Previsão indica temporada de furacão “quase normal” no Atlântico este ano 

Imagem de satélite do furacão Ian quando ele atingiu a Flórida em 28 de setembro de 2022.

Previsão indica temporada de furacão “quase normal” no Atlântico este ano 
Previsão indica temporada de furacão “quase normal” no Atlântico este ano 

Agência Onu News De Noticias - 30/05/2023 15:01:31 | Foto: Noaa

Escritório Nacional de Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA, que coopera com Organização Meteorológica da ONU, espera de 12 a 17 tempestades durante junho a novembro.

O fenômeno El Niño e temperaturas acima da média no Oceano Atlântico ajudam a despontar a previsão de uma estação de furacões quase perto “do normal” para este ano.

A previsão foi divulgada pela Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, Noaa, como indica a página da agência da ONU sobre o tema, OMM, na internet.

Comportamento abaixo do normal

Ambas as entidades cooperam no monitoramento da estação de furacões no Oceano Atlântico que vai de junho a novembro.

Destruição deixada após o furacão Ida em New Sarpy, Louisiana, agosto de 2021.

Cruz Vermelha Americana/Scott Dalton

Destruição deixada após o furacão Ida em New Sarpy, Louisiana, agosto de 2021.

Ao todo, devem ocorrer de 12 a 17 tempestades tropicais. Deste total, cinco a nove podem se tornar furacões.

Para este ano, os serviços de meteorologia esperam de um a quatro grandes furacões.

Os cálculos indicam que existe 40% de chance de a estação ficar “perto do normal”. Outras estimativas apontam uma probabilidade de 30% de a temporada ser acima do normal e outros 30% de um comportamento abaixo do normal, sem maiores riscos.

Os furacões da categoria de 3 a 5 apresentam ventos de pelos menos 178 km/h. Já as tempestades consideradas normais podem trazer ventos de 119 km/h ou mais velozes.

Retrocesso econômico

A agência dos Estados Unidos tem uma margem de 70% de confiança nessas escalas.

A estação de furacão começa em 1 de junho e vai até 30 de novembro.

Crianças procuram pedaços de madeira para ajudar seus pais a reconstruir sua casa depois que ela foi destruída pelos fortes ventos do furacão Iota na Nicarágua.

© UNICEF/Inti Ocon/AFP-Services

Crianças procuram pedaços de madeira para ajudar seus pais a reconstruir sua casa depois que ela foi destruída pelos fortes ventos do furacão Iota na Nicarágua.

A OMM lembra que apenas um furacão com rastros arrasadores pode atrasar um país em anos de desenvolvimento socioeconômico.

Modelos e estatísticas apresentados no Congresso Meteorológico Mundial mostraram que os Pequenos Estados-Ilhas sofrem, de forma desproporcional, com o impacto econômico e o custo humano dos desastres naturais.

O furacão Maria, por exemplo, em 2017, custou a Dominica 800% do equivalente ao seu Produto Interno Bruto, PIB.

Entre 1979 e 2021, os ciclones tropicais, que é um termo genérico e inclui os furacões, foram a principal causa de perdas humanas e econômicas, em todo o mundo, com um total de mais de 2 mil desastres.

Acesso para todos

Desde 1970, o número de mortes nesses acidentes naturais baixou de mais de 350 mil para menos de 20 mil, a quantidade registrada entre 2010 e 2019. Nessa mesma época, as perdas financeiras somaram US$ 573,2 bilhões.

O chefe da OMM, Petteri Taalas, lembra que as mortes foram reduzidas por causa de serviços de previsão e alertas, mas o mundo pode fazer ainda melhor.

A Iniciativa da ONU de Alertas para Todos quer que cada um possa ter acesso a anúncios sobre ventos que trazem risco de morte, aumento de tempestades e chuvas nos próximos cinco anos, especialmente os pequenos Estados insulares, que estão na linha de frente da mudança climática.

Este ano, dentre os nomes escolhidos para os furacões estão: Arlene, Don, Katia, Ofélia, Tammy e Idália

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