A adesão a um programa de atividade física com maior duração, intensidade e frequência pode reduzir o risco de insuficiência cardíaca.
Por: Dr. bernardo Petriz - Ciência Para Saúde - 28/09/2022 19:02:30 | Foto: Reprodução Pixabay divulgação
A insuficiência cardíaca é uma condição clínica crônica eprogressiva marcada pela redução na capacidade de contração do coração. Essa condição faz com que o coração não consiga bombear sangue suficiente para atender às demandas de oxigênio do corpo, resultando em grande fadiga e dificuldade para respirar.
No Brasil, os últimos dados epidemiológicos indicam que a prevalência da insuficiência cardíaca é de aproximadamente 2 milhões de pacientes, sendo a doença uma das principais causasde mortalidade e morbidade no mundo.
Por outro lado, o exercício físico é visto como um agente não farmacológico utilizado na prevenção e tratamento de diversas doenças. No caso da insuficiência cardíaca, o exercício físico é também utilizado como uma ferramenta diagnostica e terapêutica.
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Glasgow acompanharam a incidência da insuficiência cardíaca após a medição direta do nível de atividade física em quase 100 mil pessoas ao logo de 6 anos.
Este foi um dos primeiros estudos que utilizou parâmetros diretos para verificar a nível de atividade física realizado pela população investigada. Durante uma semana, todos os participantes utilizaram um acelerômetro (smartwatch) para gravar a intensidade e a duração da atividade física realizada. Após este recordatório, os pesquisadores cruzaram os dados com os registros hospitalares nos seis anos seguintes.
A pesquisa identificou que os adultos que registraram 150 a 300 minutos de atividade física moderada em uma semana apresentaram um risco 63% menor de insuficiência cardíaca. Os adultos que praticaram 75 a 150 minutos de atividade física vigorosa tiveram uma redução ainda maior, de 66%, quando comparados aqueles que não realizavam atividade física.
Estes dados são um bom indicativo de que aumentar a duração e a intensidade da atividade física pode ser uma boa estratégia parareduzir o risco de insuficiência cardíaca, fortalecendo a concepção do exercício físico como agente não farmacológico útil para a prevenção e o tratamento de doenças cardiovasculares.
Para mais informações sobre o estudo, assista ao vídeo pelo link:
https://www.instagram.com/reel/Cis_ZcOALHK/?igshid=YmMyMTA2M2Y=
Fonte: Frederick K. Ho, Ziyi Zhou, Fanny Petermann-Rocha, Solange Para-Soto, JirapitchaBoonpor, Paul Welsh, Jason M.R. Gill, Stuart R. Gray, Naveed Sattar, Jill P. Pell, Carlos Celis-Morales. Association Between Device-Measured Physical Activity and Incident Heart Failure: A Prospective Cohort Study of 94 739 UK Biobank Participants. Circulation, 2022; DOI: 10.1161/CIRCULATIONAHA.122.059663
Sobre o Ciência pra saúde: o CPS é uma Edutech formada professores e pesquisadores com experiência no ensino superior, gestão educacional e empreendedorismo na área da saúde e biotecnologia;
Bernardo Petriz é Professor e pesquisador na área da ciência do exercício & saúde com mestrado em Educação Física e doutorado em Ciências Genômicas e Biotecnologia. É o fundador e diretor executivo do Ciência para Saúde e da Ipê-O´tech, startup de desenvolvimento biotecnológico no Distrito Federal.
Comentários para "Exercício físico pode reduzir o risco de insuficiência cardíaca":
Joao
Segunda-Feira, 03 de Outubro de 2022 -
muito bom!