Museu construído com recurso federal recebeu 70 mil visitantes em um mês

Museu das Amazônias, em Belém, reforça o papel da ciência na construção de novos olhares sobre o maior bioma tropical do planeta

Museu construído com recurso federal recebeu 70 mil visitantes em um mês
Museu construído com recurso federal recebeu 70 mil visitantes em um mês

Agência Gov | Via Ministério Da Ciência E Tecnologia - 27/11/2025 07:29:24 | Foto: Luara Baggi/MCTI

O Museu das Amazônias , inaugurado em outubro no Complexo Porto Futuro II, em Belém (PA), ultrapassou a marca de 70 mil visitantes em pouco mais de um mês. O espaço foi construído com R$ 20 milhões de investimentos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

A coordenadora de comunicação do museu, Camila Costa, destaca que o museu nasceu de um amplo processo de escutas envolvendo pesquisadores, cientistas, artistas, lideranças sociais e instituições de oito dos nove países pan-amazônicos . Essa abordagem plural reflete a essência do território. “O museu nasce para falar das ciências e das tecnologias das Amazônias . O nome no plural não é por acaso: buscamos mostrar a diversidade e a grandiosidade desse território”, explica.

Ela ainda destaca o papel estratégico do MCTI desde a concepção do projeto. “O museu foi criado a partir de um processo profundamente coletivo, visto que é um espaço que vai apresentar as ciências e as tecnologias das Amazônias . O primeiro aporte que o museu recebeu para dar início à construção foi do MCTI. É, de fato, um parceiro muito importante para este espaço.”

A exposição Amazônia, do fotógrafo Sebastião Salgado, é um dos principais atrativos do Museu das Amazônias . Exibida pela primeira vez no Norte do País, a mostra ocupa quase mil metros quadrados e reúne imagens que já circularam pelo mundo. Há, ainda, um conjunto de exposições imersivas e interativas que traduzem a riqueza cultural, científica e ambiental da região. Entre elas:

Ajurí
Videoinstalação que apresenta o museu a partir da ideia de mutirão — o fazer coletivo que deu origem ao próprio espaço. A obra reúne artistas, lideranças, trabalhadores, pesquisadores e cientistas, revelando uma trama viva de encontros e saberes das Amazônias .

As paredes de fibra natural e a projeção de animais de miriti criam uma atmosfera sensorial que remete aos ecossistemas conectados em redes de interação e cuidado.

Cobra canoa

Criada por Paulo Desana e Carina Horopakó , a instalação traz para o museu a narrativa ancestral da Cobra Grande, símbolo presente em diversas regiões amazônicas. A obra mostra a cobra canoa navegando pelos rios do mundo e trazendo os primeiros humanos, funcionando como um ser vivo que conecta diferentes mundos e abre caminhos entre o céu, a terra e as águas.

Fogo

Instalação imersiva que aborda o uso ancestral do fogo pelos povos indígenas e comunidades tradicionais, bem como seus riscos quando empregado sem cuidado. A obra mostra como o fogo molda a vida há milênios, mas também alerta para a crise climática, o desmatamento e as práticas predatórias que rompem o equilíbrio da floresta.

Passaredo

Criado pelo Sesi Lab , o painel interativo permite que cada visitante desenhe seu próprio pássaro digital. A cada nova contribuição, a bandada cresce e revela uma composição coletiva sempre renovada, refletindo a diversidade das espécies e da criatividade humana.

Cobra grande soundsystem
Escultura inspirada na imagem da cobra grande e nas formas geométricas das festas de aparelhagem do Pará.A obra dialoga com música, memória e identidade amazônica, destacando o protagonismo do DJ e das grandes estruturas de som e luz das festas paraenses.

Travessia
Instalação viva na qual linhas, fitas e luzes representam raízes, rios e redes da Amazônia. Ao escolher fitas coloridas — cada uma com seu próprio significado — o visitante contribui para a construção de um grande tear coletivo.

Conexão imediata com o público
Para Camila Costa, o número de visitantes confirma a relevância do espaço. “A resposta não poderia ter sido melhor. Conseguimos uma conexão muito bonita com o público, e o retorno tem sido muito positivo desde o primeiro dia”, celebra.

Com entrada gratuita até fevereiro de 2026 e novas exposições permanentes previstas, o Museu das Amazônias se consolida como um marco de divulgação científica e cultural.

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