Saúde sexual: UBSs do Distrito Federal fizeram mais de 212 mil testes rápidos neste ano

Unidades básicas de saúde oferecem diagnóstico e tratamento para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

Saúde sexual: UBSs do Distrito Federal fizeram mais de 212 mil testes rápidos neste ano
Saúde sexual: UBSs do Distrito Federal fizeram mais de 212 mil testes rápidos neste ano

Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo - 05/09/2025 07:03:38 | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Nesta quinta-feira (4), celebra-se o Dia Mundial da Saúde Sexual, data que chama a atenção para a importância da prevenção e do cuidado. Em 2025, as unidades básicas de saúde (UBSs) da capital realizaram — de janeiro a agosto — 212.083 testes rápidos para HIV/Aids, sífilis e hepatites B e C.

O número reflete não apenas o avanço na busca pelo diagnóstico precoce, mas também o trabalho contínuo de oferta e incentivo à prevenção feito pela rede pública de saúde. Todas as UBSs oferecem gratuitamente os testes rápidos, que permitem ao paciente iniciar tratamento imediato e interromper a cadeia de transmissão.

“A prevenção começa com o teste. Quanto mais cedo a pessoa descobre uma infecção, mais rápido ela inicia o tratamento e segue a vida com saúde. Nosso papel é ampliar o acesso e também oferecer a testagem de forma ativa, não apenas quando o paciente pede. Esse trabalho salva vidas e fortalece toda a comunidade”, destaca a técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Daniela Magalhães.

Prevenção combinada
Além dos testes, a Secretaria de Saúde (SES-DF) reforça que a prevenção é combinada: envolve o uso de preservativos, a vacinação contra o HPV e a hepatite B, além do acesso a estratégias como PrEP (profilaxia pré-exposição) e PEP (profilaxia pós-exposição).

A PrEP consiste na ingestão de comprimidos antes da relação sexual, permitindo que o organismo esteja preparado para enfrentar um possível contato com o HIV. A pessoa em PrEP realiza acompanhamento regular de saúde, com testagem para o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

O DF é considerado referência nacional na adesão à PrEP. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2023 a capital federal apresentou a menor taxa de descontinuidade do Brasil: 21%, enquanto a média nacional foi de 30%.

Já a PEP consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir infecções após uma exposição de risco. O tratamento deve ser iniciado em situações como violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico.

Desfazendo mitos

Ainda existem tabus que dificultam a prevenção. Muitas pessoas acreditam que apenas quem apresenta sintomas precisa se preocupar, mas grande parte das ISTs é assintomática. Outras crenças equivocadas incluem a ideia de que falar sobre sexo estimula a prática ou de que o HIV/Aids é uma sentença de morte.

A realidade é que o tratamento atual permite que pessoas vivendo com HIV/Aids tenham carga viral indetectável e, portanto, intransmissível, garantindo uma vida longa e saudável.

Além disso, o sexo oral e até o contato genital sem penetração podem transmitir doenças como clamídia, sífilis, gonorreia e HPV (papilomavírus humano) — reforçando a importância da informação correta.

Para Daniela Magalhães, falar sobre saúde sexual é falar de autonomia, proteção e qualidade de vida. “A prevenção é o melhor caminho e pode salvar vidas”, conclui.

Saiba aqui qual a sua unidade básica de saúde de referência, caso precise realizar o teste.

*Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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