12 fantásticos locais para visitar perto de Braga

Nos arredores de Braga há muito para descobrir: pequenas aldeias, natureza e parques verdes, cidades repletas de história e monumentos seculares.

12 fantásticos locais para visitar perto de Braga
12 fantásticos locais para visitar perto de Braga

Por Vxmag / Imagem: Praia Fluvial De Adaúfe - Joaquim Rios - Vxmag ) - 05/01/2019 19:37:14 | Foto:

A belíssima e antiga cidade de Braga, no Minho, possui muitas atracções turísticas e pontos de interesse que o podem fazer perder dias inteiros a desfrutar desta cidade. No entanto, nos arredores de Braga, a poucos minutos de carro (menos de 1 ou 2 horas de viagem), existem muitos locais que merecem a sua visita. Braga é uma cidade privilegiada já que, em apenas alguns minutos, pode deslocar-se até às praias de Esposende ou até às praias da Póvoa de Varzim mas também pode optar por desfrutar da Natureza se viajar para o sentido oposto e aventurar-se no fantástico Parque Nacional Peneda Gerês. São muitas as pequenas vilas e aldeias perto de Braga que merecem uma visita, mas também são muitos os monumentos, castelos, museus, mosteiros e até os famosos solares do Minho. Estes são os melhores locais para visitar nos arredores de Braga.

1. Ponte de Lima

Em pleno coração do Vale do Lima, a beleza castiça e peculiar da vila mais antiga de Portugal esconde raízes profundas e lendas ancestrais. Foi a Rainha D. Teresa quem, na longínqua data de 4 de Março de 1125, outorgou carta de foral à vila, referindo-se à mesma como Terra de Ponte. Anos mais tarde, já no século XIV, D. Pedro I, atendendo à posição geo-estratégica de Ponte de Lima, mandou muralhá-la, pelo que o resultado final foi o de um burgo medieval cercado de muralhas e nove torres, das quais ainda restam duas, vários vestígios das restantes e de toda a estrutura defensiva de então, fazendo-se o acesso à vila através de seis portas.

Ponte de Lima

Ponte de Lima – Rui Videira

Ao longo dos tempos, Ponte de Lima foi, assim, somando à sua beleza natural magníficas fachadas góticas, maneiristas, barrocas, neoclássicas e oitocentistas, aumentando significativamente o valor histórico, cultural e arquitectónico deste recanto único em todo o Portugal.

2. Guimarães

É uma cidade histórica, com um papel crucial na formação de Portugal, e que conta já com mais de um milénio desde a sua formação, altura em que era designada como Vimaranes. Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo o seu centro histórico considerado Património Cultural da Humanidade, tornando-a definitivamente um dos maiores centros turísticos da região.

Guimarães

Guimarães

As suas ruas e monumentos respiram história e encantam quem a visita. Guimarães é muitas vezes designada como “Cidade Berço”, devido ao facto aí ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e por seu filho D. Afonso Henriques poder ter nascido nesta cidade e fundamentalmente pela importância histórica que a Batalha de São Mamede, travada na periferia da cidade em 24 de Junho de 1128, teve para a formação da nacionalidade.

3. Barcelos

Barcelos é uma bonita cidade do Norte do País, sede de um grande município, banhada pelo rio Cávado, bem no coração da região Minhota, muito famosa pelos seus produtos artesanais, mormente de olaria e cerâmica, com o famoso Galo de Barcelos, já transformado em símbolo nacional. Terra de rica história e fortes tradições é, também, dona de um património fenomenal, como é visível mal se chega à cidade através da sua Ponte do século XIV, ou na sua Igreja Matriz (século XIII), na Torre de Menagem (século XV), no românico/gótico Pelourinho, nas Igrejas de Nossa Senhora do Terço, da Misericórdia e do Bom Jesus da Cruz ou mesmo nas ruínas do Paço dos Duques de Bragança ou dos Condes de Barcelos onde está instalado o Museu Arqueológico.

Barcelos

Barcelos

Célebre pela sua olaria, não faltam em Barcelos lojas de artesanato com autênticas obras de arte, e a muito afamada Feira semanal, realizada no antigo Largo da Feira e com origens no século XV, onde se vende de tudo um pouco. A não perder é a Festa das Cruzes, anualmente em inícios de Maio, realizada já desde o século XVIII. Bem interessante em Barcelos é o Museu de Olaria e o Centro de Artesanato.

4. Viana do Castelo

Situada na foz do rio Lima, entre o mar e as montanhas, a atractiva cidade de Viana do Castelo está imersa em tradição. Historicamente, a cidade foi um ponto de partida crucial durante a Era dos Descobrimentos, quando muitos exploradores portugueses embarcaram para descobrir o mundo ainda desconhecido. No sopé da colina de Santa Luzia, as estreitas ruelas calcetadas são ladeadas por belos palacetes e solares construídos ao longo de séculos.

Viana do Castelo

Santa Luzia – Viana do Castelo

A bela praia do Cabedelo estende-se ao longo do estuário do Lima. Por toda a região do Minho decorrem ao longo do ano diversas festividades religiosas e feiras populares. As festas em Viana do Castelo culminam em meados de Agosto, com a celebração da Romaria de Nossa Senhora da Agonia, que remonta ao século XVIII. Durante três dias, as ruas enchem-se de multidões de pessoas para assistir ao cortejo de carros alegóricos, cabeçudos e coloridos trajes locais, acompanhados por música e comida tradicionais.

5. Ponte da Barca

Ponte da Barca é uma bonita Vila do Norte de Portugal, sede de município, situada numa região abençoada pela natureza, pautada pelo verde da rica vegetação e pela calma do Rio Lima. A sua história precederá ainda a tempos pré-romanos, e da época de ocupação romana chegaram aos nossos tempos vários vestígios, com especial destaque para a Pedra dos Namorados, uma figura de um homem e de uma mulher em baixo relevo, exposta no Museu da freguesia da Ermida. Outrora apelidada de “Nóbrega”, topónimo de provável origem celta, com o crescimento da localidade, e séculos mais tarde, foi apelidada de “Barca”, devido ao atravessamento do Rio Lima ser efectuado por meio de uma Barca, e, posteriormente, aquando a construção de finais do século XIV do símbolo da cidade, a sua bonita Ponte, passou a ser conhecida por “Ponte da Barca”.

Ponte da Barca

Ponte da Barca – Rui Videira

O centro histórico de Ponte da Barca é lindíssimo, e toda a vila está embelecida com diversos monumentos como as belas Igrejas Matriz do século XVIII e a da Misericórdia do século XVI, as Capelas de Nossa Senhora da Lapa do século XVII, a de Santo António dos séculos XVII e XVIII, e a de São Bartolomeu. Frente ao central Pelourinho, encontra-se o Antigo Mercado do século XVIII, uma das obras emblemáticas da Vila.

6. Adaúfe

Localizada em Ribeira, a cerca de 15 minutos de Braga, encontra-se a Praia Fluvial de Adaúfe, uma pequena praia fluvial com uma ampla zona de relvado em redor, onde se podem apanhar belos banhos de sol, fazer piqueniques e churrascadas e praticar alguns desportos. À parte da possível diversão, a Praia Fluvial de Adaúfe é a única do Concelho de Braga que recebeu a certificação da Administração da Região Hidrográfica do Norte. A Junta de Freguesia procedeu, de facto, a alguns melhoramentos nomeadamente nos trilhos pedonais, onde decidiu colocar areia, para uma melhor circulação dos utentes, bem como mandou colocar um novo cartaz onde estão citadas todas as proibições na Praia Fluvial de Adaúfe, incluindo novas placas informativas e com rectificações da prancha de saltos.

Praia Fluvial de Adaúfe

Praia Fluvial de Adaúfe

Para que a diversão na Praia Fluvial de Adaúfe não fique comprometida, a Junta de freguesia colocou algumas proibições, como a entrada de animais, fogueiras, acampamentos, motociclos, lixo no chão, pescar na praia fluvial e barcos a motor. A Praia Fluvial de Adaúfe é uma pequena mas lindíssima praia situada junto ao Rio Cávado. A diversão na Praia Fluvial de Adaúfe é vigiada durante a época balnear e goza de uma zona com um amplo relvado para piqueniques.

7. Estorãos

Estorãos é uma pequena aldeia minhota situada a cerca de seis quilómetros de Ponte de Lima onde corre a ribeira que lhe dá o nome. As águas vindas do alto da serra de Arga serpenteiam no meio de pinheiros, vinhas e campos estrumados criando pequenos lagos e represas onde trutas e lampreias se escondem de turistas e pescadores.

Ponte de Lima

Estorãos

A paisagem é magnífica. O recorte azulado e sombrio da serra contrasta com o verde dos campos e as cores outonais das vinhas e searas criando verdadeiros jardins que pedem muitos passeios e descobertas rústicas.

8. Soajo

A vila de Soajo, característica nas suas formas particulares de vivência e organização social e económica, é provavelmente um dos destinos concelhios mais divulgados e conhecidos, integrando uma área geográfica que foi concelho até à reforma liberal do século XIX. A aldeia do Soajo é também famosa pelo vasto conjunto de espigueiros erigidos sobre uma enorme laje granítica, usada pelo povo como eira comunitária.

Espigueiros

Espigueiros do Soajo

O mais antigo data de 1782. Estes monumentos de granito foram construídos na altura em que se incrementou o cultivo do milho e serviam para proteger o cereal das intempéries e dos animais roedores. As suas paredes são fendidas para que o ar circule através das espigas empilhadas. No topo são geralmente rematados por uma cruz, que significa a invocação divina para a protecção dos cereais. Parte destes espigueiros são ainda hoje utilizados pelas gentes da terra.

9. Lindoso

Lindoso, como o próprio nome indica, é uma bonita aldeia minhota, fronteiriça com Espanha, estendendo-se pela Serra Amarela e pela Serra do Cabril, na margem esquerda do Rio Lima. Diz-se que o seu nome deriva das palavras do Rei D.Dinis, encantado com a graciosidade do lugar, contudo o topónimo derivará de Limitosum (Limesitis). A aldeia é composta por típicas casas antigas de granito, subsistindo ainda em algumas instalações agrícolas a pitoresca cobertura de colmo, e foi, desde os inícios da nacionalidade Portuguesa, um importante bastião de defesa nacional.

Lindoso

Lindoso – Rui Videira

Prova desta importância histórica e militar é o seu imponente Castelo, hoje um interessante espaço museológico. Outro dos mais importantes monumentos e marcos culturais de Lindoso é o Largo dos Espigueiros, situado entre o castelo e o cruzeiro granítico, existindo um grande número de belíssimos espigueiros por toda a região.

10. Arcos de Valdevez

Arcos de Valdevez é uma lindíssima vila, sede de concelho, do Alto Minho, rodeada de natureza verdejante e banhada pelo bonito Rio Vez, está inserida no único Parque Nacional do País: o Parque Nacional da Peneda-Gerês. Com ocupação humana desde tempos pré-históricos, como o testemunham os diversos achados arqueológicos de espaços funerários pré-históricos, que incorpora cerca de uma dezena de monumentos distribuídos por uma zona planáltica, destacando-se o Núcleo Megalítico do Mezio, que vale a pena conhecer.

Arcos de Valdevez

Arcos de Valdevez

A terra é visivelmente fértil e a vila encantadora, com as suas ruas e casario irregular, velhas mansões e igrejas, como a Igreja de Nossa Senhora da Lapa, de 1767, em estilo barroco, e a bonita Igreja Matriz. A não perder é o antigo Campo da Feira, desde 1456, à beira rio, proporcionando bonitas paisagens e paz de espírito.

11. Moinhos de Rei

Moinhos de Rei, acolhe um agradável área de lazer com condições para a ocupação salutar dos tempos livres e a fruição de uma paisagem natural de grande beleza que é alegremente proporcionada a quem ali se desloca. Conjunto de moinhos, construídos no reinado de D. Dinis, primeiro rei que no nosso país, sobretudo no Entre-Douro-e-Minho, incentivou e desenvolveu a indústria da moagem. Até aí era quase exclusivamente realizada pelo esforço do homem ou do animal, esmagando o cereal primeiramente entre duas pedras e recorrendo depois ao pilão e ao gral.

Moinhos de Rei

Moinhos de Rei

A invenção dos moinhos de água (azenhas) abriu uma nova era na moagem, actividade antes realizada pelo moinho-a-braços. Estes moinhos comunitários pertenciam ao Rei e declarava-se que metade do seu rendimento seria para a Coroa. Mais tarde passaram a pagar ao Rei apenas um imposto simbólico. Os moinhos de mós passaram a aparecer nos primeiros anos da Monarquia, sabendo-se que em Julho de 1157, sendo Gualdim Pais “mestre absoluto da Ordem do Templo, houve uma doação régia que a este Mestre e à sua Ordem se fez de oito moinhos na Ribeira de Alviela”.

12. Amarante

Quem visita Amarante, acaba, invariavelmente, por construir uma leitura própria: tão rica quanto a vontade e tão diversa quanto a sorte. Por quantos roteiros definem o concelho, tantas podem ser as imagens e os sabores que os visitantes levam no regresso: arquitectura, religião, arte, natureza, gastronomia. Descobrir Amarante é uma aventura que apetece viver. Se a natureza é quem chama, então o destino é o Tâmega ou as Serras do Marão e da Aboboreira, que oferecem paisagens de sonho, aldeias de gente acolhedora e ricas tradições, edificadas em xisto e granito. Se o apelo vem do espírito, o percurso já se faz pela cidade, com passagem obrigatória pelo convento e igrejas de S. Gonçalo, S. Pedro e S. Domingos, o museu de Arte Sacra e outros exemplares do barroco e do românico, espalhados pelo município. É igualmente irrecusável a descoberta dos grandes nomes das artes que nos engrandecem e levam além-fronteiras, visitando o museu Amadeo de Souza-Cardoso e a Biblioteca Albano Sardoeira.

Amarante

Amarante

As festas e romarias mantêm o melhor da tradição popular e encerram a identidade das gentes do concelho, manifestando-se por todas as freguesias, das quais destacamos as “Festas do Junho”, em honra de S. Gonçalo. À mesa realça-se a vitela maronesa, o cabrito e o bacalhau, regados pelo bom vinho verde, que aqui encontra condições únicas de maturação. A rematar o repasto temos a doçaria conventual e de oferta variada: papos d’anjo, foguetes, lérias, brisas do Tâmega, entre outros. Amarante é encruzilhada, para onde confluem a história, as tradições e a natureza, proporcionando, para lá das suas fronteiras, a descoberta das Terras de Basto, do Minho, de Trás-os-Montes, do Douro e do Porto.

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