Sindsasc lança Movimento em Defesa da Casa Mulher Brasileira do Distrito Federal

Unidade de Brasília deixou de atender a mais de 3 mil mulheres desde o fechamento em abril deste ano

Sindsasc lança Movimento em Defesa da Casa Mulher Brasileira do Distrito Federal
Sindsasc lança Movimento em Defesa da Casa Mulher Brasileira do Distrito Federal

Redação Com Agências - 10/12/2018 11:30:28 | Foto:

Na hoje (10), às 19h, o Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc) lança o Movimento em Defesa da Casa da Mulher Brasileira. A unidade de atendimento mantida pelos governos Federal e do Distrito Federal está interditada desde abril deste ano e já deixou de atender a mais de 3 mil mulheres vítimas de violência. O lançamento será às 19h na sede da Legião da Boa Vontade (LBV), Sala Portugal (915 Norte) e é uma ação conjunta com o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) e a Central de Movimentos Populares (CMP).

O movimento foi criado para sensibilizar autoridades e sociedade sobre a pronta reabertura da unidade. Juntas, as entidades lançam o Manifesto em Defesa da Casa da Mulher Brasileira. O documento reforça a importância da CMB e denuncia que a estrutura e parcerias necessárias para atendimento integral nunca foram seguidas na gestão do equipamento social. “Manifestamos nossa indignação com tal falta de respeito com as mulheres que necessitam de atendimento, uma vez que a diretriz da CMB nos reporta a prestar um pronto atendimento qualificado à mulher em situação de violência. A ideia é que a unidade seja espaço do primeiro atendimento após a violência sofrida”, consta um trecho do documento.

O presidente do Sindsasc, Clayton Avelar, acredita que a reabertura é urgente devido aos altos índices de feminicídio no DF. “Em muitos casos de emergência, mulheres vítimas de violência não têm onde passar a noite e essa é uma das funções da CMB. Para poder funcionar 24 horas por dia, são necessários mais servidores. O concurso da Sedestmidh [Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos] tem papel fundamental nessa questão, afirma.

Importante para o funcionamento pleno da CMB, as parcerias com entidades públicas precisam ser estabelecidas, de acordo com Avelar. Ele reforça a importância da assinatura de um Termo de Adesão com o Ministério Público e com a Defensoria Pública do DF para que não haja descontinuidade no serviço que deve ser prestado na unidade de atendimento.

Interdição do prédio

Problema alegado para o fechamento, as falta de condições do prédio, que fica na 601 Norte preocupa os mentores do movimento. “Sabemos que o fechamento está ligado à interdição do prédio pela Defesa Civil, mas esperamos que o novo governo do DF resolva este grave problema a curto prazo, seja com o funcionamento da CMB no prédio da Asa Norte ou com o estabelecimento de novo local com a estrutura necessária”, reivindica o presidente do Sindsasc.

Inaugurado em 2015, o prédio foi interditado outras duas vezes. Em 2016, a interdição ocorreu devido a um afundamento no piso e, no mesmo ano, o teto de salas do prédio desabou e paredes ficaram rachadas após tempestades.

Atendimento

A CMB atende mulheres a partir dos 18 anos em situação de violência de gênero; adolescentes com idade a partir de 12 anos que foram vítimas de violência em relações íntimas de afeto e mulheres que assumiram identidade de gênero feminino. Podem procurar a unidade mulheres que tenham sofrido violência doméstica (física, psicológica, moral, sexual e patrimonial), violência sexual, assédio moral, assédio sexual, negligência, tráfico humano, violência institucional e violência na internet.

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