Conheça a história de Maria Clara e Diulia
Redação Com Educa Mais Brasil - 22/05/2019 16:29:53 | Foto: Divulgação
Durante uma apresentação do Dia das Mães na Escola Cora Coralina, localizada em Porto Velho, Maria Clara, de 3 anos, mostrou a todos os presentes no evento um dos mais belos sentimentos humanos: a empatia. A pequena se preocupou em ajudar sua colega Maria Clara Diulia a dançar. Diulia, faz uso de uma cadeira de rodas por conta de uma paralisia cerebral.
“Até pouco tempo, eu não sabia nada sobre sua amiga, mas minha filha sempre comentava sobre ela com muito carinho. Quando a conheci, me preocupei em conversar com a Maria sobre os cuidados que ela precisava ter com a Diulia”, conta Rayane Oliveira, 22 anos e mãe de Maria Clara. Na hora da apresentação, Rayane registrava o momento e compartilhou nas redes sociais a emoção e a felicidade de saber que a filha assimilou os ensinamentos sobre cuidado e respeito.
No dia da apresentação, Rayane pôde ver de perto a preocupação da filha com a amiga. “Logo quando cheguei, fiquei até preocupada. Mas não demorou muito para eu perceber o quanto aquele momento era importante para as duas”, pontua. Quem também se emocionou foi Priscila, de 24 anos, mãe da Maria Clara Diulia. “A minha filha é muito querida na escola. Sem dúvida, me emocionei com aquele momento e fiquei ainda mais feliz quando vi que ela poderia fazer sozinha”, conta.
Apresentação Dia das Mães Escola Cora Coralina Foto: Divulgação
Como toda mãe, Priscila busca tratar a filha como uma criança normal, apesar das limitações. “Faço questão de mantê-la na escola e é gratificante. É nítido o desenvolvimento dela. As professoras a tratam normalmente, tudo que as outras crianças fazem, ela faz também”, assegura.
Rayane e a filha Maria Clara Foto: Acervo Pessoa
Hoje, Priscila se dedica totalmente aos cuidados com Diulia e respeita o seu tempo e desenvolvimento. “Tem dias que ela não quer ir para a escola, eu entendo, mas não deixo de incentivar”. Ao falar da escola, a mãe expressa gratidão. “Já recebi não de algumas instituições, mas na Cora Coralina foi diferente. Eles falaram das suas deficiências, mas me disseram que já receberam crianças com a mesma dificuldade da Diulia e nos aceitaram. Fui abraçada”.
Inclusão na Cora Coralina
A Escola Cora Coralina trabalha com educação básica e recebe alunos até o 9ª ano. Segundo a instituição, além da Maria Clara Diulia, eles também já abraçaram crianças com outras limitações. “Aqui a inclusão é trabalhada com a socialização. Todos ficam juntos e são tratados da mesma forma, claro, que dentro das suas possibilidades”, declara o gestor da escola. Ao falar sobre a repercussão do vídeo postado nas redes sociais de Rayane, mãe da Maria Clara, professores e funcionários ficaram felizes, mas enfatizam que lá a aceitação das diferenças é vista como algo natural.
A escola é tão preocupada com a inclusão que também abraçou uma parceria com o Educa Mais Brasil, programa educacional que oferta bolsas de estudo para várias modalidades de ensino. Com 15 anos de atuação no mercado, o programa de bolsas já beneficiou mais de 1 milhão de estudantes em todo Brasil. Quem conta uma bolsa de 50%, é a pequena Maria Clara. De acordo com Rayane, o custo de vida em Porto Velho é bem alto e a bolsa se tornou essencial para equilibrar as despesas da casa.
Agência Educa Mais Brasil
Comentários para "Empatia: a sensibilidade da criança que ajudou a amiga cadeirante na apresentação da escola":