O deputado afirmou que é "hora do Congresso agir".
São Paulo, Sp (uol/folhapress) - 30/07/2025 16:41:32 | Foto: Reprodução/Redes Sociais
Após o governo dos Estados Unidos anunciar novas sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) agradeceu ao presidente Donald Trump e voltou a defender anistia.
Eduardo disse que sanções não se tratam de "vingança ou política, mas de justiça e dignidade". O deputado federal desembarcou nos Estados Unidos no início do ano para tentar buscar sanções ao Brasil -o objetivo é conseguir a aprovação da anistia aos participantes dos atos golpistas de 8 de janeiro. Na prática, a medida também beneficiaria seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu em processo no STF.
O deputado afirmou que é "hora do Congresso agir". O projeto da anistia, defendido por bolsonaristas, não avançou na Câmara dos Deputados. O PL, partido de Eduardo, chegou a tentar obstrução nos trabalhos da Casa, mas a estratégia não avançou e o tema esfriou entre outros parlamentares. "A anistia ampla, geral e irrestrita é urgente para restaurar a paz, devolver a liberdade aos perseguidos e mostrar ao mundo que o Brasil ainda acredita na democracia", escreveu Eduardo nas redes sociais.
Moraes foi atingido por sanções financeiras da Lei Global Magnitsky. É a primeira vez que uma autoridade brasileira é submetida a essa punição, considerada uma das mais severas disponíveis para Washington punir estrangeiros que considera autores de graves violações de direitos humanos e práticas de corrupção.
"Nós, brasileiros, jamais vamos esquecer", disse Eduardo em referência a Trump e Marco Rubio, secretário dos EUA. Com uma foto ao lado do presidente norte-americano e seu pai, o deputado classificou a sanção ao ministro como "um passo crucial para restaurar a liberdade e a democracia no Brasil". "Certamente ajudará a conter o impulso de pseudojuízes de abusar do poder de suas canetas", escreveu.
Parlamentar afirmou que "existem várias outras batalhas adiante". O deputado federal tem sido criticado por políticos da direita -a tensão aumentou após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que passa a valer na sexta-feira. Após o anúncio, no início do mês, Eduardo também agradeceu ao presidente norte-americano.
"Missão cumprida", escreveu aliado de Eduardo. O jornalista Paulo Figueiredo tem atuado com Eduardo nos EUA para buscar sanções do governo norte-americano. Horas após o anúncio de sanções contra Moraes, o deputado e o jornalista publicaram nota pública em conjunto em que chamam o ministro de "violador dos direitos humanos".
Sanções financeiras são duras, mas ainda leves, diz nota divulgada. "Não vamos parar até que o povo brasileiro esteja livre para se expressar, para se reunir, para votar, para apoiar quem quiser -sem medo da vingança de um tirano", afirmam Eduardo e Figueiredo.
Comentários para "Eduardo Bolsonaro agradece a Trump por sanção a Alexandre de Moraes e volta a defender anistia":