Estudantes da UnB de diferentes áreas iniciam Expedição de 22 dias na Amazônia

Trajeto passará por Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Acre; retorno está previsto para 23 de dezembro

Estudantes da UnB de diferentes áreas iniciam Expedição de 22 dias na Amazônia
Estudantes da UnB de diferentes áreas iniciam Expedição de 22 dias na Amazônia

Valmir Araújo - brasil De Fato | Brasília (df)  - 02/12/2023 10:28:23 | Foto: Vivência Amazônica existe desde 2016 e já levou cerca de 200 estudantes da UnB à região - Acervo NEAz

Uma vivência de 22 dias pela Amazônia é a experiência que a estudante Mariana Conceição Corte Real, que cursa o 10° período do curso de Administração na Universidade de Brasília (UnB), terá a partir deste sábado (2). Mariana e outros 32 estudantes fazem parte de um grupo de estudantes da UnB que participam da Expedição Vivência Amazônica.

Os estudantes selecionados para participar da Expedição tiveram que demonstrar interesse e cursar uma disciplina específica sobre tópicos relacionados à Amazônia, que é oferecida para alunos das diferentes áreas. Mariana contou que durante esse processo foram organizadas comissões, estratégias para arrecadação de fundos e logística da viagem. “Aprendemos a importância da colaboração em grupo para atingir objetivos comuns”, contou a estudante.

“Para mim, como estudante de Administração, participar ativamente da construção e viabilização desse projeto é uma oportunidade de vivenciar na prática conceitos que normalmente são abordados apenas de forma teórica durante o curso”, explicou Mariana, acrescentando que “estar atento a essas questões não é apenas uma escolha, mas uma responsabilidade de qualquer profissional atualmente, independentemente da área de atuação”.

Já Maria Victória Venâncio Romero, graduanda do curso de Relações Internacionais (RI) defende que a formação que se constrói por meio da Vivência Amazônica acaba por contribuir com uma definição mais ampla de política internacional. “Os debates tradicionais das RI tendem a privilegiar a esfera sistêmica, no âmbito do Estado Nação, enquanto a Vivência aproxima e explicita o entendimento de como as macro-estruturas atingem grupos locais e como as experiências desses grupos também refletem no internacional”, acrescentou.

De acordo com o professor Manuel Pereira de Andrade, que coordena o projeto, a Vivência Amazônica é sobretudo uma oportunidade de contribuir com a formação ambiental dos discentes dos diferentes cursos. “Essa experiência é uma forma de aumentar o compromisso deles [alunos] com a realidade desmatamento da Amazônia, da vivência dos povos quilombolas, indígenas, dos assentamentos e da realidade das unidades de conservação”, explicou.

No trajeto, os estudantes terão a oportunidade de conviver com diferentes realidades de povos e comunidades tradicionais da região. “É papel da universidade fazer essa aproximação entre os estudantes e a realidade da Amazônia e das populações da Amazônia”, acrescentou o professor.

A expedição Vivência Amazônica deste ano passará pelos estados do Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Acre, e também em áreas das fronteiras do Brasil com a Bolívia e o Peru. Ao todo serão 22 dias de experiências.

Vivência Amazônica

A expedição faz parte do projeto de extensão Vivência Amazônica, organizado pelo Núcleo de Estudos da Amazônia (NEAz), do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam) da UnB, com intuito é aproximar os universitários da realidade socioambiental e cultural da região.

A Vivência Amazônica existe desde 2016 e já levou cerca de 200 estudantes para diferentes destinos na Amazônia.

Edição: Flávia Quirino

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