Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de pessoas com diabetes aumentou de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014. Somente nos EUA, o último levantamento dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), apontou que 11,3% da população é diabética. Infelizmente, a situação no Brasil não é diferente, estima-se que até 2030, 21,5 milhões de pessoas desenvolvam a doença.

A boa notícia é que pesquisadores da Universidade de British Columbia no Canada, estão desenvolvendo comprimidos orais para substituir as inúmeras injeções diárias de insulina. O maior desafio dos pesquisadores é desenvolver uma forma para que o comprimido de insulina seja ingerido e absorvido sem que a insulina seja degradada no estomago.

Os últimos resultados da pesquisa liderada pelo Dr. Pratap-Singh indicam que o composto não precisa ser ingerido, mas sim, colocado entre a gengiva e a bochecha para que seja absorvido pela mucosa bucal. Este método tem mostrado resultados positivos quanto a otimização da dosagem de insulina, e o tempo em que ela é liberada após a sua absorção.

Além dos benefícios físicos e psicológicos aos diabéticos, o novo método pode representar um enorme potencial de preservação ambiental, uma vez que evitará o uso e descarte de centenas de milhares de seringas e agulhas utilizadas para a aplicação diária da insulina.

FONTE: Yigong Guo, Alberto Baldelli, Anika Singh, Farahnaz Fathordoobady, David Kitts, Anubhav Pratap-Singh. Production of high loading insulin nanoparticles suitable for oral delivery by spray drying and freeze drying techniques. Scientific Reports, 2022; 12 (1) DOI: 10.1038/s41598-022-13092-6.

Sobre o Ciência pra saúde: o CPS é uma Edutech formada por um grupo de professores e pesquisadores com experiência no ensino superior, gestão educacional e empreendedorismo na área da saúde e biotecnologia;

Bernardo Petriz é Professor e pesquisador na área da ciência do exercício & saúde com mestrado em Educação Física e doutorado em Ciências Genômicas e Biotecnologia. É o fundador e diretor executivo do Ciência para Saúde e da Ipê-O´tech, startup de desenvolvimento biotecnológico no Distrito Federal.

View this post on Instagram

A post shared by Ciência para Saúde (@cienciaprasaude)

Por: Prof. Dr. Bernardo Petriz – Ciência pra Saúde

@bernardo_petriz

Link: https://www.instagram.com/reel/CiQMS0-gnuc/?igshid=YmMyMTA2M2Y=