Antonio Guterres pede que violência baseada em religião ou crença seja encarada de frente

Em mensagem no Dia Internacional sobre o tema, líder da ONU destaca riscos associados a plataformas digitais, que estão se tornando “megafones de ódio”; ele pediu que países adotem e apliquem leis mais fortes contra discriminação

Antonio Guterres pede que violência baseada em religião ou crença seja encarada de frente
Antonio Guterres pede que violência baseada em religião ou crença seja encarada de frente

Agência Onu News - 25/08/2025 10:08:06 | Foto: UNIC Rio

Esse 22 de agosto marca o Dia Internacional em Homenagem às Vítimas de Atos de Violência Baseados em Religião ou Crença.

Em mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que em todo o mundo, pessoas continuam sendo assediadas, atacadas e até mortas simplesmente pelo que acreditam.

“Todos correm risco”
Ele afirmou que locais de culto são profanados, comunidades são aterrorizadas e plataformas online são “inundadas com ódio”.

Para o líder da ONU, “esses atos não são apenas abomináveis, eles são uma ameaça à nossa humanidade compartilhada”.

Ele pediu união para “enfrentar essa ameaça de frente” e impedir que as pessoas se tornem alvos por causa da sua fé. O secretário-geral adicionou que quando o discurso de ódio não é controlado e quando a impunidade prevalece, “todos correm risco”.

Guterres afirmou que os governos devem adotar e aplicar leis fortes contra a discriminação e investir em educação que promova respeito, inclusão e direitos humanos para todos.

Plataformas digitais não podem virar “megafones de ódio”
O chefe das Nações Unidas pediu ainda que líderes políticos, religiosos e comunitários rejeitem táticas divisionistas e defendam o diálogo dentro e entre comunidades.

Outra medida necessária, segundo Guterres, é a atuação das plataformas digitais para intensificar e incorporar salvaguardas que evitem que elas se tornem “megafones de ódio”.

Neste Dia Internacional, o secretário-geral pediu que além de lembrar das vítimas seja renovado o compromisso de agir para construir um mundo onde todos possam viver em segurança e dignidade.

Direitos consagrados
A liberdade de religião ou crença, de opinião e expressão, o direito à reunião pacífica e o direito à liberdade de associação são interdependentes, inter-relacionados e se reforçam mutuamente.

Eles estão consagrados nos artigos 18, 19 e 20 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A defesa desses direitos desempenha um papel importante na luta contra todas as formas de intolerância e discriminação baseadas em religião ou crença.

A Assembleia Geral adotou em 2019 a resolução A/RES/73/296 , intitulada “Dia Internacional em Memória das Vítimas de Atos de Violência Baseados na Religião ou Crença”, condenando veementemente a violência contínua e os atos de terrorismo direcionados a indivíduos, incluindo pessoas pertencentes a minorias religiosas.

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