Salários no setor de construção civil sobem 1,18% em agosto, segundo o IBGE

Índice Nacional da Construção Civil, do IBGE, capta reforço salarial resultante de convenções coletivas de trabalho. Preços de materiais também têm elevação

Salários no setor de construção civil sobem 1,18% em agosto, segundo o IBGE
Salários no setor de construção civil sobem 1,18% em agosto, segundo o IBGE

Agência Gov - 11/09/2025 10:45:17 | Foto: Freepik

Em agosto, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) variou 0,79%. A pesquisa, do IBGE, captou que os vencimentos dos trabalhadores do setor ficaram mais robustos no período, em parte como resultado de campanhas salariais e acordos coletivos.

A mão de obra, com diversos acordos coletivos firmados no período, ficou com variação de 1,18%, apresentando alta de 0,76 ponto percentual quando comparada a julho (0,42%), e 0,37 ponto percentual em relação a agosto de 2024 (0,81%)”, explica o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira.

Essa variação positiva na média salarial do setor reflete o quadro geral do mercado de trabalho. Em 2025, segundo dados compilados até 12 de agosto último, 78,7% dos 10.276 reajustes analisados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos e Socioeconômicos (Dieese) resultaram em ganhos acima da variação do INPC, e 13,0% na simples correção das perdas passadas. A variação real média no período é de 1,12%

Custos da construção
A taxa geral do Sinapi é 0,48 ponto percentual (p.p) acima da registrada em julho, que foi 0,31%. Essa foi a segunda maior variação registrada no ano, ficando apenas atrás do mês de junho (0,88%).

O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 5,42%, resultado acima dos 5,25% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2024, o índice foi de 0,63%. Os dados foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em julho fechou em R$ 1.848,39, passou para R$ 1.863,00 em agosto, sendo R$ 1.064,10 relativos aos materiais e R$ 798,90 à mão de obra.

A parcela dos materiais variou 0,50%, apresentando alta em relação ao mês anterior (0,23%). Comparado ao índice de agosto de 2024 (0,50%), o resultado se manteve.

De janeiro a agosto os acumulados foram de 2,81% para os materiais e de 5,73% para a mão de obra. Já os acumulados em 12 meses ficaram em 4,91% na parcela dos materiais e 6,14% na parcela da mão de obra.

Região Sul registra maior variação mensal em agosto
Influenciada pelas altas na parcela dos profissionais em todos os estados, a região Sul ficou com a maior variação regional em agosto, 2,19%. As demais grandes regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,73% (Norte), 0,36% (Nordeste), 0,65% (Sudeste) e 0,81% (Centro-Oeste)

Em agosto, Mato Grosso do Sul registra maior alta
Com alta na parcela dos materiais e acordo coletivo firmado nas categorias profissionais, Mato Grosso do Sul foi o estado que registrou a maior taxa em agosto, 2,97%. Seguido pelo Paraná (2,79%) e Rio Grande do Sul (2,66%), também influenciados pelo reajuste no setor da mão de obra.

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