Indicadores econômicos
São Paulo, Sp (folhapress) - 03/01/2024 18:46:14 | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Apesar de ter começado o dia caindo, a Bolsa brasileira virou e passou a subir no fim da manhã desta quarta-feira (3), apoiada principalmente por empresas do setor de petróleo, que acompanham a forte alta da commodity no exterior.
O Ibovespa encerrou a sessão em alta de 0,10%, aos 132.833 pontos. As ações da Petrobras foram as mais negociadas do dia e subiram 3,17%, e a PetroRio, outro grande nome do setor que também aparece no ranking, avançou 3,33%. Ambas ficaram entre as maiores altas do dia.
Como pano de fundo, o petróleo subiu mais de 3% nesta quarta em meio a uma escalada dos conflitos no Oriente Médio. Pela manhã, explosões em Kerman, no sul do Irã, deixaram mais de cem mortos, aumentando a tensão na região. Ameaças de ofensivas de rebeldes houthis no mar Vermelho também pressionam a commodity.
Já o dólar fechou o dia estável cotado a R$ 4,915, após a divulgação de novos dados de emprego nos Estados Unidos, que apontaram queda moderada na oferta de vagas no país em novembro. Os novos números mostraram desaquecimento da economia americana, mas não foram suficientes para animar investidores.
Além disso, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) divulgou a ata de sua última reunião de política monetária, na qual citou que suas autoridades pareceram cada vez mais convencidas de que a inflação estava ficando sob controle e estavam preocupadas sobre os danos da escalada de juros.
O documento afirmou, ainda, que as autoridades "enfatizaram que seria apropriado que a política monetária permanecesse em uma postura restritiva por algum tempo, até que a inflação estivesse claramente se movendo de forma sustentável em direção ao objetivo do Comitê".
Em geral, a ata não trouxe novidades e endossou pontos levantados pelo Fed no mês passado. O documento, no entanto, foi visto como mais conservador por alguns participantes do mercado.
"A ata trouxe um viés mais hawkish [duro] justamente para frear o otimismo exacerbado do mercado. Com uma comunicação mais conservadora, recomendando maior cautela na condução da política monetária e um período de estabilidade na taxa de juros mais longo do que vinha sendo projetado, o Fed busca recuperar o controle das expectativas", afirma Lucas Farina, analista da Genial Investimentos.
Já Sávio Barbosa, economista-chefe da Kínitro Capital, afirma que a ata foi neutra para o mercado.
"Em geral, os membros do Fomc [comitê de política monetária dos EUA] ressaltaram que o ambiente está mais incerto que o usual e que os dados econômicos e a perspectiva para a inflação serão os determinantes da política monetária", diz o ecomista.
Barbosa diz, ainda, que alguns trechos do documento podem até mesmo ser considerados mais "dovish", ou seja, no sentido de um afrouxamento monetário. A ata afirmou, por exemplo, que os participantes do comitê ressaltaram que o risco de alta da inflação foi reduzido.
Após a divulgação, os principais índices de Wall Street fecharam em queda.
Expectativas de mercado passaram a projetar cortes de 1,50 ponto percentual nos juros do Fed neste ano, abaixo do 1,60 ponto visto na semana passada, com uma parcela dos investidores dizendo que o mercado tem se mostrado otimista demais.
Para além da ata do Fed, o mercado estava na expectativa de dados de emprego dos Estados Unidos de sexta-feira, que podem ajudar a direcionar as apostas sobre o ciclo de afrouxamento do Federal Reserve esperado para este ano.
Números do mercado financeiro
DÓLAR
compra/venda
Câmbio livre BC - R$ 4,9206 / R$ 4,9212 **
Câmbio livre mercado - R$ 4,9131 / R$ 4,9151 *
Turismo - R$ 4,9384 / R$ 5,1184
(*) cotação média do mercado
(**) cotação do Banco Central
Variação do câmbio livre mercado
no dia: 0,00
OURO BM&F
R$ 289,500
BOLSAS
B3 (Ibovespa)
Variação: 0,10%
Pontos: 132.833
Volume financeiro: R$ 21,513 bilhões
Maiores altas: Pão de Açucar CBD ON (9,07%), Grupo Soma ON (5,03%), PetroRio ON (4,06%)
Maiores baixas: BRF S.A ON (-4,83%), Azul PN (-3,27%), Braskem PNA (-3,13%)
S&P 500 (Nova York): -0,8%
Dow Jones (Nova York): -0,76%
Nasdaq (Nova York): -1,18%
CAC 40 (Paris): -1,58%
Dax 30 (Frankfurt): -1,38%
Financial 100 (Londres): -0,51%
Nikkei 225 (Tóquio): -0,22%
Hang Seng (Hong Kong): -0,85%
Shanghai Composite (Xangai): 0,17%
CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,24%
Merval (Buenos Aires): 4,51%
IPC (México): -2,25%
ÍNDICES DE INFLAÇÃO
IPCA/IBGE
Novembro 2022: 0,41%
Dezembro 2022: 0,62%
Janeiro 2023: 0,53%
Fevereiro 2023: 0,84%
Março 2023: 0,71%
Abril 2023: 0,61%
Maio 2023: 0,23%
Junho 2023: -0,08%
Julho 2023: 0,12%
Agosto 2023: 0,23%
Setembro 2023: 0,26%
Outubro 2023: 0,24%
Novembro 2023: 0,28%
INPC/IBGE
Novembro 2022: 0,38%
Dezembro 2022: 0,69%
Janeiro 2023: 0,46%
Fevereiro 2023: 0,77%
Março 2023: 0,64%
Abril 2023: 0,53%
Maio 2023: 0,36%
Junho 2023: -0,10%
Julho 2023: -0,09%
Agosto 2023: 0,20%
Setembro 2023: 0,11%
Outubro 2023: 0,12%
Novembro 2023: 0,10%
IPC/Fipe
Novembro 2022: 0,47%
Dezembro 2022: 0,54%
Janeiro 2023: 0,63%
Fevereiro 2023: 0,43%
Março 2023: 0,39%
Abril 2023: 0,43%
Maio 2023: 0,20
Junho 2023: -0,03%
Julho 2023: -0,14%
Agosto 2023: -0,20%
Setembro 2023: 0,29%
Outubro 2023: 0,30%
Novembro 2023: 0,43%
IGP-M/FGV
Novembro 2022: -0,56%
Dezembro 2022: 0,45%
Janeiro 2023: 0,21%
Fevereiro 2023: -0,06%
Março 2023: 0,05%
Abril 2023: -0,95%
Maio 2023: -1,84%
Junho 2023: -1,93%
Julho 2023: -0,72%
Agosto 2023: -0,14%
Setembro 2023: 0,37%
Outubro 2023: 0,50%
Novembro 2023: 0,59%
IGP-DI/FGV
Novembro 2022: -0,18%
Dezembro 2022: 0,31%
Janeiro 2023: 0,06%
Fevereiro 2023: 0,04%
Março 2023: -0,34%
Abril 2023: -1,01%
Maio 2023: -2,33%
Junho 2023: -1,45%
Julho 2023: -0,40%
Agosto 2023: 0,05%
Setembro 2023: 0,45%
Outubro 2023: 0,51%
Novembro 2023: 0,50%
SALÁRIO MÍNIMO
Maio 2023: R$ 1.320
Cotação das moedas
Coroa (Suécia) - 0,4776
Dólar (EUA) - 4,9212
Franco (Suíça) - 5,774
Iene (Japão) - 0,03428
Libra (Inglaterra) - 6,216
Peso (Argentina) - 0,006067
Peso (Chile) - 0,005578
Peso (México) - 0,2888
Peso (Uruguai) - 0,1259
Yuan (China) - 0,6883
Rublo (Rússia) - 0,05388
Euro (Unidade Monetária Europeia) - 5,3676
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