Amamentação gera dúvidas nas mamães

Vínculo natural é o mais eficaz no processo de proteção, afeto e nutrição do bebê

Amamentação gera dúvidas nas mamães
Amamentação gera dúvidas nas mamães

Redação Com Agência - 05/04/2022 10:14:29 | Foto: Nastyaofly/Freepik - Divulgação

A amamentação é a estratégia que mais contribui para a redução da mortalidade infantil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse vínculo natural é considerado o mais sensível, econômico e eficaz no processo de proteção, afeto e nutrição entre mãe e bebê. Apesar do caráter essencial do aleitamento, no entanto, o assunto ainda gera muitas dúvidas.

Manter consultas de rotina com o profissional de Ginecologia e Obstetrícia é fundamental.Conforme ressaltado pelo caderno "Saúde da criança: Nutrição Infantil – Aleitamento Materno e Alimentação Complementar”, do Ministério da Saúde (MS), a amamentação é um cuidado de saúde pública e não uma responsabilidade exclusiva da mãe. Sendo assim, a manutenção do aleitamento materno e a introdução de alimentos seguros, no momento adequado, são fundamentais para o desenvolvimento equitativo e sustentável de toda uma nação.

O Ministério da Saúde defende a implementação de políticas públicas com ações de proteção e promoção da amamentação e da alimentação complementar em época oportuna. Contudo, considera tal processo, numa perspectiva de abordagem integral e humanizada, um desafio que depende de "esforços coletivos intersetoriais".

Principais dúvidas sobre amamentação

Quanto tempo duram as mamadas de bebês de até um ano? Como as dificuldades mais comuns na amamentação podem ser prevenidas? Depois dos seis meses, é normal que o neném acorde diversas vezes durante a noite para mamar? Esses são os principais questionamentos que as mães têm sobre a amamentação, segundo o Departamento Científico de Aleitamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

É um consenso entre a OMS, o Ministério da Saúde e a SBP a recomendação de que o aleitamento materno seja feito desde a sala de parto, como fonte exclusiva de alimentação e em livre demanda até os seis primeiros meses de vida. Após esse período e até dois anos ou mais, ele deve ser acompanhado de outros alimentos. A exclusividade até o primeiro semestre é possível porque o leite materno é repleto de nutrientes, vitaminas e anticorpos.

A criança é quem dita a duração e os intervalos das mamadas. Com o tempo, conforme destaca a SBP, a frequência e a duração do momento de aleitamento diminuem, porque o leite passa a sair mais facilmente e o neném consegue sugar uma maior quantidade.

Consultar pediatra é fundamental

Para prevenir as dificuldades mais comuns na amamentação, a SBP orienta que seja feita uma consulta com pediatra na 32ª semana de gestação, para que sejam esclarecidas dúvidas sobre pega, posições adequadas para o aleitamento e livre demanda. Além disso, as visitas ao médico são importantes para saber como prevenir rachaduras e dor nas mamadas e o que fazer se a mama estiver muito cheia, por exemplo.

Sobre ser normal ou não a criança acordar durante a noite para mamar, mesmo depois dos seis meses, a resposta da SBP é de que "enquanto for necessário para o bebê, ele pode mamar de dia e à noite, em livre demanda". A ideia é que, com o passar do tempo, a demanda noturna fique mais espaçada, pois as mamadas se ajustam às necessidades da mãe e do bebê. Uma dica para que a amamentação ganhe ritmo é oferecer os dois seios sempre.

Políticas nacionais de apoio ao aleitamento

A "alimentação saudável e o apoio ao aleitamento materno, numa linha de cuidado integral à Saúde da Criança" é parte da chamada Estratégia de Saúde da Família, desenvolvida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As ações se dão por meio da divulgação de informações e de amparo legal.

Além desse esforço, ao longo dos anos, foram criados o Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, o Pacto pela Vida e a Política Nacional de Atenção Básica. O objetivo é contribuir com os instrumentos para fortalecer a Saúde da Família no âmbito do SUS.

A Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) é um exemplo de ação internacional com atividades que promovem, incentivam e dão informação sobre a importância da amamentação. A campanha completa 30 anos em 2022 e integra as ações do Agosto Dourado, criado em 1991, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

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