Tadeu Filippelli. Contra dois poderes

Ibaneis Rocha anunciou que fica no MDB, apesar dos rumores de que estaria de mudanças para o DEM.

Tadeu Filippelli. Contra dois poderes
Tadeu Filippelli. Contra dois poderes

Por Ana Maria Campos - 28/04/2019 09:18:14 | Foto: Correio Braziliense

Contra dois poderes

Não vai ser fácil para Tadeu Filippelli manter a Presidência regional do MDB. Contra sua permanência, estão os chefes de dois poderes: o governador Ibaneis Rocha e o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente.

Com quem fica Sarney?

Na disputa pelo comando do MDB/DF, o ex-vice-governador Tadeu Filippelli, atual presidente, aproveitou o aniversário do ex-presidente José Sarney, na semana passada, para costurar apoios, já que a palavra final será da executiva nacional. Mas o governador Ibaneis Rocha tem em sua equipe Sarney Filho, como secretário de Meio Ambiente.

Projeção nacional

Ibaneis Rocha anunciou que fica no MDB, apesar dos rumores de que estaria de mudanças para o DEM. Mas, se perder a disputa para Tadeu Filippelli pelo comando no DF, ele deve seguir outro caminho, com o PDT, DEM ou PTB. Seu projeto é se tornar um nome de expressão nacional.

Carona

Ibaneis Rocha também se aproximou muito desde a eleição do ex-presidente Michel Temer. Levou parte da equipe de Temer para o GDF, emprestou seu avião para que o ex-presidente voltasse a São Paulo depois de deixar a prisão no Rio e tem mantido uma ótima relação com o ex-presidente nacional.

*Brasília na China*

O advogado Francisco Caputo, ex-presidente da OAB-DF, integra a comitiva de 35 empresários brasileiros organizada pela StarSe para conhecer novos empreendimentos tecnológicos chineses. A visita será na próxima semana e inclui um escritório, em Xangai, com 8 mil advogados e 51 filiais.

Memórias do cárcere

Concedida na prisão, a entrevista do ex-presidente Lula à Folha de S.Paulo e ao El País provocou o efeito de sempre: quem tem simpatia pelo petista gostou e, para quem não gosta dele, nada acrescentou. Não houve a grande repercussão que os petistas esperavam, mas não deixa de ser um registro histórico dos tempos no cárcere.

 (Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press - 15/8/18)

General defende general

Em meio à polêmica sobre suas postagens nas redes sociais que levaram a um mandado de busca em sua casa, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, o general Paulo Chagas comentou, pelo Twitter, os embates entre Carlos Bolsonaro, o filho mais eloquente e incontrolável do presidente Jair Bolsonaro, e o vice-presidente Hamilton Mourão. Chagas saiu em defesa do militar: “O general Mourão não chegaria onde chegou na carreira militar, se não fosse leal aos seus superiores e dedicado ao serviço da pátria. Intrigas e meias-verdades não fazem parte do cardápio de atitudes de um Soldado como Hamilton Mourão”.

 (Reprodução/Internet)

Vingadores contra a corrupção

Uma paródia dos Vingadores, em que os super-heróis são promotores de Justiça, circulou na semana passada em redes de WhatsApp. A corrupção é representada como um monstro enorme que precisa ser combatida. Era uma campanha do Ministério Público de Rondônia. Mas a direção do órgão não gostou. Divulgou uma nota esclarecendo que a ideia não passou pela aprovação da Administração Superior, que determinou a retirada da propaganda de todas as mídias sociais. “O membro do Ministério Público não pode ser confundido com personagens de ficção, pois sua luta acontece no dia a dia, na sociedade contemporânea, e tem por finalidade a defesa da ordem pública e dos interesses sociais, respeitando a Constituição e as leis , buscando romper as barreiras que impedem o exercício da cidadania plena”, diz a nota do MPRO.



Só papos

 (Minervino Junior/CB/D.A Press - 18/12/18 )

“Todos sabíamos que Bolsonaro era machista, racista, homofóbico, terraplanista
e adepto de teorias conspiratórias da guerra fria. O que não sabíamos
é que quem iria (des) governar o Brasil eram 'os garotos' via redes sociais”

Deputada Érika Kokay (PT/DF)

 (Wilson Dias/Agência Brasil - 12/12/18)

“Bolsonaro TERRAPLANISTA! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Eles se superam!”

Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP)




À QUEIMA-ROUPA

Deputado Professor Israel Batista

(PV/DF), membro da Comissão Especial da Reforma da Previdência

Qual é a sua opinião sobre a reforma da Previdência em tramitação no Congresso?

Mudanças são normais ao longo do tempo. No entanto, a proposta atual de reforma destrói a previdência. Dificulta o acesso à aposentadoria, reduz benefícios e, tão grave quanto tudo isso, retira receitas do sistema entregando-as aos bancos por meio

da capitalização. Veja o caso dos professores, a única categoria em que a idade mínima de homens e mulheres foi igualada, e a exigência de 30 anos de contribuição, contra 20 da regra geral, dará direito a apenas 80% do benefício.

O que precisa mudar?

A situação dos professores, é claro. Apresentarei emenda para excluí-los da reforma. As maldades com pensões, invalidez, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadoria rural também precisam ser revertidas. Além disso, a capitalização destrói as bases de financiamento do sistema e gera crise fiscal permanente.

Como você pode trabalhar para melhorar o texto?

Além de propor a retirada completa dos professores, também apresentei outra sugestão alternativa para estabelecer uma regra de transição transparente, inspirada nos militares, com 17% de pedágio sobre o tempo que falta para se aposentar. De acordo com essa segunda proposta, uma professora que tenha 24 anos de contribuição e falte apenas um ano para se aposentar pagará um pedágio proporcional de 2 meses a mais, se aposentando com um total de 25 anos e 2 meses (de pedágio) e não com os 40 anos propostos pelo Governo.

Acredita que passe no Congresso?

É preciso considerar a reforma, mas não podemos destruir a Previdência. O parlamento tem que propor alternativas a um modelo que preserva apenas os interesses dos bancos.

Há privilégios? Quem foi poupado?

Claro que há. O 1% mais rico foi totalmente preservado. Não apenas isso, os bancos aumentarão seus lucros frente à maioria da população, que ficará desprotegida. A proposta também não trata de renúncias fiscais. Grandes fortunas permanecem intocadas, enquanto os mais pobres, trabalhadores, professores, servidores públicos, enfim, quase toda a população é sacrificada.

Quem foi mais atingido?

Os mais pobres e as mulheres. O aumento da idade mínima e do tempo de contribuição significa que o trabalhador mais desfavorecido não se aposentará. Se conseguir, terá direito apenas a 60% do benefício. A exclusão entre as mulheres, com mais dificuldade de contribuir por causa da dupla jornada, será ainda maior.

Acha que os militares

devem ter tratamento especial?

Sem dúvida, assim como professores e outras categorias sujeitas a condições de trabalho mais penosas e arriscadas. Não se trata de privilégio nesses casos.

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