Inteligência Artificial traz desafios e oportunidades para o setor de saúde

Agência divulga primeiro relatório global sobre o tema e seis princípios diretores; tecnologia pode melhorar velocidade e precisão de diagnósticos, fortalecer desenvolvimento de medicamentos e apoiar intervenções de saúde pública

Inteligência Artificial traz desafios e oportunidades para o setor de saúde
Inteligência Artificial traz desafios e oportunidades para o setor de saúde

Por Onu News De Noticias - 29/06/2021 15:03:04 | Foto: Unsplash/Possessed Photography

Novas diretrizes da Organização Mundial da Saúde, OMS, revelam que a Inteligência Artificial, IA, é uma grande promessa para melhorar cuidados de saúde, mas apenas se a ética e os direitos humanos forem prioridade em seu desenho, implantação e uso.

A conclusão é parte do primeiro relatório sobre o tema, publicado esta segunda-feira. O documento é o resultado de dois anos de trabalho de um painel de especialistas internacionais.

Potencial

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirma que “como toda nova tecnologia, a inteligência artificial possui um enorme potencial para melhorar a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo, mas também pode ser mal utilizada e causar danos.”

Tedros Ghebreyesus disse que relatório fornece um guia valioso para os países sobre como maximizar os benefícios, minimizando riscos

Tedros Ghebreyesus disse que relatório fornece um guia valioso para os países sobre como maximizar os benefícios, minimizando riscos

Segundo ele, o relatório “fornece um guia valioso para os países sobre como maximizar os benefícios, minimizando riscos e evitando armadilhas.”

Essa tecnologia pode ser usada para melhorar a velocidade e a precisão do diagnóstico e da triagem de doenças, como já acontece em alguns países. Ela é útil ainda no atendimento clínico, pode fortalecer o desenvolvimento de medicamentos e apoiar intervenções de saúde pública, como vigilância de doenças, resposta a surtos e gestão de sistemas de saúde.

A Inteligência Artificial serve ainda para que os pacientes tenham maior controle de seus próprios cuidados e compreendam melhor suas necessidades ajudando em países com poucos recursos e comunidades rurais.

Riscos

Mas para a OMS, não se deve superestimar os benefícios, especialmente quando isso ocorre à custa de investimentos para alcançar a cobertura universal de saúde.

Entre os desafios e riscos, estão a coleta e uso antiético de dados, preconceitos codificados em algoritmos, riscos para a segurança do paciente, segurança cibernética e meio ambiente.

O relatório diz que o uso não regulamentado ​​desta tecnologia pode subordinar os direitos e interesses dos pacientes e das comunidades aos poderosos interesses comerciais de empresas de tecnologia ou aos interesses dos governos em vigilância e controle social.

Entre os desafios e riscos, estão a coleta e uso antiético de dados, preconceitos codificados em algoritmos e riscos para a segurança do paciente

Unsplash/Michael Dziedzic

Entre os desafios e riscos, estão a coleta e uso antiético de dados, preconceitos codificados em algoritmos e riscos para a segurança do paciente

A pesquisa também alerta que os sistemas desenvolvidos em países de alta renda podem não funcionar para indivíduos em ambientes de baixa e média rendas.

Princípios

No relatório, a OMS apresenta seis princípios para garantir que a IA funcione para o interesse público em todos os países.

A agência diz que, primeiro, é necessário proteger a autonomia humana e, depois, promover o bem-estar, segurança humana e interesse público. Também é preciso garantir transparência e inteligibilidade.

Os últimos três princípios são promoção de responsabilidade e prestação de contas, garantia de inclusão e equidade e promoção de IA que seja responsiva e sustentável.

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