Manifestantes em Hong Kong seguram bandeira dos EUA e placa pedindo ajuda
Estadão Conteúdo - 18/11/2019 18:49:21 | Foto: Estadão
O governo da China não ficará sem fazer nada se a situação se tornar incontrolável em Hong Kong , disse o embaixador chinês em Londres, Liu Xaoming, nesta segunda-feira, 18.
"Acho que o governo de Hong Kong está fazendo todo o possível para manter a situação sob controle, mas se a situação se tornar incontrolável, o governo central não ficará sem fazer nada", afirmou Liu.
"A China tem determinação e poder suficientes para acabar com o levante", acrescentou, antes de referir-se à presença dos soldados chineses em Hong Kong. "Eles estão lá para mostrar a soberania chinesa e com objetivo de defesa", explicou o embaixador em entrevista coletiva na capital inglesa.
Liu Xaoming, alertou contra qualquer ingerência estrangeira em Hong Kong, em especial do Reino Unido, ex-potência colonial do território, e dos Estados Unidos.
"Queremos dizer para as forças do exterior que o governo chinês está decidido a opor-se a qualquer ingerência externa nos assuntos de Hong Kong", declarou.
As afirmações do embaixador ocorreram depois que um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores britânico manifestou preocupação com a situação na ex-colônia britânica.
O porta-voz disse estar "extremamente preocupado com a escalada da violência, tanto do lado dos manifestantes quanto das autoridades no campus da universidade de Hong Kong ".
"É vital que os feridos recebam tratamento médico adequado e que seja estabelecida uma passagem segura para aqueles que desejam deixar a área", disse o porta-voz da chancelaria britânica.
Manifestantes pró-democracia incendiaram nesta segunda-feira a entrada do campus universitário em Hong Kong, onde ficaram entrincheirados para impedir uma intervenção da polícia, que ameaçou utilizar "munição letal" caso os mobilizados recorram a "armas letais" nos confrontos ao redor da Universidade Politécnica.
Hong Kong é cenário desde junho de manifestações sem precedentes contra a interferência da China e a favor de mais democracia no território semiautônomo de 7,5 milhões de habitantes, que sofre sua crise política mais grave desde 1997, quando retornou à soberania chinesa. / AFP e EFE
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