Ministério Público do DF recomenda medidas para reduzir acidentes envolvendo capivaras no Lago Paranoá

Documento foi direcionado à Sema e ao Ibram e busca alinhar segurança viária e bem-estar animal. Órgãos têm 60 dias para informar medidas de manejo e sinalização em áreas de risco

Ministério Público do DF recomenda medidas para reduzir acidentes envolvendo capivaras no Lago Paranoá
Ministério Público do DF recomenda medidas para reduzir acidentes envolvendo capivaras no Lago Paranoá

Secretaria De Comunicação Do Mpdft - 06/12/2025 08:50:54 | Foto: Arquivo/Agência Brasília

A 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural (Prodema), expediu, nesta sexta-feira, 5 de dezembro, a Recomendação nº 07/2025 com foco na proteção de capivaras e na segurança de frequentadores e motoristas na região do Lago Paranoá.

A medida foi direcionada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal do DF (Sema) e ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram). O documento destaca que a presença de capivaras em áreas urbanas demanda ações de manejo e prevenção de riscos, como acidentes de trânsito e a potencial disseminação de zoonoses, a exemplo da febre maculosa brasileira.

Conforme a recomendação, o MPDFT reforça a importância de estratégias preventivas e de manejo ambiental, em consonância com diretrizes federais sobre fauna sinantrópica. O texto também menciona a atuação integrada do Governo do Distrito Federal, incluindo ações vinculadas à abordagem de Saúde Única (One Health), com monitoramento populacional e parcerias acadêmicas para estudos na orla do lago.

Recomendações

Entre as providências indicadas à Sema e ao Ibram, estão: conclusão dos estudos sobre o comportamento das capivaras no Lago Paranoá, para identificação de áreas de alta concentração e rotas de pastejo; implantação de corredores de fauna, cercas-guia e barramento contínuo, ou outras soluções equivalentes, para reduzir atropelamentos e acidentes; instalação de placas informativas em trechos próximos às rotas identificadas; elaboração de plano de educação ambiental, com foco na convivência segura entre população e fauna silvestre urbana; e implantação de pontos de contenção física ou barreiras seletivas nos locais de maior risco.

O MPDFT requisita que os órgãos informem, no prazo máximo de 60 dias a contar do recebimento, as medidas adotadas para o cumprimento integral da recomendação. A promotora de justiça Luciana Bertini explica ainda que embora existam instrumentos de planejamento ambiental que preveem a criação de corredores ecológicos, ainda não teria havido, até a data do documento, a previsão de projetos específicos de passagens de fauna para a região do Lago Paranoá. “Diante disso, o MPDFT busca estimular soluções que conciliem bem-estar animal, segurança humana e gestão ambiental responsável”, pontua.

Veja a íntegra do documento.

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