0,23%).
“A alta de 0,39% do grupo ‘alimentos e bebidas’ provocou um aumento inflacionário maior para as pessoas de renda mais baixa, por conta do peso desses itens na cesta de consumo da população mais pobre”, explicou a autora do trabalho, a técnica de planejamento e pesquisa Maria Andreia Parente Lameiras, do Grupo de Conjuntura do Ipea. Além dos alimentos, os reajustes de 0,5% do gás de botijão e de 0,4% dos aluguéis também contribuíram para limitar a deflação das classes mais baixas, ainda que elas tenham se beneficiado da queda da energia elétrica (-4%) e dos produtos de higiene pessoal (-4,7%).
As famílias de renda mais alta, por sua vez, registraram uma deflação maior principalmente devido à retração do preço da gasolina (-3,1). No cômputo geral, essas famílias de maior poder aquisitivo sofreram menos com os preços, embora também tenham se beneficiado menos do recuo das tarifas de energia elétrica. Para esse grupo, os principais fatores inflacionários em novembro foram a incorporação das altas de 2,1% do gás encanado, de 2,9% das passagens aéreas e de 0,8% dos planos de saúde.
No acumulado de 2018, a inflação permanece menor para a classe de renda muito baixa (3,3%), na comparação com o segmento de renda alta (3,8%). Contudo, houve forte desaceleração nas curvas de inflação em todos os segmentos de renda nos 12 meses até novembro.
Acesse a íntegra do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda
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