Dólar começa dia em baixa, mas reverte e opera em alta; Bolsa sobe

Às 16h04, o dólar à vista marcou a máxima de R$ 4,8411 (+0,39%). Depois, a moeda passou a oscilar em patamares mais baixos.

Dólar começa dia em baixa, mas reverte e opera em alta; Bolsa sobe
Dólar começa dia em baixa, mas reverte e opera em alta; Bolsa sobe

São Paulo, Sp (folhapress) - 27/12/2023 18:54:39 | Foto: Marcos Santos / USP Imagens / Divulgação / CP

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O dólar interrompeu nesta quarta-feira (27) uma sequência de três sessões de baixas e encerrou o dia em leve alta ante o real, com investidores à espera de novas medidas econômicas do governo Lula, em um dia em que a moeda norte-americana se manteve em queda ante a maior parte das demais divisas no exterior.

O dólar à vista fechou cotado a R$ 4,83 na venda, em alta de 0,21%. Em dezembro, a moeda norte-americana acumula queda de 1,68%.

No início da sessão, o dólar registrou novamente perdas ante o real, na esteira do recuo da moeda norte-americana também no exterior. Às 9h06, marcou a mínima, sendo vendido à vista por R$ 4,80 (-0,42%), mas depois recuperou o fôlego ainda na primeira hora de negócios e virou para o positivo.

O dólar ganhou força em meio à expectativa dos investidores pelo anúncio do governo Lula de mais medidas na área fiscal.

Na terça-feira (26), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo vai lançar um programa de depreciação acelerada e uma alternativa à desoneração da folha de pagamentos das empresas.

Na tarde desta quarta, o ministério informou que ajustes finais sobre os atos a serem assinados estão sendo conduzidos pela Casa Civil. Novas informações devem ser divulgadas nesta quinta-feira (28).

O anúncio de Haddad veio após a Petrobras anunciar redução de 7,9% no preço médio de venda de diesel para as distribuidoras, que passa a ser de R$ 3,48 por litro nas refinarias a partir de hoje .

"O impacto da reoneração é de pouco mais de R$ 0,30, e o impacto pela redução já anunciado pela Petrobras no mês de dezembro é mais de 50%. Se você comparar o preço do diesel com 1º de dezembro de 2023, você tem uma queda do preço da Petrobras mesmo com a reoneração. Não tem razões para [o posto de combustível] aumentar. Tem para diminuir", disse o ministro.

Uma queda no preço dos combustíveis tende a aliviar a inflação e abrir espaço para cortes na taxa básica de juros.

No início da tarde, o dólar também recuperou parte do fôlego no exterior em relação às divisas fortes, o que fez a moeda renovar altas no Brasil.

Após oscilar em patamares mais baixos no meio da tarde, o dólar marcou novamente uma máxima após a divulgação dos dados do governo central em novembro. O Tesouro informou déficit primário de R$ 39,4 bilhões no mês passado, um resultado pior que o saldo negativo de R$ 35,5 bilhões projetado por analistas em pesquisa da Reuters.

Às 16h04, o dólar à vista marcou a máxima de R$ 4,8411 (+0,39%). Depois, a moeda passou a oscilar em patamares mais baixos.

A quinta-feira promete ter uma agenda carregada. Além do anúncio de medidas do governo, serão divulgados o IGP-M de dezembro, pela FGV (Fundação Getulio Vargas), e o IPCA-15 do mesmo mês, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A percepção entre os agentes é de que o dólar ainda tem espaço para continuar a ceder ante o real na virada de 2023 para 2024.

"Há um fluxo comercial enorme chegando no Brasil, mais de US$ 20 bilhões no curto prazo, ainda que o Banco Central nem esteja fazendo os leilões de linha tradicionais de final do ano", pontuou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em análise enviada a clientes.

Os leilões de linha são as operações em que o Banco Central vende dólares ao mercado, com compromisso de recompra no futuro. Tradicionalmente, a instituição realiza leilões de linha em dezembro, para dar conta da demanda por moeda por parte de fundos e multinacionais, que precisam remeter recursos ao exterior.

"Mas, neste ano, o fluxo está tão forte que o BC não está colocando estes leilões e ainda assim a moeda [real] está se valorizando", acrescentou Gala, que vê o dólar em R$ 4,50 nos próximos meses.

O Ibovespa fechou em alta nesta de 0,50% quarta-feira, renovando máximas históricas, em pregão marcado por baixa liquidez e recuo nos Treasuries de dez anos.

Na sexta-feira (22), o principal índice da Bolsa já havia renovado a máxima histórica. Em termos reais, porém, o recorde está longe. Se for considerada a inflação, o pico do Ibovespa seria de 177.098 pontos, quando corrigido pelo IPCA atual, e de 212.305 pontos, quando corrigido pelo IGP-M, ambos atingidos em maio de 2008, antes da crise financeira. Os cálculos são da Economatica.

Nesta quarta (27), o índice Bovespa ultrapassou os 134 mil pontos e estabelecendo um novo recorde em um dia com menos indicadores e menor volume de negociações.

Vale e Itaú Unibanco foram as maiores contribuições positivas, com alta de 0,97% e 0,68% respectivamente.

Os principais índices em Wall Street também fecharam no azul.

Números do mercado financeiro

DÓLAR
compra/venda
Câmbio livre BC - R$ 4,83 / R$ 4,8306 **
Câmbio livre mercado - R$ 4,8296 / R$ 4,8316 *
Turismo - R$ 4,8489 / R$ 5,0289

(*) cotação média do mercado
(**) cotação do Banco Central

Variação do câmbio livre mercado
no dia: 0,20%

OURO BM&F
R$ 281,50

BOLSAS
B3 (Ibovespa)
Variação: 0,49%
Pontos: 134.193
Volume financeiro: R$ 13,932 bilhões
Maiores altas: Magazine Luiza ON (7,11%), Casas Bahia ON (5,85%), Alpargatas PN (4,00%)
Maiores baixas: Raizen PN (-1,93%), Petz ON (-1,92%), Dexco ON (-1,23%)

S&P 500 (Nova York): 0,14%
Dow Jones (Nova York): 0,3%
Nasdaq (Nova York): 0,16%
CAC 40 (Paris): 0,04%
Dax 30 (Frankfurt): 0,21%
Financial 100 (Londres): 0,36%
Nikkei 225 (Tóquio): 1,13%
Hang Seng (Hong Kong): 1,74%
Shanghai Composite (Xangai): 0,54%
CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,35%
Merval (Buenos Aires): -4,4%
IPC (México): -0,32%

ÍNDICES DE INFLAÇÃO
IPCA/IBGE
Novembro 2022: 0,41%
Dezembro 2022: 0,62%
Janeiro 2023: 0,53%
Fevereiro 2023: 0,84%
Março 2023: 0,71%
Abril 2023: 0,61%
Maio 2023: 0,23%
Junho 2023: -0,08%
Julho 2023: 0,12%
Agosto 2023: 0,23%
Setembro 2023: 0,26%
Outubro 2023: 0,24%
Novembro 2023: 0,28%

INPC/IBGE
Novembro 2022: 0,38%
Dezembro 2022: 0,69%
Janeiro 2023: 0,46%
Fevereiro 2023: 0,77%
Março 2023: 0,64%
Abril 2023: 0,53%
Maio 2023: 0,36%
Junho 2023: -0,10%
Julho 2023: -0,09%
Agosto 2023: 0,20%
Setembro 2023: 0,11%
Outubro 2023: 0,12%
Novembro 2023: 0,10%

IPC/Fipe
Novembro 2022: 0,47%
Dezembro 2022: 0,54%
Janeiro 2023: 0,63%
Fevereiro 2023: 0,43%
Março 2023: 0,39%
Abril 2023: 0,43%
Maio 2023: 0,20
Junho 2023: -0,03%
Julho 2023: -0,14%
Agosto 2023: -0,20%
Setembro 2023: 0,29%
Outubro 2023: 0,30%
Novembro 2023: 0,43%

IGP-M/FGV
Novembro 2022: -0,56%
Dezembro 2022: 0,45%
Janeiro 2023: 0,21%
Fevereiro 2023: -0,06%
Março 2023: 0,05%
Abril 2023: -0,95%
Maio 2023: -1,84%
Junho 2023: -1,93%
Julho 2023: -0,72%
Agosto 2023: -0,14%
Setembro 2023: 0,37%
Outubro 2023: 0,50%
Novembro 2023: 0,59%

IGP-DI/FGV
Novembro 2022: -0,18%
Dezembro 2022: 0,31%
Janeiro 2023: 0,06%
Fevereiro 2023: 0,04%
Março 2023: -0,34%
Abril 2023: -1,01%
Maio 2023: -2,33%
Junho 2023: -1,45%
Julho 2023: -0,40%
Agosto 2023: 0,05%
Setembro 2023: 0,45%
Outubro 2023: 0,51%
Novembro 2023: 0,50%

SALÁRIO MÍNIMO
Maio 2023: R$ 1.320

Cotação das moedas

Coroa (Suécia) - 0,4873
Dólar (EUA) - 4,8306
Franco (Suíça) - 5,7106
Iene (Japão) - 0,03397
Libra (Inglaterra) - 6,1788
Peso (Argentina) - 0,005983
Peso (Chile) - 0,005468
Peso (México) - 0,2854
Peso (Uruguai) - 0,1232
Yuan (China) - 0,6765
Rublo (Rússia) - 0,05301
Euro (Unidade Monetária Europeia) - 5,3668

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