Cleópatra? Nova descoberta no Egito intriga arqueólogos e divide opiniões
São Paulo, Sp (uol/folhapress) - 24/12/2024 09:10:04 | Foto: Reprodução/Facebook
Um naufrágio de 2.500 anos foi descoberto perto da Sicília, na Itália, trazendo à tona âncoras de pedra e ferro. A descoberta foi realizada por arqueólogos durante uma escavação subaquática em Santa Maria del Focallo, na costa sul da ilha.
Navio estava enterrado sob areia e pedras. Durante as escavações, realizadas por pesquisadores da Universidade de Udine, em colaboração com a Superintendência do Mar da Região da Sicília, arqueólogos identificaram a embarcação. O achado estava escondido sob camadas de areia e rochas na costa de Ispica.
Escavação durou três semanas. Os trabalhos foram concluídos em setembro, mas os resultados só foram divulgados recentemente, de acordo com informações da CBS News.
Âncora pré-histórica encontrada. Próximo aos destroços foram encontradas seis âncoras: duas de ferro, provavelmente originadas no século 7 d.C., e quatro de pedra pesada, que remontam à Pré-História, segundo a Superintendência do Mar da Sicília.
Rota de troca cultural. "Esta descoberta representa uma contribuição extraordinária para o conhecimento da história marítima da Sicília e do Mediterrâneo e destaca mais uma vez o papel central da Ilha no tráfego e nas trocas culturais da antiguidade", disse Francesco Paolo Scarpinato, conselheiro regional da Sicília para o patrimônio cultural e identidade siciliana, em uma declaração traduzida sobre o naufrágio publicada pela Universidade de Udine.
Estudos de naufrágio podem desvendar dinâmicas entre civilizações antigas. Sicília ocupava uma posição central nas rotas de comércio que disputavam o controle da ilha até a conquista romana em 200 a.C.
Importância das interações comerciais. Segundo Massimo Capulli, professor da universidade, essa descoberta destaca a importância das interações comerciais entre gregos e cartagineses, afirmou em outra publicação. "Estamos de fato diante de evidências materiais do tráfico e do comércio de uma era muito antiga", disse
Cleópatra? Nova descoberta no Egito intriga arqueólogos e divide opiniões
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma pequena escultura feminina foi encontrada em Taposiris Magna, cidade do Egito, e os arqueólogos envolvidos acreditam que pode ser uma referência a Cleópatra VII.
Uma nota oficial do Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito divulgou a descoberta no Templo Taposiris Magna. O órgão dá detalhes da ação dos arqueólogos.
A missão arqueológica egípcia-dominicana, liderada pela Dra. Kathleen Martinez em colaboração com a Universidad Nacional Pedro Henríquez Ureña (UNPHU), descobriu depósitos de fundação sob a parede sul do recinto no Templo Taposiris Magna, a oeste de Alexandria. Esses depósitos incluem uma coleção notável de artefatos e itens cerimoniais, oferecendo novos insights sobre a história desta região durante a era ptolomaica tardia
Entre os itens encontrados está um mini busto - a peça cabe facilmente na palma da mão. A pesquisadora Kathleen Martinez sugere que ele seja uma representação da última governante da dinastia ptolomaica, a Cleópatra VII.
A Cleópatra em questão governou o Egito entre 51 a.C. e 30 a.C., e ficou conhecida por ser poliglota e ter pulso firme. Além disso, é marcada na história por ter se relacionado com duas importantes figuras do Império Romano: Júlio César e Marco Antônio.
Além do pequeno busto, foram encontradas 337 moedas, muitas delas com a imagem da rainha Cleópatra VII estampada. Outros artefatos compõem a lista de "achados": um conjunto de cerâmica meteorológica, candeeiros de óleo, potes de calcário para alimentos e preservação cosmética, estátuas de bronze, um amuleto de duas peças gravado com a frase: "A justiça de Ra ressuscitou", assim como um anel de bronze dedicado à deusa Hathor.
DISCORDÂNCIA
Apesar da proposição de Martinez, Zahi Hawass, arqueólogo e egiptólogo egípcio tem opinião diferente. O profissional, que já atuou como ministro egípcio de antiguidades, acredita que a mini escultura não é da época de Cleópatra.
"Olhei para o busto cuidadosamente. Não é Cleópatra de forma alguma; é romana", disse Zahi Hawass, arqueólogo ao portal Live Science.
Sem estar envolvido no projeto, o pesquisador afirmou que, durante a Dinastia Ptolomaica, os faraós eram representados com estilos de arte egípcios e não romanos como demonstra a peça encontrada recentemente. O período romano no Egito começou após a morte de Cleópatra, por volta de 30 a.C.
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