O programa Café com a Gazeta do Povo, recebeu nesta quarta-feira (2) o ex-deputado federal Fernando Francischini (Solidariedade-PR). Na entrevista, ele falou sobre a sua cassação, o cenário político atual e as eleições de 2026
Lucas Saba/gazeta Do Povo. - 04/04/2025 10:21:25 | Foto: Sandro Nascimento/Alep
Francischini fez críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Um presidente sem nível para estar na cadeira, uma pessoa despreparada, que não tem condição intelectual”, afirmou. Ele citou declarações polêmicas de Lula sobre pessoas com deficiência e mulheres, questionando a falta de reação de grupos feministas em alguns casos. “Essa semana, ele disse que a mulher dele, a primeira-dama, não é feita para ser dona de casa. Quantos milhões de mulheres no Brasil cuidam da casa, ajudam a família? Isso não é depreciativo.”
O ex-deputado comparou Lula ao ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden, dizendo que “fala uma bobagem atrás da outra”. Ele também traçou um paralelo entre os governos petista e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Era melhor um presidente sincero, que falava o que pensava. A gente gostava ou não, mas a economia estava sob controle. Hoje, é uma tristeza.”
Sobre sua cassação, Francischini afirmou que foi um processo político, sem base legal. Ele se considera um “bode expiatório” em uma estratégia para atingir Bolsonaro. “O STF é o único que julga um parlamentar, deixando-o vulnerável a perseguições e denúncias que podem levar à cassação. O STF acaba ficando acima do bem e do mal.”
Francischini também criticou a condenação de Bolsonaro. “Sabemos que Bolsonaro já está condenado. Falta só decidir se vai ser preso agora ou mais tarde. Isso é um absurdo numa democracia. Ele estava em outro país, não há gravações, ligações, nada que prove um golpe que não existiu.”
Outro tema da entrevista foi o PL da Anistia. Francischini criticou a postura de partidos de esquerda, que, segundo ele, foram beneficiados por anistias anteriores para crimes graves, mas rejeitam a anistia aos presos do 8 de janeiro. “A anistia passada foi para assaltantes, sequestradores, homicidas. Agora, se opõem a uma anistia para pessoas condenadas a 17 anos por um crime que não existiu. É uma hipocrisia enorme.” Ele defendeu o PL da Anistia como uma medida para “apaziguar os ânimos”, comparando o atual momento com as manifestações que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Por fim, ao falar sobre as eleições de 2026, Francischini declarou apoio irrestrito a Bolsonaro. “Bolsonaro até o último minuto”, disse, ressaltando sua liderança nacional.
O Café com a Gazeta do Povo vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 9h30, ao vivo de Curitiba, com apresentação de Guilherme Oliveira, e de São Paulo, com Lucas Saba.
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