Da esquerda para a direita: Macron, May, Charles, Elizabeth II e Trump
Correio Braziliense - 06/06/2019 09:09:54 | Foto: Correio Braziliense
Foi de Portsmouth, no sul do Reino Unido, que partiram as tropas aliadas rumo à praia de Sward, a mais ao leste da Normandia das cinco escolhidas para o desembarque que apressou a queda do nazismo. Também foi em Portsmouth que os chefes de Estado dos EUA, do Reino Unido e da França — Donald Trump, Elizabeth II e Emmanuel Macron — começam na Inglaterra as celebrações pelo 75º aniversário do chamado Dia D. Em 6 de junho de 1944, mais de 150 mil soldados aliados desembarcaram na costa francesa da Normandia. Pelo menos 10 mil morreram, ficaram feridos ou desapareceram.
A cerimônia em Portsmouth também contou com a presença da primeira-ministra britânica, Theresa May, e de seus homólogos Justin Trudeu (Canadá) e Scott Morrison (Austrália); além da chanceler alemã, Angela Merkel; e dos chefes de governo da Bélgica, República Tcheca, Grécia, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Polônia, Eslováquia, Dinamarca e Nova Zelândia. “A geração da guerra, a minha, é resistente, e estou encantada de estar hoje com vocês em Portsmouth”, afirmou a rainha, de 93 anos, agradecendo “pelo heroísmo, valor e sacrifício dos que perderam suas vidas” para defender “a causa da liberdade”.
“O fato de hoje eu poder participar como chanceler alemã e de defendermos conjuntamente a paz e a liberdade é um presente da história que temos de proteger e apreciar”, disse Merkel, após a cerimônia. As celebrações, que prosseguirão na França durante todo o dia de hoje, tiveram início com a projeção em um telão de imagens do Dia D, mostrando os soldados que desembarcaram nas praias da Normandia. Na sequência, um grupo de veteranos subiu ao palco, muitos apoiando-se em uma bengala. Eles foram ovacionados pelo público e pelos líderes de 16 países. Trump leu a oração que o então presidente americano, Franklin Delano Roosevelt, transmitiu pelo rádio naquele dia, na qual falou sobre “libertar uma humanidade que sofre”.
Um silêncio sepulcral se impôs enquanto ressoava o famoso discurso de 1940 do primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, conhecido como Lutaremos nas praias. Depois, May leu uma carta do capitão inglês Norman Skinner para sua mulher, Gladys. A mensagem foi encontrada em sua jaqueta após sua morte no desembarque. Macron também leu a correspondência dirigida aos pais de Henri Fertet, um jovem resistente francês, fuzilado aos 16 anos. “Eu morro por minha pátria. Quero uma França livre e franceses felizes. (...) Que morte será mais honrosa para mim do que essa? Adeus, a morte me chama (...) Mesmo assim é duro morrer. Mil beijos. Viva a França”, afirma o texto, escrito quando o rapaz cumpria o 87º dia de prisão. O ato terminou com uma apresentação nos céus da Real Força Aérea Britânica, que incluiu 25 aeronaves, entre aviões modernos e os lendários Spitfire.
Veteranos
“Tinha 18 anos e esperava algo como uma grande aventura; embora, sim, soubesse que algo gigante estava ocorrendo”, admitiu à agência France Presse o piloto britânico Gregory Hayward, 93 anos. “É bom poder falar com outras pessoas que estiveram lá no Dia D. Se não falarmos disso, vamos esquecer, e é preciso conservar a memória”, completou Thiery Cordish, 96, outro dos 300 veteranos presentes à homenagem em Portsmouth. Ausente das comemorações, a Rússia pediu para não “exagerar” a importância do desembarque e não “subestimar” o papel que a União Soviética desempenhou na derrota de Adolf Hitler.
Social-democratas vencem na Dinamarca
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Os 4,2 milhões de dinamarqueses aptos a votar elegeram os social-democratas, que devem voltar a governar o país, liderados por Mette Frederiksen. Pouco antes da 0h de hoje, o atual primeiro-ministro, o liberal Lars Lokke Rasmussen, admitiu a derrota e anunciou que apresentará a renúncia à rainha Margarida II nas próximas horas. “A líder da oposição deveria ter a chance de formar um novo governo”, declarou Ramussen à emissora TV2. Com 95% dos votos apurados, os partidos de centro-esquerda da oposição acumulavam 91 assentos no Parlamento contra 75 para o governo e nove para outras legendas. “Muitos eleitores desejam uma mudança, especialmente os que devem votar pela primeira vez”, afirmou o cientista político Flemming Juul Christiansen, da Universidade de Roskilde, antes da declaração do premiê. Mais cedo, durante as eleições, Mette Frederiksen (na foto, vestindo amarelo), a provável nova premiê, saiu às ruas e distribuiu rosas para os eleitores.
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