Recife, a terra do frevo e do maracatu

Além do clima ensolarado e temperaturas médias na maior parte do ano, Pernanbuco possui milhares de atrativos super famosos no Brasil

Recife, a terra do frevo e do maracatu
Recife, a terra do frevo e do maracatu

Redação Com Agencia - 20/04/2019 21:52:44 | Foto: Divulgação

A cidade surgiu como um povoado de pescadores e deslanchou como sede do governo holandês no Brasil. Mas as pontes, canais e rios é que lhe deram a fama de "Veneza brasileira". Exagero? Pode ser, mas suas 39 pontes -só no centro- cruzam mais de 50 canais e vários rios, como os famosos Capibaribe, Beberibe e Jaboatão. Aliás, a história das pontes começou quando eles construíram a primeira delas, em 1643, a ponte Nassau. Por causa dessa primeira, e também dos canais, há quem chame Recife de "Amsterdã brasileira".


Terra do frevo, do maracatu e do maior Carnaval de rua do mundo -algo que os baianos não concordam-, Recife vive em alto astral, o que até seus orelhões, imitando as sombrinhas coloridas do frevo, confirmam.

A fama de divertida não é de hoje. É dos tempos da "Amsterdã", quando Nassau trouxe uma fábrica de cerveja desmontada para o Brasil e organizou farras memoráveis.

Pelo menos nisto Recife não mudou, apenas se modelou. Preservou a "loucura" flamenga num ensolarado cenário veneziano. Com muita cachaça e caldo de feijão. Com muitas morenas e morenos. Porque a cor do melaço está queimada na nossa pele.

INFORMAÇÕES

• como chegar BR-101 • área 209 km2 • população 1.346.045 habitantes • temperatura média anual 28º C • atrações casarões, conventos, fortes, igrejas, museus, praias • informações turísticas Aeroporto de Guararapes, tel. (81) 462.4960; Complexo de Salgadinho, acesso para Olinda, tel. (81) 427.8000; Delegacia do Turista, Aeroporto Internacional Guararapes, 1° andar, sala 201, tel. (81) 326.9603/464.4088.

SÓ TEM LÁ

Catedral de Brennand
O jovem Francisco Brennand tinha lá o seu preconceitozinho e achava a cerâmica uma arte menor, uma lameira. Até o dia que meteu a mão na massa e passou a moldar no barro algumas das formas que traduzem a arte de Pernambuco. Com seu bigodão branco, Brennand já teve cara de coronel de engenho - hoje, com sua barba farta, está mais para Papai Noel. Seu ateliê-museu fica numa antiga olaria de 4.000 metros quadrados reformada pelo artista plástico. Esta "Catedral da Arte" está lotada de imagens, esculturas, fontes e plantas tropicais. E surpreende não só pela quantidade (são pelo menos 2.000) e grandiosidade das obras, mas também pelo erotismo de algumas - francamente fálicas. Depois de três décadas de trabalho, Brennand responde ao antigo preconceito com o didatismo de um mestre. "O barro é um material primordial. É a terra, aquilo de que foi feito o homem. Ao manipular o barro, você se envolve de imediato com o mundo dos arquétipos, com todos os mitos e símbolos", ensina. Verdade. Sua catedral monumental revela que o artista sabe o que fala. Av. Caxangá, km 16, Várzea. Tel. (81) 271.2466. Seg-sex 8h-18h.

PONTO DE VISTA

A alma pernambucana
Como honrar devidamente os abolicionistas? Palmares aí está com o eco inapagável dos quilombos. O Santa Isabel aí está, ainda cheio de ressonância sagrada das orações de Nabuco e das poesias de Castro Alves. Como honrar os nacionalistas que salvaram a integridade de nossa terra e, através de guerrilhas, expulsaram holandeses que dividiam com ingleses, espanhóis e portugueses o domínio do mundo? Como honrar a sede democrática da alma pernambucana, manifestada em todas as horas e sob todos os regimes?
Ó, LINDA!... Para que atinjas a beleza plena, agora que já sou teu filho, permite que te diga meu pensamento até o fim. Nada é mais fácil do que te cantar em louvores. Diante de ti, os próprios cientistas perdem a rigidez, a objetividade e tornam-se líricos. Descobrem que a vista de teu mar muda com a luz, como diamante; que o céu não é o mesmo um minuto, muda sempre de cor... E cantam com as tuas praias e os teus montes. Cantam as tuas igrejas, os teus mosteiros, teus velhos sobrados e até tuas ruínas. Cantam os teus tipos populares, teus jangadeiros, alguns dos quais mais parecem de bronze do que de carne...

Recife é diferente, mas tem sua nota de encanto. Quem atravessar suas pontes, quem se detiver em acompanhar sua modernização, ainda com a salvaguarda de árvores e até de pássaros, entenderá que Olinda e Recife sejam muito mais que simples vizinhas: sejam irmãs!
Caruaru? É terra que ensina o que se vende e não se vende. Duvido que haja nordestino que não sinta água na boca ouvindo a louvação: "Na Feira de Caruaru, faz gosto a gente ver de tudo que há no mundo, nela tem, para vender..."
Pernambuco não nasceu para adormecer sobre louros de ontem. O passado para nós é incentivo para o presente e para o futuro. Urge completar a Abolição. Urge reviver Guararapes. Urge ser digno da vocação democrática de Pernambuco
D. Helder Camara, arcebispo de Pernambuco

SABOR DA TERRA

Como é doce o meu Pernambuco
A doce vida em Pernambuco vem do século passado, desde que o açúcar se fez rei -da economia e da culinária. O povo manteve o hábito português de nunca dispensar um docinho, mas a ele acrescentou as frutas da terra, a rapadura, o melado, o mel.

O pé-de-moleque é tradicionalíssimo. Nem pense no doce feito de amendoim: aqui, pé-de-moleque é um bolo feito com massa de mandioca, manteiga, ovos, leite de coco, erva-doce e castanhas de caju moídas. Outro bolo famoso leva o sobrenome de uma família da aristocracia pernambucana, os Souza Leão. E tem ainda baba-de-moça, caju em calda, compotas...

Depois dos doces, deixe espaço para os salgados. A cozinha pernambucana é de pratos fortes como a buchada de carneiro ou de bode, o sarapatel, o feijão-verde regado a manteiga de garrafa, a macaxeira cozida que desmancha na boca. Também é feita de peixes e frutos do mar, como a lagosta, a fritada de guaiamum (um tipo de caranguejo) e peixadas de cioba, cavala e arabaiana. O tira-gosto mais popular é o caldinho de feijão, saboreado com uma boa cachaça nos botecos dos bairros do Hipódromo, Beberibe e Água Fria, zona norte de Recife.

Para sucumbir de vez à sedução da culinária local, arremate tudo com frutas.

SOM DA TERRA

O "mangue beat"
A surpresa começa pelos nomes irreverentes das bandas que dão como banana no solo recifense: Mundo Livre S.A., Faces do Subúrbio, Cordel do Fogo Encantado, Matalanamão e Caiçara. É o "mangue beat", movimento que começou na primeira década dos anos 90 com Chico Science e a Nação Zumbi, uma mistura arretada do ritmo do "baque virado" do tradicional maracatu (tambores de madeira, corda e couro chamados de alfaias) com os sons do folclórico coco-de-roda e, surpresa total, o mais puro rock, isto é, todas as variantes roquísticas vigentes.

Os jovens adoram esse "mix" musical que reabilita as raízes do folclore pernambucano e prestigiam apresentações como as do grupo Maracatu Nação Pernambuco, que segue uma linha mais tradicional e se apresenta aos sábados e domingos no Mercado Eufrásio Barbosa, no Varadouro, em Olinda.

CARTÃO VERMELHO

• Todo cuidado é pouco na avenida Agamenon Magalhães, que liga Recife a Olinda. Parar nos semáforos é politicamente correto, mas estrategicamente errado. Há perigo de assalto.

VALE A PENA VER

Igreja e convento de São Francisco r. do Imperador, 206. Tel. (81) 224.0530. Seg-sex 8h-11h30 e 14h-17h, sáb 8h-11h30. Na verdade, o nome completo deste conjunto barroco é Igreja da Ordem Terceira de São Francisco e Convento Franciscano. Barroco em tom maior, sobretudo na capela dourada (1697), entalhada em cedro e coberta de lâminas de ouro. O Convento Franciscano de Santo Antônio é mais antigo, 1606. No Museu Franciscano de Arte Sacra, peças dos séculos 18 e 19.

Igreja do Santíssimo Sacramento pça. da Independência, s/n. Tel. (81) Seg-sex 8h-12h r 14h-17h, sáb e dom 8h-12h, missa: dom 18h15. 224.5076. Abrigou a Casa da Pólvora dos holandeses. Construída em 1735, a igreja é manuelina na fachada, barroca e neoclássica nos altares.

Casa da Cultura r. Floriano Peixoto. Tel. (81) 224.2850. Seg-sáb 9h-18h, dom 9h-13h. Os presos olhavam o Capibaribe e nem imaginavam que dali a 150 anos suas celas, transformadas em lojinhas, seriam vasculhadas pelos turistas. Painéis de Cícero Dias contam a vida de frei Caneca, herói pernambucano fuzilado por não se encontrar carrasco que o enforcasse.

Museu do Homem do Nordeste av. 17 de Agosto, 2.187. Tel. (81) 441.5500. Ter-dom 11h-17h. Tudo sobre o ciclo do açúcar, ou seja, é como ler "Casa-Grande e Senzala", de Gilberto Freire, sem se dar o trabalho de abrir o livro. No mesmo prédio, o Museu de Antropologia - literatura de cordel, objetos, roupas.

Bairro do Recife Antigo r. do Bom Jesus e r. do Apolo. Aqui nasceu a cidade em 1537. Localizado na zona portuária, este bairro já foi local de prostituição, mas hoje transformou-se no maior pólo de atrações noturnas de Recife. Vários prédios do século 19 foram restaurados e pintados com cores fortes, abrigando bares e restaurantes. Veja na rua do Bom Jesus o marco zero. Aí também fica a capela de S. Amaro das Salinas, com um santo de costas para a porta e o porto do Recife.

Mercado de S. José pça. D. Vital. Tel. (81) 445.5990. Seg-sáb 6h-18h, dom 6h-12h. De alpercatas de couro a objetos religiosos afro, essa estrutura pioneira de ferro pré-fabricada na França, inaugurada em 1875, tem de tudo. Do lado de fora, cajus, pinhas e outras delícias regionais.

Basílica e convento de N. S. do Carmo pça. do Carmo. Tel. (81) 224.3341. Missas: seg-sex 16h30, sáb 17h, dom 8h, 10h e 19h30h. Para exorcizar a presença dos holandeses, construiu-se o conjunto no local onde existiu, um dia, o palácio da Boa Vista, erguido por Maurício de Nassau.

Catedral de S. Pedro dos Clérigos pátio de S. Pedro. Tel. (81) 224.2954. Arquitetura de Manuel Ferreira Jácomo e pinturas de João de Deus Sepúlveda, Manuel de Jesus Pinto e Francisco Bezerra. Erguida no século 18, em pedra de cantaria, tem portas em jacarandá.

Igreja da Madre de Deus r. Madre de Deus. Tel (81) 224.5587. Seg-sex 8h-11h30 e 14h-16h, sáb 8h-11h, dom 9h-11h. Foi construída no século 17 sobre as fundações de uma igreja dos primeiros tempos de Recife. O destaque é para o altar-mor, todo entalhado e folheado a ouro no mais puro barroco brasileiro.

Igreja de N. S. da Conceição dos Militares r. Nova, 309. Tel. (81) 224.3106. Seg, ter e sex 7h-19h, qua e qui 7h-11h e 13h30-19h, sáb 7h-10h, dom 9h-12h e 17h-19h. Talhas douradas cobrem o altar-mor e pinturas, o forro. Em destaque, rara imagem da Virgem Maria grávida.Possui um Museu de Arte Sacra.

Igreja de N. S. da Conceição ou Capela da Jaqueira pça. da Jaqueira. A casca é grossa, mas a polpa é fina, com altar-mor dourado de 1818. Veja os azulejos portugueses.

Igreja de N. S. do Rosário dos Homens Pretos r. Estreita do Rosário, s/n, Tel. (81) 224.3929. Seg-sex 8h-13h e 14h-18h, sáb 8h-12h, dom 8h (só missa). O rei Afonso 7.º doou a igreja (séculos 17 e 18) aos africanos de Recife e seus descendentes. Nos altares, a presença de santos negros.

Igreja de N. S. do Terço r. Vidal de Negreiros, s/n. Tel. (81) 424.8500. Sáb 6h-18h. Fundada em 1726, um século depois teria testemunhado o enforcamento de frei Caneca, logo em frente, se algum carrasco tivesse aceitado a missão. Como não se encontrou quem o enforcasse, o herói foi fuzilado perto do forte das Cinco Pontas, no Paredão de Frei Caneca.

Pátio de S. Pedro r. de S. Pedro. Apresentações folclóricas e de músicas nos finais de semana. Aqui encontram-se muitos barzinhos, que ninguém é de ferro, e casario colonial dos séculos 18 e 19 em volta da catedral de S. Pedro dos Clérigos. Aqui fica também a Casa do Carnaval, com estandartes e fantasias dos blocos e clubes, como o Elefante e o Pitombeira.

Forte do Brum pça. Luso-Brasileiro. Tel. (82) 224.4620. Ter-sex 9h-16h e sáb, dom e feriados, 14h-16h. Os portugueses iniciaram a construção deste importante forte em 1629; os holandeses o terminaram em 1631. Considerado o mais importante forte de Recife é hoje um museu militar, exibe armas antigas e modernas e até o esqueleto de um soldado da época da invasão holandesa.

Museu Arqueológico e Geográfico de Pernambuco r. do Hospício, 130. Tel. (81) 222.4952. Ter e qua 14h-16h. De 1535. A coluna de pedra com o brasão e a coroa portuguesa, que serviu de marco divisório entre as capitanias de Pernambuco e Itamaracá, já justifica a visita.

Museu do Estado de Pernambuco av. Rui Barbosa, 960. Tels. (81) 427.9322/0766. Ter-sex 9h-17h, sáb e dom 14h-17h. O casarão branco e ocre pertenceu a Francisco Antônio de Oliveira, o barão de Beberibe. Dentro, uma viagem ao tempo dos barões do açúcar por meio de mobiliário de época, jóias, moedas, quadros e relíquias militares.

Museu do Trem pça. Visconde de Mauá. Tel. (81) 455.4533, r. 249. Ter-dom 9h-12h e 13h-17h30. A princesa Isabel abolia a escravidão no Brasil e, no mesmo ano, inaugurava-se a estação da estrada de ferro Central de Pernambuco. Os trens já não apitam na curva, mas a estação reúne fotos, locomotivas e peças desses tempos românticos.

Teatro S. Isabel pça. da República. Tel. (81) 224.1020. Dá gosto gritar "bravo!" no amplo salão de espetáculos do edifício neoclássico que o francês Louis Vauthier construiu em 1850. A santa, no caso, era a princesa Isabel, nascida quatro anos antes.

Torre Malakoff pça. Arsenal da Marinha, s/n. Fechado p/ reforma até março de 2000. De 1855, o estilo é árabe e o nome lembra um forte russo do tempo da Guerra da Criméia.

Ponte Maurício de Nassau bairro do Recife-bairro de S. Antônio. Erguida em 1643, um ano antes de Maurício de Nassau voltar à Europa. Restaurada, não tem mais o arco da Conceição, uma das portas da cidade, demolido em 1917.

IR
Praia do Pina Um dia foi colônia de pescadores - alguns ainda resistem, mas devem sucumbir ao avanço de bares, restaurantes e turistas. Areia escura e focos de poluição.

Praia da Boa Viagem Muito famosa no país todo, esta praia tem sete quilômetros de areia protegidos por arrecifes formam centenas de piscinas de água bem verde. Principal palco da cidade, tem sempre alguma coisa em cartaz: Carnaval, torneios de verão, megashows, oferendas a Iemanjá. As histórias de surfistas atacados por tubarões estão relacionadas a esta praia, mas o cuidado deve ser somente para não ir muito fundo.

VALE A PENA CONHECER
Horto Zoobotânico Dois Irmãos pça. Faria Neves, s/n, bairro Dois Irmãos. Tel. (81) 268.5707. Ter-dom 8h-16h. O parque tem em sua área exemplares de fauna e flora da mata atlântica. Podem-se ver também os animais empalhados do Museu de Ciências Naturais.

Parque Histórico Nacional Guararapes estr. da Batalha, s/n, bairro dos Prazeres. Tels. (81) 476.3053/3511. Diariam 8h-12h e 13h-17h. Palco da batalha final entre portugueses e holandeses. Você já sabe quem venceu a luta, mas veja com atenção o painel que representa a batalha dos Guararapes na igreja N S. Prazeres (1656). E veja a vista excepcional!
Tracunhaém A 63 km, na Zona da Mata. Divide com Caruaru a glória de ser o mais importante centro da cerâmica pernambucana. Em "vale das formigas" (em tupi, "garacu-nhenhém"), o barro se transforma em peças eróticas, sacras, zoomórficas ou, simplesmente, utilitárias.

Garanhuns A 209 km. Desfaz a imagem de sol associada ao Estado. Na "Suíça pernambucana", região do Agreste, há até um festival de inverno em julho, quando a temperatura média cai para 10ºC. Cachoeiras, fontes de água mineral, parques, licores e chocolates caseiros.


VALE A PENA ASSISTIR
Carnaval Fevereiro a março. É um dos tantos carnavais que se anunciam como os mais animados do Brasil. Quem abre a festa é o Galo da Madrugada, o mais importante bloco de frevo de Recife. A ala de estandartes, carros alegóricos e trios elétricos arrastam mais de um milhão de foliões nas ruas do centro.

Recifolia Outubro. Um Carnaval temporão na praia de Boa Viagem. Caia no "passo" e na folia dos clubes de frevo, maracatus e caboclinhos.

Bandeira de São João 22 de junho. Também conhecida como "Acorda Povo". Durante toda a madrugada vê-se procissões nas ruas da cidade. Ao som de zabumbas e ganzás todos cantam conduzindo a imagem do santo no andor.

VALE A PENA COMPRAR
Cerâmica, couro, madeira, metal e palha na Casa da Cultura e no Mercado de São José, ambos prédios centenários.

CONSELHO DE NATIVO

"A semana pré-carnavalesca é quando se brinca o melhor carnaval de Recife. Os clubes fazem ensaios e acertos de marcha abertos ao público e se dança na rua sem aperto."
Antonio Nóbrega, diretor do Teatro Brincante

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