Na quarta (13), o Fed (banco central americano) manteve os juros dos EUA inalterados na faixa entre 5,25% e 5,50% e sinalizou que a alta nas taxas do país pode ter chegado ao fim, dando otimismo ao mercado.
São Paulo, Sp (folhapress) - 14/12/2023 19:44:58 | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A Bolsa brasileira subiu 1,06% e atingiu sua máxima histórica de 130.842 pontos nesta quinta-feira (14), segundo dados preliminares, impulsionada pela expectativa de que os juros devem começar a cair no próximo ano.
Na quarta (13), o Fed (banco central americano) manteve os juros dos EUA inalterados na faixa entre 5,25% e 5,50% e sinalizou que a alta nas taxas do país pode ter chegado ao fim, dando otimismo ao mercado.
Além disso, o Copom (Comitê de Política Monetária), no Brasil, realizou um novo corte de 0,50 ponto percentual na Selic (taxa básica de juros), mantendo o ritmo de afrouxamento monetário das últimas duas reuniões e levando-a a 11,75% ao ano.
"O Ibovespa ainda reflete o bom humor do mercado de ontem. O que mais chamou a atenção foi o discurso do presidente do Fed, que deu a entender que o juros atingiram seu pico e citou que o comitê já iniciou discussões sobre corte de juros para as próximas reuniões. Isso pode ajudar o Banco Central do Brasil a acelerar o corte da Selic em 2024", afirma Andre Fernandes, chefe de renda variável e sócio da A7 Capital.
O último recorde de fechamento diário do Ibovespa havia ocorrido no dia 7 de junho de 2021, quando o índice atingiu os 130.776 pontos.
O Ibovespa também foi favorecido pela subida das commodities nesta quinta, que apoia a Petrobras e a Vale, as maiores empresas da Bolsa brasileira. As ações da petroleira subiram 2,16%, enquanto a mineradora teve alta de 0,54% e foi o papel mais negociado da sessão.
"A dúvida neste momento é se o mercado pode continuar subindo", afirmou o analista da Guide Investimentos Mateus Haag, acrescentando que a visão da casa é de que o Ibovespa ainda está barato.
Além disso, afirmou, o fluxo para ações tem sido baixo nos últimos anos, com os investidores pouco alocados de forma geral, o que abre espaço para mais valorização.
Os índices de ações americanos também tiveram um dia positivo, embalados justamente pelas expectativas sobre juros. O S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq fecharam em alta de 0,26%, 0,43% e 0,19%, respectivamente.
Já o dólar segue caindo, pressionado justamente pela perspectiva de baixa de juros, que tende a fazer com que investidores realoquem recursos para mercados mais arriscados ao diminuir o retorno da renda fixa americana.
A moeda americana terminou o dia em leve baixa de 0,10%, cotado a R$ 4,914. Na mínima do dia, o dólar chegou a ser negociado a R$ 4,87, mas reduziu as perdas no Brasil, em meio ao noticiário ligado ao Congresso Nacional, que está na reta final dos trabalhos em 2023.
Nos EUA, o Fed também divulgou na quarta que seus diretores projetam um corte de 0,75 ponto percentual nas taxas em 2024, dando otimismo a investidores. Nenhuma autoridade do banco prevê altas de juros no próximo ano.
Em seu comunicado, o banco central americano afirmou que indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade econômica dos EUA desacelerou de seu forte ritmo do terceiro trimestre, citando que a elevação dos juros conseguiu moderar o aquecimento do mercado de trabalho e que a inflação caiu ao longo do ano, apesar de permanecer elevada.
A instituição apontou, ainda, as condições que o faria considerar "algum reforço adicional da política" que possa ser apropriado para levar a inflação à meta de 2%. A palavra "algum" foi adicionada ao comunicado da autoridade, num sinal visto como mais suave pelo mercado, sugerindo que o banco central pode não ver a necessidade de aumentar as taxas.
Em coletiva de imprensa, Jerome Powell, presidente do Fed, disse que a inclusão da palavra "algum" refletia a visão de que a taxa de juros estava "provavelmente no seu pico". Ele também acrescentou que, embora as autoridades "não considerem apropriado aumentar ainda mais as taxas de juros, também não querem retirar a possibilidade da mesa".
Números do mercado financeiro
DÓLAR
compra/venda
Câmbio livre BC - R$ 4,8906 / R$ 4,8912 **
Câmbio livre mercado - R$ 4,9129 / R$ 4,9149 *
Turismo - R$ 4,9258 / R$ 5,1059
(*) cotação média do mercado
(**) cotação do Banco Central
Variação do câmbio livre mercado
no dia: -0,09
OURO BM&F
R$ 286,000
BOLSAS
B3 (Ibovespa)
Variação: 1,06%
Pontos: 130.842
Volume financeiro: R$ 34,239 bilhões
Maiores altas: Dexco ON (4,79%), PetroRio ON (4,54%), Lojas Renner ON (4,30%)
Maiores baixas: Casas Bahia ON (-5,66%), Grupo Natura ON (-5,22%), Petz ON (-4,98%)
S&P 500 (Nova York): 0,26%
Dow Jones (Nova York): 0,43%
Nasdaq (Nova York): 0,19%
CAC 40 (Paris): 0,59%
Dax 30 (Frankfurt): -0,08%
Financial 100 (Londres): 1,33%
Nikkei 225 (Tóquio): -0,73%
Hang Seng (Hong Kong): 1,07%
Shanghai Composite (Xangai): -0,33%
CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,52%
Merval (Buenos Aires): 28309,33%
IPC (México): 3,39%
ÍNDICES DE INFLAÇÃO
IPCA/IBGE
Novembro 2022: 0,41%
Dezembro 2022: 0,62%
Janeiro 2023: 0,53%
Fevereiro 2023: 0,84%
Março 2023: 0,71%
Abril 2023: 0,61%
Maio 2023: 0,23%
Junho 2023: -0,08%
Julho 2023: 0,12%
Agosto 2023: 0,23%
Setembro 2023: 0,26%
Outubro 2023: 0,24%
Novembro 2023: 0,28%
INPC/IBGE
Novembro 2022: 0,38%
Dezembro 2022: 0,69%
Janeiro 2023: 0,46%
Fevereiro 2023: 0,77%
Março 2023: 0,64%
Abril 2023: 0,53%
Maio 2023: 0,36%
Junho 2023: -0,10%
Julho 2023: -0,09%
Agosto 2023: 0,20%
Setembro 2023: 0,11%
Outubro 2023: 0,12%
Novembro 2023: 0,10%
IPC/Fipe
Novembro 2022: 0,47%
Dezembro 2022: 0,54%
Janeiro 2023: 0,63%
Fevereiro 2023: 0,43%
Março 2023: 0,39%
Abril 2023: 0,43%
Maio 2023: 0,20
Junho 2023: -0,03%
Julho 2023: -0,14%
Agosto 2023: -0,20%
Setembro 2023: 0,29%
Outubro 2023: 0,30%
Novembro 2023: 0,43%
IGP-M/FGV
Novembro 2022: -0,56%
Dezembro 2022: 0,45%
Janeiro 2023: 0,21%
Fevereiro 2023: -0,06%
Março 2023: 0,05%
Abril 2023: -0,95%
Maio 2023: -1,84%
Junho 2023: -1,93%
Julho 2023: -0,72%
Agosto 2023: -0,14%
Setembro 2023: 0,37%
Outubro 2023: 0,50%
Novembro 2023: 0,59%
IGP-DI/FGV
Novembro 2022: -0,18%
Dezembro 2022: 0,31%
Janeiro 2023: 0,06%
Fevereiro 2023: 0,04%
Março 2023: -0,34%
Abril 2023: -1,01%
Maio 2023: -2,33%
Junho 2023: -1,45%
Julho 2023: -0,40%
Agosto 2023: 0,05%
Setembro 2023: 0,45%
Outubro 2023: 0,51%
Novembro 2023: 0,50%
SALÁRIO MÍNIMO
Maio 2023: R$ 1.320
Cotação das moedas
Coroa (Suécia) - 0,4795
Dólar (EUA) - 4,8912
Franco (Suíça) - 5,6487
Iene (Japão) - 0,03452
Libra (Inglaterra) - 6,2417
Peso (Argentina) - 0,00611
Peso (Chile) - 0,005652
Peso (México) - 0,2831
Peso (Uruguai) - 0,1224
Yuan (China) - 0,688
Rublo (Rússia) - 0,05493
Euro (Unidade Monetária Europeia) - 5,3779
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