Bolsa cai com mercado à espera de decisões sobre juros; dólar fecha em alta

Por volta das 17h23 o Ibovespa recuava 0,52%, aos 128.332,31 pontos. O dólar fechou em alta de 0,79%, cotado aos R$ 4,949.

Bolsa cai com mercado à espera de decisões sobre juros; dólar fecha em alta
Bolsa cai com mercado à espera de decisões sobre juros; dólar fecha em alta

São Paulo, Sp (folhapress) - 29/01/2024 18:49:02 | Foto: Divulgação Freepik gratuita

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A Bolsa recuava nesta segunda-feira (29), com o mercado aguardando as decisões de política monetária do Brasil e dos Estados Unidos desta semana.

Por volta das 17h23 o Ibovespa recuava 0,52%, aos 128.332,31 pontos. O dólar fechou em alta de 0,79%, cotado aos R$ 4,949.

A semana começa com investidores de olho na chamada "Super Quarta", dia em que os comitês de política monetária dos Estados Unidos e do Brasil irão decidir sobre juros.

Por lá, a expectativa é de manutenção da taxa, hoje entre 5,25% e 5,5%. O mercado está atento a possíveis sinalizações do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) sobre quando o ciclo de cortes de juros irá começar, previsto, pela maioria dos operadores, entre março e maio.

Os últimos dados macroeconômicos dos EUA têm pintado um quadro de controle da inflação, com o índice de preços PCE vindo em linha com as expectativas na última sexta-feira. O indicador subiu 0,2% no mês passado e avançou 2,6% nos 12 meses até dezembro.

O chamado núcleo do PCE, que exclui componentes mais voláteis da base de cálculo, desacelerou a alta para 2,9% na base anual, o menor ganho desde março de 2021, após avanço de 3,2% em novembro.

"Inflação americana [está] dando bons sinais, mostrando que há convergência, praticamente voltando para aquele nível pré-pandemia, mais próximo da meta de 2%. Portanto, uma excelente notícia para a política monetária americana", disse Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em comentário enviado a clientes.

Por aqui, a expectativa em torno da Selic é de que o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) volte a cortar a taxa em 0,5 ponto percentual, a 11,25%.

"O BC deve abordar os recentes dados de inflação e fornecer sinais sobre os próximos passos. A trajetória de cortes parece manter-se até metade do ano, sem indícios de aceleração, dada a expectativa de inflação ainda acima da meta", afirma Gala.

No cenário corporativo, as ações do Magazine Luiza estavam as mais negociadas do Ibovespa, com alta de 0,48%. O movimento repercute o anúncio de aumento de capital de R$ 1,25 bilhão por meio da emissão de novas ações, o equivalente a 9% do valor de mercado da companhia.

A operação será avalizada pelo BTG Pactual, na qual R$ 1 bilhão irá para a controladora da varejista, a família Trajano, e os R$ 250 milhões restantes serão usados para compra de ações.

"Por um lado, enxergamos positivamente a participação dos controladores no aumento de capital com R$ 1 bilhão e reconhecemos a necessidade da companhia readequar sua estrutura de capital", avalia a equipe de analistas da Guide Investimentos.

"Por outro, é negativo que o movimento venha após forte queda das ações da companhia nos últimos anos."
A Petrobras, na contramão da baixa do petróleo, subia 1,20% (PETR4) e 0,91% (PETR3), após o banco norte-americano JP Morgan considerar positivo o resultado das reservas da estatal ao fim de dezembro.

A petroleira é uma das empresas de maior peso no Ibovespa, ao lado da Vale. Nesta segunda, a mineradora caía 0,99%, em resposta à notícia de que o Ministério dos Transportes enviou uma notificação de cobrança de R$ 20 bilhões em concessões que foram renovadas ao final do governo Jair Bolsonaro.

Também entre as quedas, a GOL despencava 27,36%, repetindo o movimento de sexta-feira após anúncio de pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. A companhia aérea divulgou nesta manhã que encerrou dezembro com endividamento de R$ 20,17 bilhões e patrimônio líquido negativo de R$ 23,350 bilhões.

À tarde, o Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York autorizou o pedido de liberação de financiamento para a Gol como parte do processo de recuperação judicial em que a companhia embarcou na semana passada.

A semana também será marcada por outros dados econômicos do Brasil e dos Estados Unidos. Por aqui, destaque para Pnad e Caged, apresentando números sobre desemprego e criação de vagas formais, além da produção industrial do país em dezembro.

Já nos EUA, atenções se voltam para a divulgação do pay-roll na sexta-feira, que irá apresentar uma nova fotografia sobre o mercado de trabalho da maior economia do mundo.

Na última sexta-feira, o dólar teve a quarta sessão consecutiva de baixa ante o real, a 0,24%, cotado a R$ 4,911. Na semana, a divisa acumulou queda de 0,33%. Em janeiro, porém, o dólar acumula elevação de 1,22%.

Já o Ibovespa fechou em alta na última sexta, ultrapassando os 129 mil pontos no melhor momento, em desempenho apoiado particularmente na performance positiva de Vale, Petrobras e Itaú Unibanco, o que assegurou o primeiro ganho semanal no ano.

O índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 0,62%, a 128.967,32 pontos, acumulando uma alta de 1,04% na semana. Na máxima do dia, chegou a 129.252,15 pontos. Na mínima, a 127.868,8 pontos.

Números do mercado financeiro

DÓLAR
compra/venda
Câmbio livre BC - R$ 4,9219 / R$ 4,9225 **
Câmbio livre mercado - R$ 4,9477 / R$ 4,9497 *
Turismo - R$ 4,9762 / R$ 5,1562

(*) cotação média do mercado
(**) cotação do Banco Central

Variação do câmbio livre mercado
no dia: +0,79

OURO BM&F
R$ 307,000

BOLSAS
B3 (Ibovespa)
Variação: −0,52%
Pontos: 128.502
Volume financeiro: R$ 15,724 bilhões
Maiores altas: Assaí ON (4,06%), Hypera ON (2,90%), Raizen PN (2,41%)
Maiores baixas: (-33,11%), Casas Bahia ON (-4,48%), CVC Brasil ON (-3,91%)

S&P 500 (Nova York): 0,64%
Dow Jones (Nova York): 0,47%
Nasdaq (Nova York): 1,0%
CAC 40 (Paris): 0,09%
Dax 30 (Frankfurt): -0,12%
Financial 100 (Londres): -0,03%
Nikkei 225 (Tóquio): 0,77%
Hang Seng (Hong Kong): 0,78%
Shanghai Composite (Xangai): -0,92%
CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,9%
Merval (Buenos Aires): -0,0%
IPC (México): 0,5%

ÍNDICES DE INFLAÇÃO
IPCA/IBGE
Dezembro 2022: 0,62%
Janeiro 2023: 0,53%
Fevereiro 2023: 0,84%
Março 2023: 0,71%
Abril 2023: 0,61%
Maio 2023: 0,23%
Junho 2023: -0,08%
Julho 2023: 0,12%
Agosto 2023: 0,23%
Setembro 2023: 0,26%
Outubro 2023: 0,24%
Novembro 2023: 0,28%
Dezembro 2023: 0,56%

INPC/IBGE
Dezembro 2022: 0,69%
Janeiro 2023: 0,46%
Fevereiro 2023: 0,77%
Março 2023: 0,64%
Abril 2023: 0,53%
Maio 2023: 0,36%
Junho 2023: -0,10%
Julho 2023: -0,09%
Agosto 2023: 0,20%
Setembro 2023: 0,11%
Outubro 2023: 0,12%
Novembro 2023: 0,10%
Dezembro 2023: 0,55%

IPC/Fipe
Dezembro 2022: 0,54%
Janeiro 2023: 0,63%
Fevereiro 2023: 0,43%
Março 2023: 0,39%
Abril 2023: 0,43%
Maio 2023: 0,20
Junho 2023: -0,03%
Julho 2023: -0,14%
Agosto 2023: -0,20%
Setembro 2023: 0,29%
Outubro 2023: 0,30%
Novembro 2023: 0,43%
Dezembro 2023: 0,38%

IGP-M/FGV
Dezembro 2022: 0,45%
Janeiro 2023: 0,21%
Fevereiro 2023: -0,06%
Março 2023: 0,05%
Abril 2023: -0,95%
Maio 2023: -1,84%
Junho 2023: -1,93%
Julho 2023: -0,72%
Agosto 2023: -0,14%
Setembro 2023: 0,37%
Outubro 2023: 0,50%
Novembro 2023: 0,59%
Dezembro 2023: 0,74%

IGP-DI/FGV
Dezembro 2022: 0,31%
Janeiro 2023: 0,06%
Fevereiro 2023: 0,04%
Março 2023: -0,34%
Abril 2023: -1,01%
Maio 2023: -2,33%
Junho 2023: -1,45%
Julho 2023: -0,40%
Agosto 2023: 0,05%
Setembro 2023: 0,45%
Outubro 2023: 0,51%
Novembro 2023: 0,50%
Dezembro 2023: 0,64%

SALÁRIO MÍNIMO
Janeiro 2024: R$ 1.412

Cotação das moedas

Coroa (Suécia) - 0,4695
Dólar (EUA) - 4,9225
Franco (Suíça) - 5,6993
Iene (Japão) - 0,03334
Libra (Inglaterra) - 6,2422
Peso (Argentina) - 0,005965
Peso (Chile) - 0,005285
Peso (México) - 0,2855
Peso (Uruguai) - 0,1262
Yuan (China) - 0,6856
Rublo (Rússia) - 0,05519
Euro (Unidade Monetária Europeia) - 5,3163

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