Polícia Federal analisa investigação sobre porteiro no caso Marielle em inquérito sobre Bolsonaro

Em depoimento à própria PF, em novembro, ele disse que se enganou e se sentiu “pressionado” no primeiro depoimento à Polícia Civil do Rio, em setembro do ano passado.

Polícia Federal analisa investigação sobre porteiro no caso Marielle em inquérito sobre Bolsonaro
Polícia Federal analisa investigação sobre porteiro no caso Marielle em inquérito sobre Bolsonaro

Por Renan Ramalho - O Antagonista - 24/06/2020 08:48:47 | Foto: O Antagonista

Uma das tarefas pendentes no inquérito sobre Jair Bolsonaro que tramita no STF é esclarecer como a Polícia Federal trabalhou no caso do porteiro do condomínio do presidente que, no ano passado, disse ter liberado a entrada de um dos assassinos de Marielle Franco no local após falar com “seu Jair”.

O porteiro acabou recuando depois. Em depoimento à própria PF, em novembro, ele disse que se enganou e se sentiu “pressionado” no primeiro depoimento à Polícia Civil do Rio, em setembro do ano passado.

O primeiro relato do porteiro sempre foi objeto de queixas de Jair Bolsonaro — o presidente disse que o governador Wilson Witzel, chefe da Polícia Civil no Rio, o envolveu no caso por interesses políticos. Exigiu assim uma investigação da PF sobre o porteiro.

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No inquérito sobre a interferência de Bolsonaro no STF, a delegada Christiane Correa Machado tentou obter cópia da investigação na própria PF, mas foi informada que o caso tramita sob segredo de Justiça. Pediu então acesso ao juiz do caso no Rio de Janeiro.

Já foram incorporados ao inquérito sobre Bolsonaro informações sobre outras investigações que incomodam o presidente. Uma delas na seara eleitoral, em que Flávio Bolsonaro é suspeito de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro na declaração de imóveis à Justiça Eleitoral.

Também já foi anexada investigação sobre a inclusão, por engano, do deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), próximo do presidente, numa investigação que tramitava no Rio.

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