Empresa brasileira recebe inédita autorização para produzir biocombustível de milho para aviação

A empresa brasileira FS Fueling Sustainability recebeu a certificação ISCC Corsia para seu novo biocombustível.

Empresa brasileira recebe inédita autorização para produzir biocombustível de milho para aviação
Empresa brasileira recebe inédita autorização para produzir biocombustível de milho para aviação

Agência Xinhua News Brasil - 09/03/2024 07:13:28 | Foto: Usina de etanol de milho da FS, em Sorriso, no Mato Grosso (Foto: Divulgação FS Bioenergia)

Uma empresa brasileira se tornou a primeira da indústria de biocombustíveis a conquistar certificação internacional na produção de combustível sustentável (SAF, por sua sigla em inglês) a partir do milho, informou o portal UOL nesta quarta-feira.

A empresa brasileira FS Fueling Sustainability recebeu a certificação ISCC Corsia para seu novo biocombustível.

A certificação foi considerada pioneira, pois, o uso do milho de segunda safra como matéria-prima poderá eliminar as emissões relacionadas ao impacto indireto do uso da terra, uma vez que é cultivado na mesma área da soja, em um mesmo ciclo agrícola.

Por esse método de segunda safra, a matéria-prima usada para biocombustível não desloca a produção de alimentos, reduzindo desmatamento ou emissões pela conversão de terras em agricultura.

Produzindo pouco mais de 2 bilhões de litros por ano, a FS Fueling Sustainability é a terceira maior produtora de etanol do país. No Brasil é comum o uso de cana-de-açúcar para a produção de etanol, que posteriormente é transformado no combustível sustentável de aviação.

O líder do segmento, a Raízen, utiliza cana-de-açúcar como matéria-prima, mas sua certificação não inclui uma autorização relacionada com o uso da terra.

"Com isso, a gente conseguiu obter uma nota de carbono mais favorável que outros grupos. (Somos) a primeira do mundo do etanol com esse tipo de atributo", afirmou Rafael Abud, CEO da FS.

O maior destaque desta certificação mundial SAF é na atribuição de baixo risco de Mudança Indireta no Uso da Terra (Low LUC Risk) para a produção de biocombustíveis.

Não obstante, um dos temores de diversos especialistas e ativistas é a mudança no uso da terra da produção de alimentos para produção de combustíveis, ou, ampliação das áreas de cultivo para regiões de vegetação nativa, ampliando assim o desmatamento.

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