De acordo com o PNUD, as maiores quedas do desenvolvimento humano ocorreram em Roraima, Amapá, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Distrito Federal
Agência Xinhua Brasil - 30/05/2024 17:07:17 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A pandemia da COVID-19 fez o Índice de Desenvolvimento o Humano Municipal (IDHM) de todos os estados do Brasil cair ao nível de 2015, segundo revelou na terça-feira o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD).
De acordo com o relatório especial do PNUD, no qual foram analisados os indicadores dos estados e regiões metropolitanas do Brasil em um período de 10 anos (2012-2021), as maiores quedas do desenvolvimento humano causadas pela crise sanitária ocorreram nos estados de Roraima (-6,7%), Amapá (-6,6%), Rio de Janeiro (-5,8%), Mato Grosso (-5,5%) e Distrito Federal (-5,2%).
"O Brasil, nesses 10 anos, se divide em dois períodos: Brasil com tendência ganhadora na melhora consecutiva do IDH brasileiro e dos estados até 2019; e perdas do IDH nos dois anos consecutivos da pandemia da COVID-19", afirmou Betina Ferraz Barbosa, coordenadora da Unidade de Desenvolvimento Humano do PNUD Brasil, durante a apresentação do relatório, em Brasília.
"É inegável que a pandemia gerou fortes consequências em todo o mundo, mas podemos observar que os impactos foram mais severos em países e regiões com desafios estruturais e padrões díspares de desenvolvimento", ressaltou o PNUD.
Durante os dois anos de pandemia, a expectativa de vida dos brasileiros caiu de 76,47 para 74,16 anos, a frequência escolar entre os 6 e 14 anos de idade presença às aulas caiu de 99,27% para 98,84% e a renda per capita dos brasileiros passou de 814,90 para 723,84 reais (US$ 140).
O IDHM calcula o grau de desenvolvimento das populações, baseado no acesso ao conhecimento, a uma vida longa e saudável e a um nível de vida digno. O indicador oscila entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, maior será o nível de desenvolvimento humano.
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