A maneira encontrada pelo Presidente da República para tirar Levy do comando do banco, entretanto, é para lá de questionável.
Estadão Conteúdo - 17/06/2019 06:49:11 | Foto: Yahoo
Ao tomar conhecimento de que Jair Bolsonaro quer demitir Joaquim Levy do BNDES por causa da contratação de Marcos Pinto, que já trabalhou no governo PT, Arminio Fraga, ex-BC, reagiu: “Um absurdo vetar alguém simplesmente por ter trabalhado em um governo do PT.” E mais: “ Um detalhe menor, mas digno de nota, é que Marcos Pinto é um cara do bem e um superprofissional”, defendeu, em conversa com a coluna na tarde deste sábado, 15. O economista foi sócio de Fraga na Gávea Investimentos.
Por outro lado, pelo que se apurou, Bolsonaro estaria insatisfeito com a atuação de Levy há meses. Fala-se, nos corredores do Palácio do Planalto, que o presidente do BNDES não seria arrojado no comando do banco. E que sua atuação está fora da sintonia dentro da equipe do ministro Paulo Guedes. A ameaça de demissão, de forma pública, seria uma maneira de pressionar Levy a tomar a iniciativa.
A maneira encontrada pelo Presidente da República para tirar Levy do comando do banco, entretanto, é para lá de questionável. Afinal, Levy sequer teria chegado à presidência do BNDES se ter trabalhado para um partido de oposição fosse regra limitadora estabelecia por Bolsonaro. Ou será que o presidente se esqueceu que o economista foi ministro da petista Dilma?
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