As crianças apresentam fragilidades diferentes dos adultos, como por exemplo a estrutura óssea na cabeça e, nos bebês, a fontanela (moleira)
Redação Com Agência - 01/12/2021 19:05:15 | Foto: Reprodução
“Nessa época do ano aumentam os casos de traumatismos cranianos em razão da maior circulação de carros e da falta de dispositivo de retenção infantil (cadeirinhas) e uso do cinto de segurança no banco traseiro, sem falar dos equipamentos de proteção em determinadas situações de lazer”, alerta o Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico.
As crianças apresentam fragilidades diferentes dos adultos, como por exemplo a estrutura óssea na cabeça e, nos bebês, a fontanela (moleira). As características ósseas e o processo natural de desenvolvimento do andar e do equilíbrio, tornam as crianças mais predispostas a traumatismos, especialmente na cabeça, levando frequentemente a procurar atendimento médico.
“Na maioria dos casos o traumatismo cranioencefálico pode ser considerado leve. Entretanto, nos casos graves a criança pode chegar no hospital em coma e precisar de cirurgia de emergência para tratar hematomas, descomprimir o cérebro ou monitorar a pressão intracraniana”, explica o neurocirurgião pediátrico.
Segundo o especialista, as estatísticas mostram que o traumatismo craniano é mais frequente dos 0 até os 4 anos em razão de quedas; dos 14 aos 24 anos por causa de acidentes de trânsito; e nos indivíduos acima de 65 anos também por causa de quedas.
Dr. Ricardo alerta para os sintomas que chamam atenção para o traumatismo craniano:
- Vômitos;
- Dor de cabeça;
- Sonolência;
- Perda de força ou dificuldades para andar;
- Alterações visuais;
- Confusão;
- Desmaio ou perda de consciência;
- Alterações na memória ou no comportamento;
- Deformidades na cabeça ou afundamentos;
- Qualquer alteração neurológica nova.
Quando algumas das características acima estiverem presentes, o atendimento médico deve ser realizado com urgência.
Algumas medidas podem prevenir os acidentes, principalmente, em crianças:
Nos esportes e brincadeiras:
- Uso de capacetes para o ciclismo, skate, patins, hipismo e patinete, por exemplo.
- Superfícies lisas e brinquedos com peso reduzido nos locais de recreação.
Quedas
- Colocação de redes ou barras nas janelas.
- Não utilizar andadores.
- Evitar lajes ou vãos livres altos.
- Evitar portões próximos às escadas.
Veículos automotores
- Uso de capacetes para motociclista e acompanhantes.
- Uso de cinto de segurança nos automóveis, e próprio para crianças, no banco traseiro.
- Airbags como equipamento obrigatório nos veículos.
- Não beber ou usar drogas ilícitas, principalmente se for dirigir.
Sobre Dr. Ricardo de Oliveira - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da pós-graduação e tem experiência com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. É presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica (2019/2021). Foi o neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Atua com consultórios em Ribeirão Preto no Neurocin e em São Paulo no Instituto Amato.
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