Inflação volta a subir no Brasil e chega a 2,99% no acumulado do ano até julho
Para este ano, o governo e o Banco Central fixaram como meta uma inflação de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, o que permite que o índice fique entre 1,75% e 4,75%.
Agência Xinhua Brasil - 15/08/2023 08:07:10 | Foto: Reprodução Agência Xinhua Brasil
A inflação no Brasil aumentou 0,12% em julho em relação a junho, e alcançou 2,99% no acumulado dos primeiros sete meses do ano, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta dos preços em julho contrasta com a deflação registrada em junho (0,08%) e em julho (-0,68%) de 2022. No acumulado dos últimos 12 meses até julho, a inflação no Brasil chega a 3,99%, superando os 3,12% registrados em junho.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco subiram de preço em julho. O maior impacto (0,31 ponto percentual) e a maior variação (1,50%) vieram do setor de Transportes. No lado negativo (deflação), destacam-se os grupos de habitação (-1,01%) e alimentação e bebidas (-0,46%).
"Os três grupos com maior peso no índice tiveram movimentos inversos. Houve uma variação positiva para Transportes, com 0,31 ponto percentual para alta, enquanto Alimentos e Bebidas e Habitação fizeram o índice baixar em 0,26 ponto percentual", ressaltou o IBGE.
Dentro do grupo Transportes, que acumulou alta de 1,50% no mês e impacto de 0,31 ponto percentual no índice geral, a gasolina foi o maior destaque de alta. O combustível teve ganho de 4,75% no mês, além de contribuição de 0,23 ponto percentual no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Segundo o IBGE, excluindo a gasolina do índice geral, o IPCA teria fechado o mês de julho com nova deflação de 0,11%. O peso total do combustível no índice é de 4,79%, o maior de todos que pertencem à cesta do IPCA.
Para este ano, o governo e o Banco Central fixaram como meta uma inflação de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, o que permite que o índice fique entre 1,75% e 4,75%.
Não obstante, a previsão do mercado financeiro é que a inflação de 2023 supere o teto da meta, chegando a 4,84%. No ano passado, o país registrou uma inflação de 5,79%.
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