Os 12 melhores locais para visitar em Arraiolos e arredores

É uma das mais bonitas vilas do Alentejo e um autêntico tesouro por descobrir. Estes são os melhores locais para visitar em Arraiolos e arredores.

Os 12 melhores locais para visitar em Arraiolos e arredores
Os 12 melhores locais para visitar em Arraiolos e arredores

Por: Vortexmag / Foto: Arraiolos - Vxmag - 19/11/2018 10:38:33 | Foto:

V ila bem Alentejana, sede de concelho, situada no distrito de Évora, Arraiolos é conhecida mormente pelos seus típicos bordados que vão passando de geração em geração. A paisagem da região, tipicamente alentejana, é um dos maiores bem patrimoniais de Arraiolos, tendo-se do Castelo da Vila um panorama extraordinário sobre o bonito casario branco e toda a natureza circundante. Aqui encontra-se igualmente a enorme Igreja do Salvador, uma interessante construção do século XVI, rodeada pelas muralhas. Na Vila, a Igreja da Misericórdia, e a fonte rural Chafariz dos Almocreves, são importantes legados patrimoniais, inseridos no centro histórico que foi alvo recentemente de obras de reconstrução e preservação.

Arraiolos

Arraiolos

Mas falar de Arraiolos é falar dos seus bordados tradicionais que levam o nome desta Vila mais além. Embora não existam certezas, estudos confirmam que a produção destes “tapetes de Arraiolos” arte que terá começado com os Mouros, no século XII, foi muito desenvolvida nos moldes que conhecemos hoje em dia no século XV, e atingiu o seu máximo esplendor com os motivos florais do século XVIII. Estes são os melhores locais para visitar em Arraiolos e arredores.

1. Castelo de Arraiolos

O Castelo de Arraiolos ou Paço dos Alcaides, fica localizada como o próprio nome indica na freguesia e concelho de Arraiolos, uma localidade que pertence ao distrito de Évora. Pelos relatos históricos e também pelos achados arqueológicos sabe-se que a primeira ocupação do Monte de São Pedro teve lugar há muitos e muitos anos atrás. A ideia de fortificar aquele monte remonta ao reinado de D Afonso II quando este fez uma doação da herdade de Arraiolos a D. Soeiro, o então bispo de Évora, com a condição de que aí fosse erguido um castelo.

Arraiolos

Arraiolos – Bruno Cruz

Mais tarde o castelo foi oferecido ao abandono justificando-se para tal o fato de este local ser muito ventoso e frio e um local onde não se vivia de forma confortável. Embora fossem dadas condições peculiares aos que ali habitavam elas não eram suficientes e o despovoamento do castelo foi inevitável. Foi aquando do reinado de D. João IV que o muro da povoação bem como o castelo sofreram obras de remodelação, mas pouco mais tarde o castelo já se encontrava novamente em ruínas. Em 1833 as vítimas de um surto de cólera foram imensas e o seu pátio foi eleito como local para as enterrar. No século XX este castelo foi classificado como sendo Monumento Nacional e restaurado assim como as suas muralhas.

2. Convento dos Loios

Situado nos arredores da vila alentejana de Arraiolos, no denominado Vale das Flores, o Convento dos Loios pertenceu à Ordem de S. João Evangelista (dos Padres Loios) e foi fundado no ano de 1527. Após a extinção das ordens religiosas, o cenóbio e as suas propriedades foram vendidas a particulares, embora o estado português o tenha readquirido e convertido parte das suas dependências em pousada nacional. Este convento foi classificado em 1974 como Imóvel de Interesse Público.

Convento dos Loios

Convento dos Loios

Este mosteiro do século XVI apresenta um caldeamento de diferentes tendências artísticas, desde o gótico final da época manuelina, passando pelo classicismo renascentista, até à exuberância da linguagem barroca, fruto das diversas campanhas de obras ao longo dos séculos. Dentro de todas as interessantes dependências conventuais dos Loios, o seu claustro clássico é aquele que ganha maior destaque. Concluído em 1575, o claustro está dividido em dois pisos, o primeiro constituído por arcos de volta perfeita sobre colunas tocanas, reforçados por poderosos contrafortes e decorados por silhares de azulejos geométricos azuis e brancos. A galeria superior apresenta balcão simples aberto e ritmado por colunelos. O pátio é frondoso e tem uma fonte central em mármore.

3. Igreja da Misericórdia de Arraiolos

Com a fundação da Instituição da Misericórdia em 1524, depressa esta começou a ganhar importância na vila com a passagem do hospital para os seus domínios, sendo anexado a este edifício uma capela, no ano seguinte. Contudo só na segunda metade desta centúria é que foi possível iniciar a edificação da igreja, que se ergue no pequeno largo Capitão José Cravidão. Largo este que era o mais próximo da Praça do Município, centro do poder e das decisões.

Igreja da Misericórdia de Arraiolos

Igreja da Misericórdia de Arraiolos

Iniciada entre 1585-1586, a construção teve uma celeridade com o interesse de D. Teodósio II, Duque de Bragança, ao disponibilizar artistas que para ele trabalhavam. Em 1598 a construção exterior já estava pronta, uma vez que o templo já estava em condições de receber o forro da carpintaria. As campanhas do interior acabaram em 1602-1603 quando finalizaram o retábulo da capela-mor, igualmente com a construção da igreja. Entretanto no séc. XVIII visaram várias intervenções no âmbito de actualizar o interior e introduzir a nova linguagem artística barroca, com a aplicação da talha dourada e a introdução do azulejo. Deste período consta também o cadeiral dos mesários existente na nave no lado da Epístola. A nível exterior, teve os trabalhos de estuque da fachada e ao seu remate.

4. Centro Histórico de Arraiolos

Uma vila pequena em que o centro histórico se confunde com a própria localidade, estas fotos são com certeza as dos locais mais centrais deste povoado. Sob as linhas predominantes da conjugação do branco com o azul, pertence a uma parte que só está disponível para os peões. Estes podem usufruir tranquilamente das suas lojas de tapetes que, porta sim, porta sim, mostram o cardápio de tapetes de todos os tamanhos, feitios e cores, usando unicamente o mesmo tipo de ponto.

Arraiolos

Arraiolos

Todo este pequeno percurso é feito sob panos a imitar toldos, que se ligam às casas, convidando o visitante a percorrer as ruas dando a indicação de que Arraiolos se situa na zona mais quente de Portugal, que por vezes atinge os cinquenta graus. E assim, no seu devagar e à sombrinha, vai ter à principal praça da vila, a do Município, onde finalmente pode refrescar-se na esplanada do café, com os Paços do Concelho em frente e à sua direita pode observar o Centro Interpretativo dos Tapetes de Arraiolos. Mais à direita vê a associação dos fabricantes destes mesmos tapetes, com a presença do Pelourinho mesmo à frente deste edifício.

5. Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos É uma das peças de artesanato mais representativas da vila e de todo o Alentejo. A história do Tapete de Arraiolos vem do século XVI, época em que está identificada a primeira referência a esta arte de bordar. Situado na Praça do Município, o Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos dedica-se à preservação desta técnica, para além de contar aos visitantes a sua história e sua evolução artística e material.

Tapetes de Arraiolos

Tapetes de Arraiolos

O espaço está dividido em quatro núcleos museológicos — Tapetes de Arraiolos; Sub-Tenente Piteira; Etnográfica; Paróquia Nossa Senhora dos Mártires — que incluem peças de tapeçaria, faiança, mobiliário e arte sacra, sempre associados a esta nobre arte típica de Arraiolos.

6. Aldeia da Terra

Nesta Aldeia da Terra há de tudo. Casas grandes e pequenas, lojas de comércio, táxis, ambulâncias, hospitais e tudo o resto que se encontra numa aldeia de verdade. Só que aqui, todos os personagens e respectivos cenários são feitos em barro, pelas mãos hábeis de dois artesãos, que depois os pintam e colocam ao ar livre, em situações da vida quotidiana, retratadas com humor e mestria, coloridas e bem-dispostas. Os criadores da Aldeia da Terra são Tiago Cabeça e Magda Ventura que, literalmente, meteram a mão no barro e lhe deram as formas que surpreendem cada visitante que passa por este espaço, às portas de Arraiolos. Uma das últimas contagens indicava de que nesta localidade colorida há mais de 1245 personagens, 292 casinhas de várias cores e feitios e ainda um parque automóvel de barro com 146 viaturas. Os adereços, esses já são mais de 1995 e continuam a crescer.

Foto: Hugo Miguel Carriço

As esculturas de barro pintado desta dupla de criadores já ultrapassaram as portas da aldeia e as de região de Arraiolos. Já existem exemplares ali criados espalhados por todo o Mundo e até a Selecção Nacional tem uma reprodução em barro exposta na sede, saída da Aldeia da Terra. A possibilidade de encomenda é outras das vertentes destes artesãos, que mediante o envio de fotografias, criam esculturas com 30 centímetros de altura, perfeitas para presente ou para perpetuar a figura de cada um em barro cozido. A Aldeia da Terra tem uma área do tamanho de meio campo de futebol e está em constante desenvolvimento, não havendo aqui crise, nem populacional nem de construção civil. Recebe visitas todo o ano e até tem protocolos com vários serviços de transporte, para que seja mais fácil lá chegar. E tem uma vista fenomenal, do castelo de Arraiolos, que lhe confere um ar mágico e único. Um segredo escondido no Alentejo, pronto para ser descoberto, por apreciadores de artesanato de todas as idades.

7. Évoramonte

Évoramonte, ou Santa Maria, é uma bonita freguesia pertencente ao concelho de Estremoz, situada na vasta planície Alentejana, dentro de muralhas, numa calmaria e paz de espírito única. No dia 26 de Maio de 1834 aqui se fez história, ao ser assinada a Convenção de Évora Monte, pondo termo à guerra civil de 1832-34, entre absolutistas e liberais. Esta freguesia onde reina a paz de espírito, parecendo perdida no tempo, apresenta um orgulhoso património, desde o seu altaneiro e curioso Castelo, o Paço Ducal com a sua Torre quinhentista e o que resta das Muralhas, até outros monumentos como a Igreja Matriz erguida sobre um anterior templo bem antigo, a Igreja de São Pedro, datada dos séculos XV e XVI, situada na parte baixa da povoação, a Igreja da Misericórdia do século XVI, a Capela de Santa Rita de Cássia, as Ermidas de Santa Margarida, de Santo Estêvão e de São Sebastião (século XVI).

Évora Monte

Évora Monte

Outros monumentos são de destacar, como a Casa da Convenção, o Chafariz de Santo Estêvão do Século XV, a quinhentista Cisterna Pública, o Pelourinho ou o Celeiro comunitário, denotando a história rural da freguesia, que sobreviveu às dificuldades ao longo dos séculos através da sua ligação em comunidade. As ruas de Évoramonte guardam um sabor medieval, de paz de espírito e tradição, que tem sobrevivido até aos dias de hoje, rodeada da vasta planície Alentejana que emoldura esta povoação histórica amuralhada.

8. Évora

Cidade Alentejana, capital de distrito e sede de um dos maiores concelhos do País, Évora é uma das mais emblemáticas cidades Portuguesas. O seu belo centro histórico foi classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, numa área de cerca de 105 hectares e cerca de 400 edifícios, que é, por si só, um dos melhores motivos para visitar esta maravilhosa cidade Alentejana. Com toda esta rica história, não faltam no município de Évora locais de incontornável visita, como a sua imponente Sé Catedral construída entre 1186 e 1204, o conhecido Templo Romano (popularmente apelidado de “Templo de Diana”) construído entre o século I e III d.C, a Igreja de São Francisco e a sua célebre Capela dos ossos, totalmente revestida de ossadas humanas, a bonita Igreja dos Lóios (século XV), ou o Palácio de D. Manuel, com a interessante Galeria das Damas, parte do que resta do Paço do século XVI construído pela Dinastia de Avis que tanto influenciou e adorou estes domínios.

Évora

Évora

As cerca de 20 igrejas e mosteiros da cidade denotam a sua importância histórica e religiosa. Local bem central e imperdível é a famosa Praça do Giraldo, com arcadas em estilo árabe e uma fonte datada de 1571, local de encontro de todas as gerações, de animação e espectáculos especiais. Évora possui uma excelente oferta de artesanato, hotelaria e restauração, podendo-se degustar verdadeiras delícias típicas Alentejanas, numa cidade que tradição, conjuga paz de espírito, história e animação como poucas.

9. Estremoz

Cidade Alentejana, sede de concelho, Estremoz é conhecida pela “cidade branca” do Alentejo, em parte devido ao seu branco casario espalhado pela colina, mas também pelas suas jazidas de mármore branco, com uma exploração tão antiga e conceituada, de tal modo que esta região contribui em 90% para o facto de Portugal ser o segundo maior exportador de mármore do mundo. A sua importância histórica e o reconhecimento como localidade são marcos bem antigos, já tendo sido importante na época da ocupação Romana e Muçulmana, mantendo ao longo de toda a Idade Média a sua relevância, também pela proximidade de apenas 50 km da fronteira Espanhola.

Estremoz

Estremoz

Estremoz está rodeada por por dois conjuntos de muralhas, as primeiras do século XIII em redor da vila velha, situada junto ao castelo, e uma segunda cintura de muros fortificados e baluartes erguida para proteger a parte baixa da localidade, durante a Guerra da Restauração (1640-48). De facto, esta região prima pelos seus trabalhos populares e a qualidade dos seus artesãos, e pelos bonitos trabalhos em Barro Vermelho, em madeira, em chifre e em cortiça. Inolvidável é a saborosa gastronomia Alentejana feita com os produtos da região, como o “ensopado de borrego” ou os “pézinhos de coentrada“, a “sericaia“ para a sobremesa, e os afamados vinhos desta Região Demarcada de tão grande qualidade.

10. Gruta do Escoural

A Gruta do Escoural é o ponto fundamental do sítio arqueológico do Escoural, situada na Herdade da Sala, no bonito concelho Alentejano de Montemor-o-Novo, freguesia de Santiago do Escoural, constituindo mesmo a única caverna conhecida até agora no País com gravuras e pinturas rupestres datadas do Período Paleolítico Superior. A Gruta é constituída por várias salas e galerias que serviram populações há cerca de 50 000 anos, que ilustraram o seu interior com cenas do seu quotidiano. A primeira ocupação remonta ao Paleolítico Médio, quando grupos de caçadores-recolectores neandertalenses utilizaram esta Gruta como abrigo temporário para a caça. Já durante o Paleolítico Superior (35 000 a 8 000 a.C.), a área é reaproveitada como Santuário, onde são visíveis os vestígios decorativos da Arte Pré-Histórica.

Gruta do Escoural

Gruta do Escoural

No Período Neolítico (5 000 a.C. a 3 000 a.C.), a Gruta foi transformada em cemitério das comunidades de agricultores e pastores localizadas nos arredores. Estes terão aproveitado as lajes calcárias do exterior da gruta para gravar diversos motivos esquemáticos e animais estilizados, formando um santuário rupestre ao ar livre. No final deste Período a Gruta é encerrada, sendo o espaço na elevação acima da Gruta habitado por comunidades do Calcolítico (2000 a.C.). A Gruta do Escoural foi descoberta em 1963, através da exploração de mármore na Herdade da Sala, ao encontrar neste espaço diversas ossadas humanas e outros vestígios arqueológicos.

11. Avis

A bonita vila de Avis, sede de concelho, situa-se em pleno Alentejo, no alto do seu monte granítico com 201 metros de altitude, plena de história e beleza natural. Avis foi sede de uma das mais importantes Ordens Militares e deu nome a uma das mais importantes e emblemáticas dinastias portuguesas. O que resta do seu Castelo conta-nos hoje em dia a história destes outros tempos, em que as ordens militares povoavam, defendiam e construíam cidades. Segundo a lenda, o Castelo foi construído em segredo, no século XIII, durante a noite, tapadas com ramos as muralhas todas as manhãs para o inimigo mourisco não se aperceber da futura fortaleza.

Avis

Avis

A vila, de traçado medieval, de bonito casario branco, com faixas coloridas de amarelo ou azul, respira história, e o seu centro histórico tem muito para mostrar, como as ruínas do Convento de S. Bento de Avis, cuja origem remonta a 1211, o edifício hoje ocupado pelos Paços do Concelho, que fez outrora parte da residência dos Mestres da Ordem de Avis, a Igreja Matriz e o bonito Pelourinho, mostrando orgulhosos o encanto Alentejano. Bem próximo, localiza-se a bonita Barragem do Maranhão, com paisagens únicas e condições de excelência para as mais diversas actividades de lazer e desportivas, com um Clube náutico, parque de campismo e infra-estruturas diversas, dispondo de um miradouro com uma magnífica vista sobre as águas deste lago artificial e sobre as pastagens e searas envolventes.

12. Montemor-o-Novo

A bonita cidade de Montemor-o-Novo, sede de concelho, situa-se em pleno Alentejo, região calma e tranquila, com um importante lugar na história nacional. Aqui nasceu, em 1495, São João de Deus, de seu nome de seu nome João Cidade, fundador da Ordem dos Irmãos Hospitaleiros, distinguindo-se na assistência aos pobres e aos doentes. Foi em Montemor-o-Novo que, em 1496, o rei D. Manuel I tomou a histórica decisão de mandar descobrir o caminho marítimo para a Índia. Montemor-o-Novo foi também importante palco de batalhas e conflitos, sendo conhecida a sua capacidade de resistência, como na época das invasões francesas em 1808, nas lutas civis entre liberais e miguelistas, e teve igualmente um papel activo na resistência à ditadura fascista.

Montemor-o-Novo

Montemor-o-Novo

Toda a região envolvente é dona de grandes belezas naturais, zona de aproveitamento hídrico e eléctrico, possuindo várias barragens, terra onde a simplicidade impera. Em Montemor-o-Novo impõe-se visitar o que resta do Castelo, o antigo Convento de São Domingos (hoje em dia interessante Museu Arqueológico), o pitoresco Chafariz da vila, a Igreja e cripta de São João de Deus ou o bonito Convento de Nossa Senhora da Saudação. Muito célebre é o artesanato da região, pautado por trabalhos de cestaria, couro e pele e o famoso licor de poejo.

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