Foto sem data mostra uma vista de um parque industrial sino-alemão no Distrito de Shunyi, em Beijing, capital da China. Parque Industrial Sino-Alemão
Agência Xinhua Brasil - 28/07/2023 09:08:58 | Foto: Parque Industrial Sino-Alemão/Divulgação via Xinhua
Sem uma cooperação estreita com a China, a Alemanha e a Europa correm o risco de auto-isolamento e declínio industrial no mundo globalizado, disse a legisladora alemã.
"Seria insensato colocar em risco nossas boas relações econômicas com a China", disse Sevim Dagdelen, membro da câmara baixa do parlamento da Alemanha, durante entrevista recente à Xinhua.
Foto tirada no dia 11 de julho de 2022 mostra uma cena da cerimônia em comemoração à 10.000ª viagem feita pelos trens de carga China-Europa operados pela China-Europe Railway Express (Chongqing) em Duisburg, Alemanha. (Xinhua/Ren Pengfei)
Sem uma cooperação estreita com a China, a Alemanha e a Europa correm o risco de auto-isolamento e declínio industrial no mundo globalizado, disse Dagdelen, presidente do grupo parlamentar Die Linke (Partido de Esquerda) do Comitê de Relações Exteriores do Bundestag alemão.
Ressaltando que a China é o parceiro comercial mais importante da Alemanha, ela disse que a Alemanha depende das importações do país asiático, especialmente no que diz respeito a matérias-primas e produtos tecnológicos.
Funcionários trabalham em uma linha de montagem da base do norte da China da FAW-Volkswagen em Tianjin, no norte da China, no dia 11 de janeiro de 2023. (Xinhua/Zhao Zishuo)
Além disso, ela disse que a economia alemã depende do mercado chinês, observando que cerca de 5.000 empresas alemãs operam na China e centenas de milhares de empregos na Alemanha dependem dessa cooperação.
Dagdelen, que deu uma visita à China neste verão, disse à Xinhua que, após conversas com autoridades, empresários e acadêmicos chineses, ela ficou impressionada com sua visão de futuro, pensamento e ações com foco no bem comum.
"Também ficou claro nas conversas que a China quer cooperação e relações amistosas com a Alemanha e a Europa e não tem interesse em confronto", disse ela.
Dagdelen observou que o termo "de-risking" (redução de riscos, em tradução livre) está sendo usado de forma diferente por diferentes partes interessadas na Alemanha, mas "na maioria dos casos, é falso".
"O uso desse novo termo parece derivar da percepção de que uma separação completamente descontrolada da China levaria à desindustrialização da Alemanha, com grandes convulsões sociais", disse ela.
Ela enfatizou que o futuro das relações entre a China e a Alemanha dependerá de as vozes da razão que pedem cooperação e diálogo com a China, em vez de confronto e escalada, prevalecerem na Alemanha.
Falando sobre a autonomia estratégica da Europa, Dagdelen enfatizou que o pré-requisito para uma política externa e de segurança europeia autônoma e soberana - e política econômica - será a emancipação do imperialismo dos EUA e a política de confrontação da OTAN.
A União Europeia deve resistir às entativas dos EUA de esconder seu declínio como uma hegemonia global e a mudança para um mundo multipolar, disse Dagdelen, acrescentando que tal movimento reforçará a paz, a segurança e a prosperidade dos europeus.
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