Ministério Público do DF apura vacinação em pessoas que não fazem parte do grupo prioritário

A força-tarefa de enfrentamento à Covid-19 encaminhou ofício à SES nesta quarta-feira, 20 de janeiro

Ministério Público do DF apura vacinação em pessoas que não fazem parte do grupo prioritário
Ministério Público do DF apura vacinação em pessoas que não fazem parte do grupo prioritário

Secretaria De Comunicação Do Mpdft - 21/01/2021 08:22:05 | Foto: Mpdft

A força-tarefa de enfrentamento à Covid-19 do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) requisitou à Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) o envio, em até 48 horas, de informações sobre pessoas que não integram os grupos prioritários e que teriam recebido doses do imunizante CoronaVac. Situações de pessoas que não fazem parte dos contemplados neste primeiro momento, foram relatadas e encaminhadas à FT do Ministério Público nesta quarta-feira, 20 de janeiro.

“Após intensas tratativas e um esforço muito grande, o DF recebeu pouco mais de 106 mil doses que são destinadas, exclusivamente, num primeiro momento, para aqueles que atendem direto nos hospitais pacientes infectados com o coronavírus. Chegou ao MPDFT uma denúncia de que outras pessoas estariam sendo vacinadas também. Nós requisitamos que a SES nos informe, imediatamente, quais são essas pessoas”, esclarece o coordenador da força-tarefa, procurador de Justiça José Eduardo Sabo.

No caso de identificar casos de privilégio na vacinação, a SES deverá encaminhá-los ao MPDFT para a adoção das providências cabíveis nos âmbitos extrajudicial e judicial. O coordenador da FT, Eduardo Sabo, destaca que “tal situação, uma vez comprovada, além de representar violação ética inaceitável, importa em grave descumprimento da legislação, com inevitáveis consequências nas esferas administrativa e penal para os autores e beneficiários indevidos da medida”.

Devido ao número reduzido de doses do primeiro lote de vacinas proveniente do Instituto Butantan de São Paulo, essas primeiras doses são destinadas a médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outras categorias profissionais ligadas à saúde que lidam diretamente com pacientes infectados pelo coronavírus. De acordo com o Plano Operacional de Vacinação Contra a Covid-19 no DF, nesta primeira etapa, também devem receber o imunizante indígenas, além de idosos, deficientes e cuidadores de instituições de acolhimento.

O MPDFT reforça seu compromisso com o acompanhamento da transparência e atuará para coibir e punir qualquer violação. “Temos acompanhado o Plano de Vacinação Nacional e também, diretamente, o Plano Distrital. Seguimos trabalhando para que haja transparência absoluta, orientações disponíveis para cada um dos grupos, em cada uma das etapas de vacinação, e para que prevaleça o interesse social”, destaca Sabo.

Clique aqui para conhecer o teor do ofício.

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