Segundo o presidente do banco, após o caso, foi feito o reforço nos conselhos de administração e a recente qualificação de 5.000 executivos.
Júlia Moura, São Paulo, Sp (folhapress) - 28/11/2025 11:15:33 | Foto: José Cruz/Agência Brasil
Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, se manifestou nesta quinta-feira (27) sobre o caso envolvendo a Caixa Asset e o Banco Master, em 2024.
Na ocasião, a Caixa tirou o cargo de três funcionários que se posicionaram contra a compra de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master. Leonardo Silva, Mariangela Fraga e Daniel Gracio eram gestores de fundo de investimento na Caixa Asset até se posicionaram contra o negócio. No dia seguinte, foram rebaixados e perderam a função.
"Foi vazado um documento interno, levando à exposição de imagem da empresa. É um documento circunscrito, que nem o presidente da Caixa tem acesso. Por mais certo que alguém esteja, transformar isso numa questão mediática não é razoável", disse Vieira ao ser questionado sobre o episódio durante a apresentação do resultado da Caixa no terceiro trimestre deste ano.
Segundo o presidente do banco, após o caso, foi feito o reforço nos conselhos de administração e a recente qualificação de 5.000 executivos.
"Esse assunto foi um discutido com a TCU [Tribunal de Contas da União], com o órgão de controle, e, em todos eles, a Caixa deu a sua posição. Algumas dessas já entendidas e outras ainda em discussão. Recentemente, houve decisões tomadas pelo TCU em relação ao indivíduo", afirmou Vieira.
Em outubro, o tribunal multou em R$ 10 mil Igor Macedo Laino, ex-diretor da Caixa Asset por tentar aprovar a compra de R$ 500 milhões em letras do Banco Master.
O relator Antonio Anastasia entendeu que Laino ignorou pareceres técnicos e críticas feitas por unidades especializadas que apontavam liquidez baixa, prazo excessivo, concentração atípica e necessidade de avaliações adicionais sobre a operação.
"A organização, a governança e o compliance da Caixa são maiores que o presidente, que o gestor, que qualquer um de nós", disse Vieira.
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