Um número alarmante de adolescentes faz sexo desprotegido

A tendência coloca os jovens em maior risco de infecções sexualmente transmissíveis, abortos inseguros e gravidez não planejada

Um número alarmante de adolescentes faz sexo desprotegido
Um número alarmante de adolescentes faz sexo desprotegido

Agência Onu News Brasil - 03/09/2024 17:11:51 | Foto: Unsplash / Sinitta Leunen

O uso de preservativos entre adolescentes sexualmente ativos diminuiu significativamente desde 2014, e as taxas de sexo desprotegido aumentaram para um nível preocupante, de acordo com um novo relatório do Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa.

Essa tendência está colocando os jovens em maior risco de infecções sexualmente transmissíveis, abortos inseguros e gravidez não planejada.

Os novos dados foram publicados como parte do Estudo sobre Comportamentos Saudáveis de Jovens Matriculados na Escola (Estudo HBSC), que entrevistou mais de 242.000 jovens de 15 anos de 42 países da Europa, Ásia Central e Canadá entre 2014 e 2022.

Diminuição do uso de preservativos
A agência de saúde da ONU disse que os dados mostraram que "está claro que o declínio no uso de preservativos é generalizado e abrange vários países e regiões".

No geral, a taxa de adolescentes sexualmente ativos que usaram preservativo durante a última relação sexual caiu de 70% para 61% entre os homens e de 63% para 57% entre as mulheres, entre 2014 e 2022.

Além disso, quase um terço dos adolescentes relatou não ter usado preservativo ou pílula anticoncepcional em sua relação sexual mais recente.

As diferenças socioeconômicas são um fator importante: de acordo com o relatório, adolescentes de famílias de baixa renda são mais propensos a relatar não ter usado preservativo ou pílula anticoncepcional durante a última relação sexual do que aqueles de famílias mais abastadas.

Educação sexual sob ataque
Uma razão para esse aumento no sexo desprotegido é a relutância de muitos países em ensinar educação sexual nas escolas, disse a OMS.

"A educação sexual abrangente e adequada à idade continua negligenciada em muitos países e, onde existe, tem sido cada vez mais atacada nos últimos anos sob a falsa premissa de que incentiva a atividade sexual, quando a verdade é que equipar os jovens com o conhecimento certo no momento certo leva a ótimos resultados de saúde ligados a comportamentos e escolhas responsáveis", disse o Dr. Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa.

Kluge destacou a cascata de consequências negativas de tais comportamentos, desde o aumento dos custos de saúde até a interrupção da educação e das carreiras dos jovens.

"Ao capacitar os adolescentes a tomar decisões informadas sobre sua saúde sexual, em última análise, protegemos e melhoramos seu bem-estar geral. Isso é o que todos os pais e famílias devem querer para seus filhos, em todos os lugares", concluiu Kluge.

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