Com 60 anos de carreira, Maria Bethânia tem visão própria de Brasil, diz pesquisador

Homenagem à cantora baiana estreia em Ouro Preto, MG

Com 60 anos de carreira, Maria Bethânia tem visão própria de Brasil, diz pesquisador
Com 60 anos de carreira, Maria Bethânia tem visão própria de Brasil, diz pesquisador

Por ana Carolina Vasconcelos e lucas Salum - Bdf - 28/08/2025 11:02:34 | Foto: Bethânia tem relação profunda com a cultura brasileira e revela características particulares da formação social do país - Tomaz Silva/Agência Brasil

Comemorando 60 anos de carreira em 2025, Maria Bethânia terá, nesta semana, nos dias 26 e 27 de agosto, a primeira mostra de cinema em sua homenagem, intitulada Maria Bethânia, 60 anos de carreira de uma intérprete do Brasil .

A programação, organizada pelo grupo de pesquisa e extensão Trem da História, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), em parceria com o Cine Vila Rica, que fica em Ouro Preto, Minas Gerais, conta com exibição de filmes, exposição fotográfica, intervenções artísticas e debates.

O professor de serviço social da Ufop e organizador do evento Leonardo Nogueira destaca que o objetivo é dar destaque à profunda relação de Bethânia com a cultura brasileira, mas também revelar traços das características particulares da formação social do país.

“A mostra foi pensada com o objetivo de dar um panorama sobre a carreira da Maria Bethânia, mas também de mostrar a relação íntima que ela tem com a cultura brasileira. A obra dela traz possibilidades de interpretação e reinterpretação do Brasil, da sua história, do seu povo e das características particulares da nossa formação social”, explica.

Entre os filmes que serão exibidos estão O Vento Lá Fora e Fevereiro , de Marcio Debellian; Pedrinha de Aruanda , de Andrucha Waddington; e Bethânia Bem de Perto , do Júlio Bressane. As obras são vastas e tratam, entre outros temas, da trajetória da artista; da sua relação com o Recôncavo Baiano, região onde nasceu; da parceria com Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil; além da atuação de Bethânia durante o período da ditadura militar.

Mesmo sendo a primeira mostra de cinema em homenagem à “intérprete do Brasil”, Nogueira explica que existe uma crescente no campo da produção audiovisual sobre a cantora.

“ Fevereiro , por exemplo, é um filme que trabalha a relação dela com as festas de Santo Amaro, no Recôncavo da Bahia, e com o carnaval carioca. Ao fazer o cruzamento da relação dela com as duas festas, Debellian conta como o Brasil se forjou também na relação entre Rio e Bahia”, comenta.

O professor da Ufop ainda é enfático ao avaliar que, embora Bethânia não possa ser considerada uma “cantora panfletária”, por meio da palavra falada e cantada, ela impõe uma determinada visão política de Brasil, desde o período do regime militar, quando, aos 17 anos, interpretou Carcará , uma das canções mais emblemáticas da época.

“Não tenho dúvidas de que, dos anos 1990 para cá, isso se aprofundou, mas se aprofundou também quando Betânia coloca em cena figuras marcantes e subalternizadas pelo capital, como quando ela traz o tema da terra, da questão indígena, da religiosidade africana ou do racismo religioso”, avalia Nogueira.

Confira a entrevista completa:

Brasil de Fato – Como será a programação da mostra?

Leonardo Nogueira – A mostra foi pensada com o objetivo de dar um panorama sobre a carreira da Maria Bethânia, mas também de mostrar a relação íntima que ela tem com a cultura brasileira. A obra dela traz possibilidades de interpretação e reinterpretação do Brasil, da sua história, do seu povo e das características particulares da nossa formação social.

Então, inicialmente, a mostra foi pensada tendo esse eixo e, posteriormente, resolvemos acrescentar um outro elemento que estava um pouco fora da programação, que é a íntima relação de Bethânia com a literatura brasileira e portuguesa.

Nesta terça-feira (26), vamos iniciar com três filmes. Um deles se chama O Vento Lá Fora e foi feito pela Bethânia junto com a Cleonice Berardinelli, uma professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que infelizmente faleceu há pouco tempo e era uma grande especialista na obra de Fernando Pessoa. Iniciamos com esse filme de Marcio Debellian com o objetivo de trazer a relação de Bethânia com a palavra falada. Ela é dos palcos e canta, mas, nos seus espetáculos, também fala, lê poemas, além de recitar trechos de poesia e de prosa.

Em seguida, temos outros dois filmes que mostram a relação de Bethânia com o Recôncavo da Bahia. Ela é uma baiana de Santo Amaro da Purificação, um município no interior da Bahia, no Recôncavo Baiano, e os filmes Fevereiro , também do Marcio Debellian, e Pedrinha de Aruanda , do Andrucha Waddington, evidenciam a relação dela com a família, a cidade e os elementos da cultura local, como o samba de roda do Recôncavo e a festa de Nossa Senhora da Purificação.

Na quarta-feira (27), vamos debater dois filmes que trazem a Betânia no contexto da ditadura militar, pensando naquele momento, mas também debatendo sobre os resquícios do autoritarismo que ainda permanece, infelizmente, entre nós.

Então, vamos exibir Bethânia Bem de Perto , um filme mais curto do Júlio Bressane, que aborda sobre o momento em que ela estava no Teatro Opinião, apresentando Carcará , uma canção que ficou imortalizada na interpretação dela.

Em seguida, teremos o Doce Bárbaros , que é um filme que mostra a parceria dela com os colegas baianos, Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil, quando o quarteto comemorava 10 anos de carreira e já havia construído espetáculos juntos na Bahia, em 1964, por exemplo.

O segundo dia será um momento também onde vamos localizar a Betânia e as questões que atravessam a sua obra no período da ditadura militar.

Esta é a primeira vez que a Maria Bethânia recebe uma mostra de cinema em homenagem a ela? Como surgiu a ideia de organizar esse evento?

Eu fui surpreendido que era a primeira mostra, não sabia. Quando começamos a discutir a possibilidade de fazer a atividade em parceria com Cine Vila Rica, que é um cinema da Ufop, me veio à mente o meu período de estudo sobre a trajetória dela. Eu fiz doutorado na UFRJ, onde estudei a relação da obra da Maria Bethânia com a realidade brasileira. Naquele momento, me espantou a quantidade de filmes que existiam sobre a trajetória e a obra dela, dando enfoques variados, a depender de quem fez o filme e de qual era o tempo histórico.

Tem esses filmes da década de 60, que mostram a Bethânia muito jovem no Rio de Janeiro, a força das suas interpretações, das suas posições, a maneira como ela falava, a maneira como ela cantava, o seu dia a dia e o seu cotidiano. Bethânia Bem de Perto e Saravá são dois filmes importantes desse período.

Na década de 70, além do Doces Bárbaros , você tem a participação dela, junto com Nara Leão e Chico Buarque, no Quando o Carnaval Chegar , que, além do filme, tem um disco belíssimo que os três fizeram juntos, só com canções do Chico. É um filme no qual ela interpreta um pouco ela própria e é bem divertido.

Ao longo dos anos 1990, mas principalmente a partir dos anos 2000, são produzidos vários filmes que tematizam a relação de Bethânia com o Brasil. Pedrinha de Aruanda e Fevereiro , que vamos exibir, são exemplos, mas tem também Maria Bethânia do Brasil , Música Perfume, etc.

Eu fui vendo, então, que tinha muitas produções no audiovisual sobre ela. Bethânia também fez programas, como o Poesia e Prosa , que ela apresentava, com convidados discutindo a obra de determinados poetas e escritores brasileiros, por exemplo [Carlos] Drummond [de Andrade], Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto e Clarice Lispector.

Em um determinado momento, eu falei: “Gente, o cinema está olhando para a trajetória e história de Bethânia. O cinema está achando muito relevante falar disso e, dos anos 2000 para cá, está dando ênfase na relação dela com o Brasil, com a Bahia, com o Recôncavo, e em como a sua obra vai desvelando e criando conexões.”

Fevereiro , por exemplo, é um filme belíssimo do Marcio Debellian, que trabalha a relação dela com as festas de Santo Amaro, no Recôncavo da Bahia, mas também com o carnaval carioca, quando ela é homenageada pela Mangueira em um desfile vencedor.

Ao fazer o cruzamento da relação dela com as duas festas, Debellian vai contando para o público do filme como o Brasil se forjou também na relação entre Rio e Bahia, a partir do momento em que o samba do Recôncavo tem vinculações com o samba que vai acontecer no Rio de Janeiro. Inúmeras matriarcas do samba da Bahia foram para o Rio de Janeiro. O filme vai desvelando isso e nós vamos reencontrando um país, a partir do momento em que ele vai contando a própria história da Bethânia.

A mostra surge muito por isso. Temos esse esforço na universidade de pensar o cinema, ocupar esse espaço público e construir sessões gratuitas para a comunidade geral, não só para a comunidade acadêmica. E pensei que pudesse ser uma boa oportunidade para marcar essa efeméride dos 60 anos de carreira dela em 2025.

A Bethânia está sabendo da mostra?

Creio que ela está sabendo, porque a assessoria dela divulgou a programação nas redes sociais e agradeceu. Os filmes foram todos cedidos gratuitamente. Em nome do nosso grupo, mas também da Universidade Federal de Ouro Preto, queria agradecer aos diretores que gentilmente cederam os filmes e também a Biscoito Fino, gravadora que viabilizou os direitos autorais de Pedrinha de Aruanda e de O Vento Lá Fora e fez contato com a equipe da Bethânia.

Creio que ela está feliz com essa possibilidade de olhar para a obra dela também por meio de cinema.

Como você caracteriza a atuação política de Bethânia? Você acredita que ela é uma militante pelo direito de ser brasileiro, pela democracia e pela soberania?

Esse é um tema muito importante, porque traz outras camadas para a crítica que Bethânia fez a partir da sua obra. Ela não é uma cantora panfletária, não faz ou entoa palavras de ordem. Bethânia é uma cantora que, por meio da palavra falada e cantada e dos seus gestos, impõe uma determinada visão de Brasil. Ela impõe uma visão política e foi isso que ela mostrou.

Se formos olhar para o início da carreira dela, não é desprezível o fato de uma menina que, na época, tinha 17 anos, encarnar em cena uma das canções de protesto mais emblemáticas da ditadura, que é a música Carcará . Ela imprime seu corpo e sua voz. É uma performance extremamente forte.

Eu sei que o canto ali foi muito importante, mas a Bethânia, em cena, demarca radicalmente a posição dela sobre o que era a canção Carcará naquele momento, como uma canção de protesto.

Dali por diante, embora tenha contrassensos, ela impõe a visão dela de não querer ficar fazendo uma fórmula pronta de canção de protesto. É como se ela dissesse: “Eu não quero mais cantar Carcará , não quero repetir opinião. Eu quero cantar outras coisas, tenho outros saberes para mostrar”.

Mas eu descobri, por exemplo, na biografia do Terra Trio, que se apresentou com ela durante vários anos, que até de apresentações com entidades estudantis ela chegou a participar em alguns momentos.

Naquele período de exceção, ela tem posições. Tanto é que a ditadura vai procurar rastros dela, na década de 60, e chegou a prender o autor do livro Maria Bethania Guerreira Guerrilha e ela própria para prestar depoimento.

O que significava Bethânia, por exemplo, nos anos 60, cantando as canções de protesto da Tropicália? Na década de 70, eu acho que a “fórmula” fica um pouco mais evidente, porque os espetáculos de recusa à ditadura militar são muito densos.

Eu poderia chamar também a atenção para A Cena Muda , de Bethânia, como um espetáculo de recusa à censura, que trabalha com um jogo de linguagem muito interessante. O espetáculo teve que mudar o seu roteiro incessantemente no período em que Bethânia tinha que apresentá-lo à ditadura e ao Estado semanalmente, quando era vigiado pela censura.

Eu poderia citar também Pássaro da Manhã , que é um espetáculo do fim dos anos 1970 no qual ela fala abertamente que canta pelo retorno de colegas que estavam no exílio, como Ferreira Gullar. É um espetáculo que acontece em um contexto em que o movimento pela anistia era crescente, e ela vocalizava isso também.

E eu poderia citar também A Hora da Estrela , já nos anos 1980, que foi um espetáculo que, diante do contexto de luta pela redemocratização, também se colocava nessa seara.

Tem outros pesquisadores, principalmente historiadores, que foram descobrindo momentos muito importantes, com conexões entre a luta pela anistia e o Pássaro da Manhã , com conexões entre a redemocratização e A Hora da Estrela . Então, é uma cantora que, não necessariamente entoando palavras de ordem, faz do palco a sua forma de expressão como um palanque, à sua própria maneira.

Não tenho dúvidas de que, dos anos 1990 para cá, isso se aprofundou, mas se aprofundou também quando Betânia coloca em cena figuras marcantes e subalternizadas pelo capital, como quando ela traz o tema da terra, da questão indígena, da religiosidade africana ou do racismo religioso.

Veja, nós estamos falando de uma cantora que foi diversificando um conjunto de temas e foi expressando uma posição política extremamente forte contra formas de discriminação, autoritarismo, arbítrio e violência. Aí vai residindo essa maneira de expressão e de resistência na obra dela.

Conversa Bem Viver

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS); Rádio Cantareira (SP); Rádio Keraz; Web Rádio Studio F; Rádio Seguros MA; Rádio Iguaçu FM; Rádio Unidade Digital ; Rádio Cidade Classic HIts; Playlisten; Rádio Cidade; Web Rádio Apocalipse; Rádio; Alternativa Sul FM; Alberto dos Anjos; Rádio Voz da Cidade; Rádio Nativa FM; Rádio News 77; Web Rádio Líder Baixio; Rádio Super Nova; Rádio Ribeirinha Libertadora; Uruguaiana FM; Serra Azul FM; Folha 390; Rádio Chapada FM; Rbn; Web Rádio Mombassom; Fogão 24 Horas; Web Rádio Brisa; Rádio Palermo; Rádio Web Estação Mirim; Rádio Líder; Nova Geração; Ana Terra FM; Rádio Metropolitana de Piracicaba; Rádio Alternativa FM; Rádio Web Torres Cidade; Objetiva Cast; DMnews Web Rádio; Criativa Web Rádio; Rádio Notícias; Topmix Digital MS; Rádio Oriental Sul; Mogiana Web; Rádio Atalaia FM Rio; Rádio Vila Mix; Web Rádio Palmeira; Web Rádio Travessia; Rádio Millennium; Rádio EsportesNet; Rádio Altura FM; Web Rádio Cidade; Rádio Viva a Vida; Rádio Regional Vale FM; Rádio Gerasom; Coruja Web; Vale do Tempo; Servo do Rei; Rádio Best Sound; Rádio Lagoa Azul; Rádio Show Livre; Web Rádio Sintonizando os Corações; Rádio Campos Belos; Rádio Mundial; Clic Rádio Porto Alegre; Web Rádio Rosana; Rádio Cidade Light; União FM; Rádio Araras FM; Rádios Educadora e Transamérica; Rádio Jerônimo; Web Rádio Imaculado Coração; Rede Líder Web; Rádio Club; Rede dos Trabalhadores; Angelu’Song; Web Rádio Nacional; Rádio Sintsepansa; Luz News; Montanha Rádio; Rede Vida Brasil; Rádio Broto FM; Rádio Campestre; Rádio Profética Gospel; Chip i7 FM; Rádio Breganejo; Rádio Web Live; Ldnews; Rádio Clube Campos Novos; Rádio Terra Viva; Rádio interativa; Cristofm.net; Rádio Master Net; Rádio Barreto Web; Radio RockChat; Rádio Happiness; Mex FM; Voadeira Rádio Web; Lully FM; Web Rádionin; Rádio Interação; Web Rádio Engeforest; Web Rádio Pentecoste; Web Rádio Liverock; Web Rádio Fatos; Rádio Augusto Barbosa Online; Super FM; Rádio Interação Arcoverde; Rádio; Independência Recife; Rádio Cidadania FM; Web Rádio 102; Web Rádio Fonte da Vida; Rádio Web Studio P; São José Web Rádio – Prados (MG); Webrádio Cultura de Santa Maria; Web Rádio Universo Livre; Rádio Villa; Rádio Farol FM; Viva FM; Rádio Interativa de Jequitinhonha; Estilo – WebRádio; Rede Nova Sat FM; Rádio Comunitária Impacto 87,9FM; Web Rádio DNA Brasil; Nova onda FM; Cabn; Leal FM; Rádio Itapetininga; Rádio Vidas; Primeflashits; Rádio Deus Vivo; Rádio Cuieiras FM; Rádio Comunitária Tupancy; Sete News; Moreno Rádio Web; Rádio Web Esperança; Vila Boa FM; Novataweb; Rural FM Web; Bela Vista Web; Rádio Senzala; Rádio Pagu; Rádio Santidade; M’ysa; Criativa FM de Capitólio; Rádio Nordeste da Bahia; Rádio Central; Rádio VHV; Cultura1 Web Rádio; Rádio da Rua; Web Music; Piedade FM; Rádio 94 FM Itararé; Rádio Luna Rio; Mar Azul FM; Rádio Web Piauí; Savic; Web Rádio Link; EG Link; Web Rádio Brasil Sertaneja; Web Rádio Sindviarios/CUT.

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Editado por: Monyse Ravena

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